Em São Paulo, do alto da cobertura de Thor, o mundo parecia pequeno, como se aquela cidade que nunca dormia estivesse ali apenas para assistir à história deles.
Era meia-noite. Quinze anos de casamento. Quinze anos de amor, de superações, de lágrimas e vitórias. Todos os anos, sem falhar, Thor tinha o mesmo ritual: começava a comemoração à meia-noite. Era o momento sagrado do casal, o instante em que o tempo parecia voltar para o início de tudo, apenas os dois, longe de qualquer testemunha.
Naquela noite não seria diferente.
Thor entrou no quarto sem fazer barulho, fechou a porta atrás de si e girou a chave, trancando. Nas mãos, duas bolsas e um olhar travesso. Celina, já deitada, folheava um livro, mas levantou os olhos ao sentir a presença dele.
— Amor… — ela sorriu, fechando o livro. — O que você está aprontando?
— Nada que você não vá gostar. — A voz grave soou carregada de desejo.
Ele deixou as bolsas sobre a mesa de cabeceira, aproximou-se devagar e apoiou um joelho no colchão. O olhar dele queimava com a mesma intensidade de anos atrás, naquela primeira noite num quarto de hotel, quando se entregaram aos desejos carnais .
Thor abriu a primeira bolsa e tirou algo enrolado num papel fino. Estendeu-a para Celina.
— Veste pra mim. — O tom foi uma ordem suave.
Celina pegou e ao abrir, encontrou uma lingerie preta, ousada e delicada. Exatamente a cor que usara naquela noite no hotel. Seus olhos se ergueram para os dele, cheios de lembrança.
— Preta… igual à primeira vez. — Ela sorriu, balançando a cabeça. — E eu jurando que você era um mendigo.
Thor gargalhou, puxando-a para um beijo rápido.
— A melhor e última aposta da minha vida.
Celina se levantou, caminhando até o banheiro. Antes de entrar, olhou por cima do ombro.
— Espero que esteja preparado.
Minutos depois, quando a porta se abriu, Thor perdeu o ar. Celina surgiu envolta na lingerie preta, os cabelos soltos caindo em ondas, o olhar provocante. Ele se levantou de imediato, hipnotizado.
Aproximou-se devagar, com a respiração pesada. Passou uma mão pela cintura dela e a outra pela nuca, puxando-a para perto.
— Você está linda demais… — murmurou, os olhos fixos nela. — Vem cá.
O beijo que se seguiu foi arrebatador. Primeiro calmo, como se ele quisesse redescobrir o gosto dela, depois mais intenso, urgente, até que os corpos se colaram num enlace ardente.
Quando o beijo terminou, Thor encostou a testa na dela, ainda ofegante.
— Falta uma coisa.
Ele voltou à cama, abriu a segunda bolsa e retirou uma caixa elegante. Entregou-a a Celina, que abriu devagar. Lá dentro, um conjunto de joias caríssimo: colar, brincos e pulseira, todos em cristal.
— Quinze anos de nós dois. — Thor sorriu, os olhos marejados. — Cada cristal, um pedaço da nossa história.
Celina levou a mão à boca, emocionada.
— É lindo demais… perfeito, como tudo o que você faz por mim. — ela disse, acariciando o rosto dele. — Só fiquei triste porque não vou poder te dar o meu presente agora… só amanhã que vão entregar.
— Você é o meu presente… o único que eu quero. Vira pra mim, amor. — ele sussurrou, a voz rouca, quase uma ordem carregada de desejo.
Ela obedeceu, e Thor prendeu o colar em seu pescoço. Depois deslizou as mãos pela cintura dela, colando os corpos. Beijou-lhe o ombro e sussurrou em seu ouvido:
— O amigão aqui já está bem acordado.
Celina sorriu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...