O CEO sem coração romance Capítulo 73

RÔMULO

sexta-feira

A semana se passou e não tocamos mais no assunto do beijo.

Mas não significa que eu não tenha pensado sobre.

Poxa, eu beijei uma boca que nunca foi beijada. Isso torna ela tão mais atraente. Não quero que ninguém pense que ela é virgem. Não quero que pensem que ela nunca foi tocada. Para todos os efeitos, eu fui o primeiro em tudo e isso me deixa com uma sensação de poder sobre ela. Afinal, ela é só minha. Ela só foi tocada por mim, mesmo que não seja na verdade. Eu beijei ela de verdade.

Se antes eu já me excitava com o seu jeito, agora ela se tornou mais excitante ainda, porém, agora não a vejo mais como uma garota tão cheia de iniciativas. Vejo-a como uma garota tímida, virgem, que nunca soube como é o prazer sexual entre duas pessoas.

Como pode? Isso me deixa doido. Parece um absurdo. Ela é bonita o suficiente para conseguir uma pessoa. Do que será que ela tem tanto medo? Por que nunca teve nenhum namorado? Será mesmo que ela estava esperando o príncipe encantado?

Alguém bateu na porta do meu escritório e me tirou dos devaneios.

— Sr. Rômulo?

— Entre, Laisa.

"Merda. Aquele devaneio todo me deixou excitado".

Permaneci sentado.

Ela entrou. — Precisa de mais alguma coisa?

— Não. — olhei meu relógio de pulso. — Já está no fim do expediente. Pode arrumar as suas coisas para ir. Eu também já estou de saída.

— Sim, Sr. Com licença. — ela saiu.

Agora vou ter que esperar isso passar para ir embora.

Peguei meu celular e mandei mensagem para ela.

[RÔMULO: Estamos indo. Se apresse].

Fiquei respirando fundo, tentando me distrair. Procurei algo broxante para ver e me ajudar a esquecer essa vontade, até que consegui. Então peguei minha maleta, o celular e saí do escritório.

— Até a próxima semana, Sr. Rômulo. — a recepcionista falou, toda sorridente.

— Até. — chamei o elevador, que não demorou muito e entrei, o colocando para parar no andar de baixo.

Ao abrir as portas não vi a Linda esperando como de costume. Tive que sair para apressar a garota. O Gustavo ainda fica lhe dando mais trabalho!

Parece que ele faz capricho.

Cheguei no escritório do Gustavo e a porta estava aberta.

— Cadê a Linda? — perguntei a ele, quando não a vi ali.

— Ah. Sim. — ele levantou. — A Linda já foi pra casa.

— Como? — estranhei.

— Eu a levei depois do almoço. Ela está doente.

— Doente? — franzi o rosto.

Ela não me disse nada!

Peguei o celular e ela também não tinha respondido a minha mensagem.

— Por que você não me avisou, Gustavo? — fiquei chateado.

— Eu achei que você sabia que ela estava doente. Ela já chegou aqui não muito bem. Quando foi no almoço ela estava péssima.

— Tá bom. Eu já tô indo. — saí da sala dele.

[•••]

Cheguei na porta do apartamento dela e fiquei na campainha.

— Linda? Abre a porta.

Será que ela está doente de que?

Ela veio hoje comigo e parecia bem.

— Linda?

Será que ela desmaiou? Ela não fala nada!

Eu vou recorrer a última opção.

Peguei a chave reserva e abri a porta.

Quando entrei ela estava saindo do quarto. Abatida, com uma caixa de lenços na mão.

— Eu já disse pra você não vir sem ser convidado!

A voz está péssima. Anasalada.

— Eu chamei e você não atendeu. Eu pensei que poderia estar desmaiada.

— Eu ia atender. No meu tempo. — ela fui para o sofá e deixou, se enrolando numa colcha de lã.

— Por que não me disse que estava doente? E veio embora sem me avisar também.

— Eu nem lembrei de você. — ela fechou os olhos. — E no que você iria ajudar?

— Iria comprar um remédio, não é!

— Não precisa. O meu vizinho já me deu um comprimido e ele estava saindo para o supermercado, disse que iria trazer um outro remédio muito bom pra mim. — ela contou e espirrou logo em seguida.

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