O CEO sem coração romance Capítulo 94

LINDA

Eu dormi com o Rômulo. Na cama dele. Só de lingerie nos braços dele.

Eu não sei o que foi mais absurdo. Dormir com ele ou por ser com ele que eu dormi.

Mas quando eu acordei, que me mexi na cama, ele me abraçou e deu um beijo no meu pescoço, então eu lembrei de ontem, de como ele me respeitou e de como foi bom e que ele quase morreu, que a vida é passageira, que pode acabar a qualquer momento, que somos namorados mesmo que de mentira e que era uma chance de eu não ser mais leiga em tudo.

Eu fiquei fingindo que estava dormindo e pensando em tudo aquilo. Nos beijos, as coisas que ele fez pelo meu corpo, o jeito como ele me olhava.

Acho que ele não está brincando comigo. Ele parecia bem envolvido em tudo.

Acho que ele não é mais tão mal. Ele precisava de uma pessoa que ensinasse ele a ver por outro ponto de vista.

O alarme tocou e ele levantou com tudo. Eu continuei deitada.

— Linda, acorda. Hora de se aprontar pra ir trabalhar. — ele falou e eu fingi que acordei naquela hora.

Sentei na cama coçando os olhos e ajeitando os cabelos.

"Será que estou muito feia?"

Mas ele já me viu acordando quando eu estava doente mesmo!

— Quer tomar banho comigo? — perguntou repentinamente.

— Não. — respondi com o coração disparado e ele entrou no banheiro. — Eu vou para o outro quarto. Deixei as minhas coisas lá. — peguei o meu vestido e vesti antes de sair de lá.

Eu havia deixado as minhas coisas no quarto que dormi no domingo passado.

Tomei um banho, escovei meus dentes e penteei os cabelos. Quando saí do quarto, ele também já estava saindo todo arrumado. Ele veio até mim e segurou a minha mão e também me deu um beijo. Como se fosse algo bem natural.

Confesso que fiquei feliz por ele ter feito isso. Significa que a noite de ontem não foi só uma noite que aconteceu…

Ele me puxou, andando pelo corredor e eu o acompanhei. — Dormiu bem?

— Sim. — balancei a cabeça.

— Que bom. Vamos passar no seu apartamento para você trocar de roupa e depois vamos tomar café no lugar de sempre.

Nossa. Já temos uma rotina mesmo!

O Sérgio estava na sala e deu bom dia a nós. Respondemos e eu fiquei com vergonha quando ele olhou para nossas mãos dadas.

Mas eu não deveria.

É que eu não consigo conter.

E pior que estou feliz com tudo isso. Eu achei que não ficaria, mas estou feliz.

Nós saímos da casa dele e o motorista já estava esperando. Entramos no carro e o Rômulo falou para ir para o meu apartamento.

Quando saí do carro na frente do prédio, ele ficou olhando pra mim.

— Se não quiser esperar no carro…

— Achei que não iria chamar, apesar de eu dispensar convites. — ele saiu do carro.

Metido.

Entramos no prédio e no elevador.

Assim que as portas se fecharam, ele me puxou de canto, levantou o meu rosto e começou a me beijar.

Parece que agora ele vai fazer isso toda hora.

Mas eu retribui. O beijo é como o de ontem. Não foi um surto. Foi tudo de verdade.

Ele me abraçou e continuamos nos beijando até o elevador parar. Então eu interrompi, com o fôlego quase falhando. — Chegamos.

Eu encaro o seu rosto e não vejo o Rômulo de antes.

Parece que ele me colocou um feitiço.

Ele resolveu beijar o meu pescoço e desta vez eu senti cócegas e fiquei rindo.

— Bom dia. — alguém falou e o Rômulo olhou para trás.

Era o meu vizinho.

— Bom dia, Juliano. — falei sorrindo e puxei o Rômulo pelo braço, para fora do elevador.

— Bom dia. — Rômulo incorporou a seriedade de sempre.

Abri a porta do meu apartamento e entramos.

— 5 minutos para trocar de roupa.

— Eita! — corri para o meu quarto e fechei a porta.

— Eita nada. Estamos atrasados.

— Incrível como você passa de um homem tranquilo e carinhoso para o Ceo sem coração em segundos. — arranquei o vestido às pressas.

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