— Essa é a consequência das mentiras – ela prosseguiu – demorou tanto tempo para conquistar a Antonela e estragou tudo em uma noite.
— Não seja tão cruel, Dominique – Benjamim começou a pegar seus pertences para partir. Ele não suportaria ficar nem mais um minuto ali sem ir atrás de Antonela – você deveria se preocupar com a Antonela e ir atrás dela.
— Você não conhece meu lado cruel, Benjamim – ela fechou os punhos, furiosa com ele – mas vai conhecê-lo, agora mesmo. Estou me demitindo. Me recuso veementemente trabalhar para um mentiroso como você.
— Você só pode estar de brincadeira.
— Acha que eu estou? – ela mostrou os punhos fechados para ele – e digo mais. Não ouse ir atrás da Antonela. Vou encontrá-la e vou acalmá-la. Eu jamais vou perdoá-lo por quase arruinar minha amizade com ela. Você tem ideia do que fez?
— Eu não fiz de proposito – o comentário dele fez Dominique revirar os olhos – você está sendo uma egoísta filha da mãe, Dominique.
— Eu não vou mais passar pano para suas merdas, Benjamim – ela girou as costas, sentindo que a conversa se encerrava ali – agora você está sozinho.
Viu-a bater a porta fortemente atrás de si, causando um enorme estrondo. Em seguida, Helen desceu as escadas assustada, carregando a camiseta dele em suas mãos.
— O que aconteceu? – ela olhava para ele com os olhos arregalados.
Benjamim tentou buscar na memória o que havia acontecido, mas não havia nenhum vestígio de qualquer recordação. Havia sido um enorme erro ter ido até a casa de Helen consolá-la. Suas considerações pela senhora Benedite o colocaram naquela situação. Foi sua estupidez que o fez arruinar seu casamento.

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