O rosto de Benjamim se contraiu e ele ficou parecendo outra pessoa. Naquele momento, seus olhos se desviaram para o chão e todo o brilho esvaziou de insatisfação.
— Eu não traí você – ele respirou fundo porque sentiu que o seu coração iria parar de bater a qualquer momento – sei que eu deveria ter contado a verdade, mas eu não fiquei com a Helen.
— A sua mentira já foi uma traição – Antonela fez um esforço enorme para não chorar na frente dele – disse que estava trabalhando e foi para o hospital com ela.
A voz dela havia endurecido de tal forma que foram como duas mãos agarrando o pescoço de Benjamim e o apertando até ele não ter forças para continuar.
— Sei o que vi – ela continuou – deveria parar de mentir para mim e confessar o que você fez.
Os olhos dele se ergueram de repente e ele viu a decepção nos olhos de Antonela. Como ele poderia reverter aquela situação se Antonela já havia decidido o seu julgamento?
— Eu não me lembro do que aconteceu – ele tentou se justificar mais uma vez, na esperança de que ela entendesse – fui lá apenas para ajudá-la e depois voltaria para casa, mas eu não sei o que aconteceu.
Um sorriso amargo atravessou os lábios dela. Após momentos tão agradáveis e felizes que eles haviam passado um ao lado do outro, não era assim que Antonela queria que as coisas terminassem. Ela não queria que terminasse. Eles tinham um filho juntos, eles se amavam, embora ela estivesse profundamente magoada com ele. Decidiu então não colocar para fora a sua dor, Benjamim não a suportaria.
— Vou pegar as minhas coisas do seu quarto e voltar para o de hóspedes – ela deu um passo para o degrau de cima, depois parou e olhou para ele – e por favor, não tente me impedir. Não me force a dizer coisas que eu não quero dizer.

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