O CEO sem coração romance Capítulo 55

RÔMULO

Impaciente…

Eu consegui adiantar a visita para sair no mesmo horário que ela, mas já que ela não quer me esperar, eu vou ver outro assunto que já deveria ter lidado aqui na plataforma.

O chefe da plataforma estava ao meu lado, mostrando as melhoras e as partes que precisavam de melhorias.

— Onde foi que aconteceu o acidente? — perguntei.

Ele empalideceu olhando para mim.

— Não me diga que você foi um dos funcionários que acharam que iriam manter isso em segredo? Uma vida foi perdida da minha plataforma e depois de um mês eu soube. O que deveria fazer com vocês? — olhei para ele de um jeito severo.

— Sr., nós ficamos sem saber o que fazer. Todos estamos nos esforçando para que não aconteça esse tipo de coisa. Achamos que a equipe de segurança do trabalho iria falar pro senhor. Nós nos comunicamos com eles.

— Não. Eles não falaram, mas já estão demitidos, então pagaram pela irresponsabilidade. Eu quero saber o que aconteceu aqui. Como este homem morreu?

— Eu vou levá-lo até o local. — ele saiu pelo corredor e eu o segui. — Ele era responsável pelas torres. Neste dia estava frio e as torres estavam em manutenção. Por conta da ventania elas ficaram tortas e alguns fios se quebraram. Não imaginávamos que o estrago havia sido tão grande, Sr. — ele me explicou, subindo alguns degraus e eu também subi. — A torre ficava ali. — ele apontou para o lugar.

— E onde está agora?

— Quando o operário subiu, ela estava torta e não aguentou. Acabou arrebentando. O baque foi enorme. Ela caiu por cima dele.

Caramba.

— E vocês não fizeram nada? Não acionaram ninguém para levá-lo ao hospital?

— Sr., ele morreu na hora. Nós chamamos a equipe de assistência e o levaram para o hospital e de lá não sabemos o que fizeram. Era seu último dia na plataforma. Nossa equipe havia acabado de chegar.

— E vocês estão aqui há quanto tempo?

— 1 mês. Alguns de nós vão continuar aqui. Os que têm família estão voltando hoje.

Eu não imaginava que havia sido tão horrível. O que me deixa mais indignado é que ninguém me contou a ponto da filha do operário me procurar.

— Onde ele ficava? Vocês mandaram tudo para a família?

— Não, Sr. O quarto dele permanece do mesmo jeito. Ele era muito querido por todas as equipes e é muito difícil lidar com isso.

Ele parecia estar sendo sincero.

— O Sr. quer ver?

— Sim, por favor. — o acompanhei para baixo e entramos dentro da plataforma. Fomos até os dormitórios. — É este aqui. Ele dividia o quarto com outro operário que está em terra. — ele mostrou e abriu a porta.

Eu entrei e liguei a luz. Tinha uma cama, algumas coisas em cima da cabeceira. Mas a coisa que mais me chamou atenção foi a foto que ele mantinha ali ao lado de um troféu. Era uma pequena foto dele e da Linda. Ambos sorrindo. Ela tem traços dele no rosto.

Eu peguei a foto e olhei mais de perto, também olhei o verso. Dizia: "minha querida, Linda".

— Essa era a filha dele. Não havia um dia sem que ele falasse dela, do quanto ela era amável e uma boa filha. Imagino que ela esteja sofrendo muito com sua perda. Eles só tinham um ao outro.

Eu assenti olhando novamente a foto.

Ela sofre sim. E a situação é pior do que imaginei.

Agora eu entendo aquele semblante quando ela me enfrentou pela primeira vez. Um misto de dor e indignação, coragem…

— Sr. Deseja mais alguma coisa?

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