O CEO sem coração romance Capítulo 56

LINDA

O Rômulo tem um carro bonito por fora, mas por dentro é muito pequeno. Ele claramente não gosta de dar carona pra ninguém.

Mas ele dirige bem ou ele tem muito medo de amassar o carro, porque é uma atenção e um cuidado no trânsito que até eu, uma pessoa que só anda de olhos bem atentos, sem confiar no motorista, fiquei relaxada no banco durante esta viagem.

Levou 30 minutos, então chegamos na casa da mãe dele.

Casa não, mansão.

Ela mora num condomínio chiquérrimo. Eu imagino que um monte de gente famosa mora ali. Não sei porque Rômulo não mora em condomínio, ele é rico. Mas a mãe dele mora. Vai ver ele já ficou enjoado de morar em condomínio.

Então a casa dela não tinha muros. Era bem aberta e era tão linda quanto as da vizinhança. Um jardim bonito na frente, com refletores que ficavam debaixo das plantas e levantavam a cor verde, dando um ar sofisticado. A casa tinha cores claras e janelas de vidro, uma porta que dá dois homens, um em cima do outro, e tinha uma estradinha até lá. Ele parou o carro bem na frente desta estradinha, então eu saí e esperei que ele viesse para fazer a frente.

Eu acho que estou bem para conhecer a mãe dele. Ela não deve reparar no tufo de cabelo que tá nascendo no lugar que o médico cortou para reparar o machucado que seu filho ocasionou. O meu vestido é bem romântico… coisa que não vai acontecer essa noite, mas ele me faz parecer uma pessoa meiga. Eu sou meiga, só não sou meiga com o Rômulo, que é um ogro comigo.

— Vamos. — ele passou do meu lado e disparou na frente. Eu o segui.

Tô nervosa.

E se ela me chamar de golpista oportunista? Eu vou bater nela na frente do Rômulo. Ele que lute.

Ele tocou a campainha e nós esperamos.

O Rômulo se vestiu como se fosse padrinho de casamento.

Se eu fosse pra casa de um parente meu, iria de chinelo e bermuda. Por que ele anda tão chique pra comer na casa da mãe?

E passou um perfume tão cheiroso que dali atrás eu sentia.

Povo chique.

Fico pensando se vim pouco arrumada, mas a mãe dele sabe que não sou desse meio. Espero que ninguém fique me julgando.

A porta se abriu e uma mulher com uniforme nos deu boa noite.

— Boa noite. — Rômulo entrou na casa e eu fui logo atrás.

— Boa noite. — eu disse com um sorriso ao passar ao lado da mulher.

Que casarão. Parece um templo, mas com móveis caseiros.

Chique e muito iluminada. Iluminada de um jeito que meus olhos até doeram.

— Rômulo! Ainda não creio que você veio! — uma mulher disse o abraçando.

— Se tratar isso como um milagre eu vou embora antes mesmo do jantar.

Sempre grosso.

— Você não tem jeito, né? — ela o soltou mantendo o sorriso e se virou para mim. — Linda, querida. Que bom te ver acordada. Eu fiquei tão preocupada com você quando te vi desmaiada. — ela veio até mim falando como se me conhecesse há séculos. — Prazer, meu nome é Sandra. — ela me abraçou.

— Prazer, Linda.

— Como você está? Já melhorou do machucado? Eu fiquei tão preocupada com você. — ela segurou as minhas mãos. A primeira pessoa que me pergunta sobre isso.

— Sim. Já cicatrizou. Agora só vai demorar para voltar ao normal.

— Entendo. Eu peço desculpas pela atitude do meu filho. Eu não sei o que esse menino tem pra ser assim. Um homem de verdade não é capaz de machucar uma rosa. E você é uma rosa. — ela sorriu para mim.

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