O CEO sem coração romance Capítulo 75

RÔMULO

Quando a minha roupa chegou, eu tomei um banho e depois fui chamar a Linda.

A Linda ou está morrendo ou fingindo, porque diz que não consegue fazer nada.

Antes da comida chegar ela dormiu um pouco e o remédio da febre começou a fazer efeito. Ela acordou com os cabelos molhados, toda suada.

— Um banho frio. — eu sugeri.

— Mais aí eu vou ficar com mais frio.

— Não vai não. Você é muito dengosa. — apoiei minhas mãos no quadril.

Ela estava deitada no sofá como se fosse seu leito de morte.

— Eu não sou dengosa. Só estou doente.

— Mas tomou remédio e ele fez efeito. — eu comecei a perder a paciência. Acho que ele só me obedece quando eu sou grosso. — Agora levanta e vai tomar banho ou eu vou te levar pro banheiro!

Ela ficou assustada. — Credo. Não precisa falar assim.

— Você quer que eu te dê banho ou chame o seu vizinho? — falei com deboche.

Ela sentou no sofá rapidinho. — Eu já vou. — calçou um chinelo e depois levou o cobertor junto para o seu quarto.

É isso. Não adianta ser bonzinho com ela, se ela só obedece aos gritos.

Fiquei de olho até ela entrar no banheiro. Então eu arrumei o jantar na mesa e esperei.

Ela apareceu depois de 15 minutos, de pijama e com uma toalha enrolada no cabelo.

— Preciso secar meus cabelos depois. — ela sentou numa cadeira.

— Olha aí, tá parecendo até gente.

— Obrigada pelo elogio, "querido". — ela já foi colocando comida no prato dela.

Eu sentei em outra cadeira e também coloquei o meu jantar.

Eu quero ver se até mesmo doente ela tem aquela fome toda.

— Para de me encarar. Isso me deixa com vergonha.

— Você está na minha frente.

— Você também faz isso quando estou ao seu lado.

É… confesso que tenho feito coisas que não combinam comigo. Eu me pego pensando naquela história, lembrando daquela noite e às vezes eu fico pensando nisso quando a vejo perto de mim.

22 anos e nunca beijou!

Bem, ao menos vai chegar ao 23 com uma história diferente.

Eu nunca pensei tanto na minha vida. Às vezes a minha cabeça fica tão vazia que leio livros. Agora ela tem tomado conta dos meus pensamentos.

Isso não deveria estar acontecendo, mas eu não consigo controlar. Eu tentei me afastar durante a semana, mas não funcionou.

O jantar estava ótimo. Como sempre. Só não estava tão quente como quando chegou.

E ela comeu como sempre.

— Uma delícia essa comida.

— Sim. — eu concordei. É muito boa mesmo e ela gosta muito. É uma das poucas coisas que eu ofereço que ela gosta. E não sou eu quem faz, então não é totalmente minha.

— Sabe que não é uma má ideia mandar jantar pra mim todo dia? — ela levantou o olhar para mim com um sorrisinho.

Que pecado… ela tá entrando na minha mente de novo. Esse olhar, esse sorriso e a boca que só eu beijei.

Isso não tá certo.

Não deveria estar tão próximo a ela. Desse jeito fica mais difícil ceder aos desejos. O pior é que ela está mais dentro da minha vida a cada dia que se passa.

— Rômulo? De novo?!

— Eu estava com o pensamento longe. Pensando em negócios da empresa. — menti. Odeio mentir, mas menti.

— Mas e a minha ideia?

— Eu já disse que você é uma aproveitadora?

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