— Escolha sua opção de suíte. – Sugeriu a voz feminina desprovida de qualquer entonação que vinha do interfone.
O motorista olhou para trás, distraindo-se momentaneamente com o movimento ritmado que Eva realizava, agora de frente para Jonathan. Ela tinha os braços envoltos em seu pescoço e gemia sonoramente a cada vez que suas coxas batiam contra as do rapaz.
— Ahem. – Ele pigarreou, a tento de chamar a atenção do casal.
Eva ergueu o quadril lentamente uma vez mais até que o membro de Jonathan saísse completamente de dentro do seu sexo. O motorista teve, momentaneamente, um vislumbre muito detalhado do ânus e do sexo da mulher, uma vez que o fio dental em estado lastimável que ela vestia, pouco fazia para esconde-los. Um “ploc” molhado se fez ouvir quando o pênis do rapaz bateu com força em sua barriga. O motorista pôde perceber que toda a região da vagina rosada de Eva estava completamente encharcada e não pôde evitar de sentir seu próprio pênis pulsando por sob a calça.
Eva saiu do colo de Jonathan, sentando-se ao seu lado, esbanjando um sorrisinho dissimulado e libidinoso.
— Qual a sua opção de suíte? – Perguntou o motorista, repetindo as palavras do interfone.
Eva e Jonathan se encararam e então olharam de volta para o motorista. Os olhos azuis de Eva pescaram sua atenção como se o estivessem prendendo em um encanto e ela mordeu o lábio inferior devassamente, em um flerte óbvio e exagerado.
— Eu quero um quarto com banheira. – Disse Eva, antes de olhar novamente para Jonathan.
O rapaz sorriu enquanto guardava o próprio pênis dentro da cueca.
O motorista olhou para a tela na parede, ponderando entre as opções antes de responder.
— Suíte luxo, por favor.
Ele ouviu o barulho característico de um teclado sendo dedilhado e, então, depois de uma breve espera, a voz no interfone voltou a falar.
— Quarto doze.
O portão de alumínio se abriu para cima para que o carro pudesse passar. Havia, à frente, uma estradinha de lajotas vermelhas, ladeada por vários apartamentos decorados por jardins circulares de flores e folhagens de muitas cores. O apartamento de número doze ficava no fim da estradinha e era o único do qual o portão da garagem se encontrava aberto.
O motorista guiou o carro e o estacionou na garagem.
— Querem que eu espere aqui, ou devo ir?
Eva novamente encarou Jonathan por um momento e o motorista pôde notar um breve meneio positivo por parte do rapaz. A mulher deu uma risadinha, cobrindo a boca com a mão e, então, olhou novamente para o motorista.
— Por que não entra com a gente? – Ela perguntou, fingindo uma carinha inocente.
O motorista, claramente desconcertado, arranhava o volante do carro com a unha do polegar enquanto parecia pensar sobre a proposta. Capturada pelo movimento nervoso da mão do homem, Eva pôde perceber uma aliança dourada em seu dedo anelar.
— É que eu sou casado, senhora. – Ele respondeu, desprovido de convicção.
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