LINDA
Eu tô péssima. Nunca me senti tão mal. Só quero ficar quietinha, sem me mexer, de olhos fechados, no escuro, no silêncio.
Mas o Rômulo chegou e fica enchendo o meu saco.
— Vou verificar a temperatura dela. — o meu vizinho falou.
— Eu já verifiquei. Ela está com febre. — Rômulo falou e eu abri os olhos. Os dois vinham para onde eu estava e o Rômulo parecia um segurança, de braços cruzados, me vigiando. Ele também ligou a luz.
— Como se sente, Linda? — Juliano sentou na beirada do sofá onde eu estava deitada.
— Péssima. A minha cabeça está pesada e doendo e o meu nariz não para de corizar.
— Com licença. — ele abaixou o cobertor, com um termômetro na mão e depois o colocou na minha axila. — Tosse?
— Não.
— Diarréia?
— Também não.
Ele verificou os meus olhos e as pontas dos meus dedos.
— Dor de garganta?
— Não.
— Ela tá resfriada. — Rômulo concluiu. — Tá na cara.
O termômetro apitou e ele tirou de baixo do meu braço e me cobriu novamente. — A febre indica que o corpo está combatendo algum tipo de vírus, infecção. Você pode estar com virose. Vai tomar este remédio aqui para a febre e este outro para a imunidade. — ele anotava. — O remédio que te dei mais cedo também será bom para os sintomas de resfriado. No mais, tome banho frio, mas não fique na frieza, evite bebidas geladas caso sinta dor na garganta. E não hesite em me chamar. — ele anotou tudo numa receita.
— Eu estarei aqui com ela. — Rômulo avisou.
Quem chamou?
— Ótimo. Pode organizar os horários para ela tomar os remédios na hora certa. — ele levantou e entregou a receita ao Rômulo. — Este é o meu contato, mas estou aqui do lado, então é só chamar.
— Obrigada, Juliano. — eu agradeci.
— Estou sempre à disposição. Melhoras rápidas. — ele passou a mão na minha cabeça e o Rômulo já saiu na frente para abrir a porta.
Juliano deixou os remédios em cima da mesa de centro e foi embora.
Fechei meus olhos e tentei descansar, enrolada no meu cobertor. Então o Rômulo voltou e apagou novamente a luz da sala.
— Toma o chá, pra melhorar.
— O remédio da febre. — eu lembrei.
— Também. — ele foi para a cozinha e depois de um tempo voltou com um pouco d'água e a xícara de chá. — Senta.
— Assim tá bom.
— Senta pra tomar o remédio e tomar o chá. — ordenou.
— O meu corpo tá doendo e quando levanto fico tonta.
— Tenta ao menos. Você é uma paciente nada colaborativa.
— Não reclame comigo. Estou doente. — me mexi e meu corpo todo estremeceu.
Ele deu um suspiro que eu consegui ouvir.
Abri os olhos e ele estava deixando as coisas na mesa, depois veio para perto de mim. — Vai, senta.
— Eu não consigo. — saiu quase como um choro.
Então ele colocou suas mãos nas minhas pernas e as tirou de cima do sofá, depois segurou meus braços e me fez sentar. O frio e a dor no corpo né pegaram de jeito. Mais do que ele.
Encostei meu corpo nas costas do sofá e fechei meus olhos. Ele sentou do meu lado. Bem do meu lado.
— Toma o remédio primeiro. — me entregou o copo com o remédio dentro. Era em gotas. Foi difícil tirar as mãos do cobertor, peguei o copo de sua mão e tomei. Muito amargo. Não escondi a careta.
Me enrolei novamente e procurei a caixa de lenços. Tive que colocar a mão para fora para pegar a caixa, mas na hora de me esticar até lá, não consegui. Ele pegou e me entregou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO sem coração
Foi maravilhoso esse livro...
Oh meu pai estou chorando 😭😭 aqui coração partido💔, ainda bem que ele se arrependeu , erra e humano,e ter consciência de que errou nos torna super-humano!!!...
Gente Amando esse dois hehehe, que pérola 🦪 e essa história 😍...
Eita lasqueira, hehehe 😁😁...
Mal sabe ela que daqui alguns capítulos estará completamente a mercê do monstro gostosão 🫦...
Coloquem mais capítulos,por favor...
Delícia de livro, adorei...