Ficaram ali, trocando palavras baixas, lembranças e risadas cúmplices. Até que, quando Celina já quase se rendia ao sono, Thor a cutucou de leve.
— Ei, nada de dormir ainda. Vamos tomar um banho e nos vestir. Você sabe que quando o dia clarear, o nosso trio vai invadir o quarto com o café da manhã deles. — Ele riu. — E eu não abro mão da segunda rodada debaixo do chuveiro.
Celina gemeu, manhosa.
— Você continua insaciável, Thor Miller.
Ele segurou o queixo dela, fitando-a com intensidade.
— O fogo que você tem me faz ser assim. — Sorriu malicioso. — Você pode enganar o mundo com esse jeito doce… mas entre quatro paredes, você é uma diabinha, e eu amo isso. Nada de recatada.
Celina corou, batendo de leve no peito dele, mas acabou rindo. — Seu atrevido.
— Meu. — Ele a corrigiu, antes de envolvê-la nos braços.
Num gesto firme, Thor a pegou no colo e a levou até o banheiro. O chuveiro se abriu, e ali dentro eles se amaram outra vez, rindo, provocando, entregues como adolescentes apaixonados que haviam se tornado cúmplices maduros.
Depois do banho, já vestidos com pijamas confortáveis, voltaram para o quarto. Celina ajeitou os cabelos ainda úmidos.
— Temos que descansar, amor. — ela sorriu baixinho. — Daqui a pouco as nossas crianças grandes, estão aqui.
Thor caminhou até a porta. Girou a chave, destrancando, e sorriu.
— Quase esqueci disso. — Disse, voltando o olhar para ela. — Não quero correr o risco de perder a cena mais esperada do dia: os três entrando com a nossa tradição do café da manhã na cama. Vamos dormir, vida.
Por volta das dez horas da manhã, Celina já sabia o que viria. Virou-se na cama e sorriu ao ver Thor dormindo profundamente, o braço tatuado repousando sobre o lençol. Por um instante, ficou só observando, com o coração cheio.
Mas logo a porta se abriu com barulho.
— Bom dia!!! — Safira entrou à frente, equilibrando uma bandeja. — Nós mesmos cozinhamos!
Antonella vinha atrás com frutas, sorrindo.
— Mas a chef fui eu, claro.
— Você sempre quer ser a chef, Antonella! — reclamou Ravi, rindo. — Eu provei tudo, só pra garantir.
— Só pra beliscar! — Antonella ergueu a sobrancelha. — Tive que te dar tapa na mão, porque você não parava de roubar as coisas.
— Eu sou o caçula, tenho direito a regalias! — Ravi abriu os braços, teatral.
Thor sorriu, sentando-se.
— É o caçula, mas também é o segundo homem da casa.
Celina completou, divertida:
— Segundo homem, sim, mas acho que quem vai assumir seu lugar nas empresas é a Antonella. Essa menina nasceu mandona.
— Mandona não, mãe! — ela riu. — Eu só sei o que quero.
Safira defendeu o irmão:
— Também, vocês pegam muito no pé do Ravi.
Ravi sorriu, vitorioso.
— Viu? Eu tenho minha defensora.
Antonella revirou os olhos, divertida.
— Defensora nada… Safira parece a Alice no País das Maravilhas. Vive sonhando, acreditando nesse mundo cor-de-rosa que o mundo inventa.
Safira colocou a bandeja na cama e cruzou os braços, fazendo bico.
— E você é a rainha de copas, mandona e brava!
Thor e Celina riram juntos, cúmplices, observando a cena que só confirmava o quanto aquela família era cheia de amor, humor e vida.
Ravi ergueu o queixo, com aquele ar travesso que só ele tinha.
— Nós compramos um presente, meus velhinhos favoritos… mas relaxa, não é uma cadeira de balanço ainda. — disse entregando a caixa para Celina.
— Você, Ravi, é a junção perfeita de nós dois. Só não pode ser atrevido como eu era anos atrás e nem cabeça dura como seu pai foi antes de casar comigo.
Thor gargalhou, abraçando Celina pela cintura.
— Ou seja, Ravi… você herdou o melhor da gente, mas já vem com manual de advertência.
O menino abriu um sorriso maroto.
— Então está explicado porque eu sou irresistível.
As risadas preencheram o quarto, enquanto o amor daquela família se misturava ao aroma do café da manhã preparado com tanto carinho.
Thor e Celina abriram juntos o presente. Dentro, um porta-retrato de cristal com uma foto do ensaio que haviam feito na praia: os cinco de mãos dadas, sorrindo diante do pôr do sol.
Celina levou a mão ao peito, os olhos marejados.

Thor completou com a voz embargada pela emoção.

Safira sorriu, emocionada.
— É porque vocês são tudo pra gente.
Antonella completou com firmeza:
— Essa foto mostra que nós vamos sempre estar com vocês, aconteça o que acontecer.
Ravi sorriu travesso, quebrando a seriedade do momento:
— E eu que tive a ideia do porta-retrato, viu? Se dependesse das minhas irmãs, vocês iam ganhar só um cartão com glitter!


Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...