O CEO sem coração romance Capítulo 99

Resumo de Um passeio na quinta: O CEO sem coração

Resumo do capítulo Um passeio na quinta de O CEO sem coração

Neste capítulo de destaque do romance Romance O CEO sem coração, Nikole Santos apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

RÔMULO

Parece que a Linda ainda não entendeu que está segura perto de mim. Ingênua demais.

— Sr. Rômulo, todos os compromissos foram cumpridos. — Laisa me avisou, chegando na minha sala.

— Ótimo. Eu vou sair mais cedo hoje. Quais são os compromissos de amanhã?

— Tem uma reunião com a equipe de RH, com os investidores, uma reunião com seu advogado também.

— Com o meu advogado?

— Sim. Ele marcou uma reunião.

Será que está acontecendo alguma coisa ou só reunião rotineira?

— Mais alguma coisa?

— Não, Sr.

— Ótimo. Então eu vou sair mais cedo e anote os novos compromissos. Caso apareça algo urgente, me ligue que voltarei.

A única pessoa que tem o meu contato é a Laisa e o Gustavo. Eu não dou meu contato a outras pessoas para não ser incomodado e Laisa nunca me liga, Gustavo só liga nas horas inconvenientes, mas é meu amigo, tenho que engolir.

Arrumei a minha mesa, como de costume, depois saí da sala e fui para o andar de baixo.

— Boa tarde, Sr. Rômulo. — a recepcionista falou em coro com outra.

— Boa tarde. Gustavo está por aqui?

— Sim. Ele está na sala dele.

— Ok. — assenti e fui para o escritório dele.

Chegando perto da porta já ouvi gargalhadas. Abri sem avisar e peguei os dois rindo de alguma coisa no computador.

— Com licença. — falei em bom som e entrei na sala, depois fechei a porta.

A Linda nunca ri desse jeito quando está comigo. O que o Gustavo faz? Toda vez que a encontro com ele, ela está se divertindo.

Eles olharam para mim e o sorriso dela se desmanchou um pouco.

— O que estão fazendo de tão engraçado?

— É que nós estamos aprendendo a usar o Photoshop, mas não está dando muito certo não. — Gustavo explicou quase chorando de rir e a Linda voltou a rir com ele.

— Meu Deus… — fiquei perplexo com o que estavam fazendo. — Vocês não deveriam estar trabalhando não?

— Já terminamos o que tinha que fazer. — Gustavo respondeu.

— E eu, teoricamente, estou trabalhando. Estou auxiliando o Gustavo a usar o software.

Mas que cara de pau esses dois!

É desse tipo de coisa que a Linda gosta?

Eu nunca vou conseguir agradá-la.

— E o que ficou tão engraçado? — eu fui até eles e passei atrás da cadeira onde Linda estava sentada.

Eles ficaram apreensivos quando coloquei os olhos na tela e vi uma foto minha sendo alterada.

Estava um desastre.

Eles estavam rindo de mim!

Eu balancei a cabeça em negação e olhei para o Gustavo.

— Diz aí. Rejuvenesceu uns 10 anos.

Linda deu uma gargalhada com a mão na boca. — Eu vou chorar. — ela se abanou.

— Você acha isso engraçado, Linda? — eu olhei para ela.

— Acho. Claro. — ela falou contendo a risada. — Larga de ser careta, Rômulo! Você não sabe se divertir.

Sei sim.

— Eu sei me divertir, mas isso aí não é diversão. É perda de tempo. — me afastei da cadeira.

— Qual a sua ideia de diversão, caro amigo? — Gustavo indagou com um sorriso debochado.

— Não é da sua conta. Vamos, Linda. Está hora daquele compromisso. — abri a porta e ela levantou e juntou as coisas, apressada.

— Ei, você vai ter que pagar as horas que me rouba ela!

— Você disse que já acabaram o que tinha que fazer, então eu não estou atrapalhando em nada. — lembrei com um sorriso vencedor e ele se aquietou.

— Tchau, Gustavo.

— Tchau, Linda. Até amanhã.

— Até. — ela passou pela porta e eu saí logo em seguida, fechando a porta.

— Para onde vamos?

— É uma surpresa.

— Eu tenho medo disso. Seu senso de humor é questionável. Imagino as surpresas…

— Acho que vai gostar. — eu olhei para ela e ela colocou os cabelos atrás da orelha.

Chamei o elevador e esperamos ali perto da porta.

Linda veio para perto de mim e do nada arrumou a minha gravata. Fiquei surpreso com isso.

— Estava torta. — explicou distraída.

Tá bom.

O elevador abriu e entramos nele.

Quando as portas se fecharam, eu não pensei duas vezes antes de ceder ao desejo de beija-la.

— Eu sou o chefe.

— Eu sei. Você já falou isso 1 milhão de vezes. Parece que você pode tudo. — ela debochou.

— Pelo visto nem tudo. — segurei no guarda-corpo e ela também. O capitão ligou o iate e saímos do cais.

Ela ficou olhando para o mar, toda pensativa. Eu só queria saber o que se passa na cabeça dela. Se é algo bom.

— Gostaria de poder ler a sua mente agora.

Ela olhou para mim e depois olhou para o mar de novo.

— Estou pensando no quanto o meu pai adorava o mar. Ele sempre dizia que a cidade não era nada comparado ao mar. Ele fala de como as ondas surgiam e quando tinha tempestade. Tudo parecia grande. Muito grande. E ele não tinha medo de nada, já eu... Eu ficava curiosa, mas não tinha chances de ver as coisas como ele.

Fiquei até sem saber o que falar. Eu não enxergo o meu pai como ela enxerga o dela.

Ela estava olhando a água como uma criança.

— Linda… eu pago muito bem aos meus funcionários. Por que vocês não tem uma vida estável?

— Uma grande dívida da família do meu pai. O dinheiro só dava para o aluguel, a alimentação e maior parte para essa dívida. Estávamos felizes pois a dívida estava acabando. Faltava poucas parcelas, mas aí… — ela deitou a cabeça no guarda-corpo.

— E quem pagou o resto da dívida?

— Ninguém.

— E a família do seu pai? A família da sua mãe?

— Não tem mais ninguém. Só eu.

— Não é possível. Nem um primo de 3° grau?

— Não que eu saiba.

Como pode alguém ser sozinho na vida?

Quando eu decidi morar sozinho, eu não aguentava a minha família. Fiquei meses sem ir na casa deles, mas eu sei que eles estão lá. Eu sei onde estão. E ela não tem ninguém. Nem uma pessoa se quer para visitar.

Eu fiquei sem palavras de novo.

— O que é aquilo? — ela perguntou, apontando.

— É uma das plataformas. A plataforma onde o seu pai trabalhava.

— Sério? — me encarou surpresa.

— Sim.

Ela ficou olhando para a plataforma sem piscar os olhos.

— Tudo bem pra você ir lá?

— Sim. Tudo bem. Era o que o meu pai sempre quis que eu visse. — ela deu um leve sorriso.

Então ela está feliz.

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