O Sheikh e Eu(Completo) romance Capítulo 43

– O que? – Quase grito impressionada por aquela confissão. – Eu sei que isso agora está muito confissão, mas eu prefiro não ouvir que você não quer se casar com a sua noiva, Seth! – Digo e minha voz parece até um soprano.

– E porque não? – Diz um Seth compenetrado. Ele não está muito próximo de mim, mas sinto como se o quarto estivesse infernalmente quente. – Tem medo do motivo pelo qual não quero? – Ele diz displicente e eu aperto um lábio sobre o outro.

– Talvez eu tenha medo sim. – Confesso e sinto que minhas mãos começaram a tremer. Tento escondê-las no meio das minhas pernas. Preciso ficar calma. Como acho a saída?

– Agnes, eu não quero me casar com Nadirah. – Diz Seth e seus dedos tocam gentilmente meu queixo levantando na direção do seu olhar. Entro em pânico. Não sei como Seth conseguiu se aproximar tão rapidamente, mas só consigo pensar em como isso parece um sonho e tudo parece terrivelmente insano. Tenho vontade de perguntar se estou sonhando, mas acho que não é o momento.

– Mas precisa. – Digo tentando convencê-lo. – O meu trabalho depende disso. – Completo e tenho vontade de me jogar na parede de cabeça. Um sorriso cretino se forma nos lábios de Seth. Eu estou ferrada.

– Ah é? – Ele pergunta de propositalmente, como se o meu coração não estivesse palpitando inconstantemente sob meu peito agora quase pulando para fora. Ele parece tão calmo, como se não percebesse isso, ou talvez perceba e só está brincando comigo com essa aproximação fantástica. – E porque você tem tanta certeza que vai perder o seu emprego se não foi você que me convenceu disso, Ag? – Ele pergunta num sorriso cheio de dentes e eu só sinto vontade de enfiar um soco na cara dele. Eu podia fazer isso, não podia?

– Por que... – Ótimo. Nenhuma desculpa consegue chegar na minha mente. Apenas esse cheiro almiscarado de pimenta, areia, perdição e tudo mais de sexy e perigoso envolvido.

– Por que... – Ele continua com o sorriso tentando me incitar a continuar.

– Ora, não sei. Por que é o certo você casar com Nadirah. – Na verdade, eu nem sei se é o certo. Não sei se é um casamento arranjado. Só sei que quero me ver livre de Seth e isso parece ser insanamente difícil. Ele gargalha.

– Não é não.

– É sim. – Digo e tento não voltar a atenção a sua presença ameaçadora ao redor de mim.

– Ag. Não é. – Sinto o hálito quente de Seth próximo de mim. Essa era realmente a tentativa dele de ser um homem direito? – Meus pais arrumaram o casamento com Nadirah para que estivéssemos mais próximo do povo. Não houve oficialização de nada. Apenas conversas. Por isso comprei o anel de noivado. Por que não a pedi em nada ainda. Não houve nada entre nós. A partir do momento que eu entregar o anel e fazer o pedido, aí sim estaremos entrelaçados. Contudo, – Seth umedeceu os lábios antes de continuar a falar. Parecia deliciosamente proibido. Argh. Não estou conseguindo pensar com minha capacidade total. – Contudo, embora Nadirah tenha feito toda aquela cena, que ela sempre faz quando vai me visitar, não há nada ainda em termos. Isso porque, a única pessoa a fazer essa escolha, sou eu. E meus pais já deixaram isso bem claro. Embora queiram que eu case logo e abafe todas as besteiras que fiz e talvez continue fazendo. – Ela levanta uma sobrancelha pensativo e eu tento não rir ao imaginar que ele falando tudo isso possa ser uma das besteiras que ele continua fazendo. – Eles já me deixaram claro que a escolha é minha. Afinal, a esposa será minha. – Seth respirou fundo. Eu não estava preparada para ouvir um discurso vindo dele. Sabia que aquilo era terrivelmente errado. Me levantei. Seth ficou me olhando como se eu estivesse cometendo um assassinato naquele momento.

– Seth. – Disse e tentei captar o ar que até então eu não tinha percebido que tinha sumido dos meus pulmões. – Seth, isso não é certo. Você está cometendo um grave erro. – Digo tentando colocar algumas ideias naquela cabeça insana.

– Agnes. Eu posso escolher quem eu quiser para ser minha esposa. Confesso que Nadirah é bonita, mas não é ela que eu quero. – Ele parece exasperado, levantando-se também. Não quero a sua presença tão próxima de mim. Sei que não vou conseguir pensar direito se ele... É... Sabe.... Me afasto.

– Não pode Seth! – Digo e tento não rir da situação decadente que parece estar. Eu como a voz da razão. Qualquer garota no meu lugar estaria agarrando a oportunidade que Seth estava quase insinuando num piscar de olhos e braços. Mas eu não era qualquer uma. Eu não queria o dinheiro de Seth. Na verdade, eu não saberia nem mesmo como viver naquele meio... E tinha tanta coisa em jogo... E havia muita coisa em jogo... E a gente era diferente... E eu certamente o faria passar vergonha, porque consigo tropeçar mesmo num chão liso... E eu não consigo pensar direito porque agora Seth está a minha frente, muito próximo de mim.

– Pare de pensar um pouco, Agnes. – Ele me pede levantando o meu queixo com o seu polegar. O seu toque traz um formigamento estranho no meu queixo e dispara uma onda de prazer bem próximo da minha virilha. Sinto que vou me desfazer. Ainda mais com a forma como Seth diz o meu nome.

– Não posso. – Confesso, embora já esteja fechando os olhos. Mas volto a abrir, voltando a realidade. – Não somos de mundos parecidos, Seth. Você está deixando a amizade falar por você. – Seth balança a cabeça e parece ofendido, de alguma maneira. Mas eu tenho que chamar a atenção para ele, eu preciso!

– Não, Ag. Você é tudo o que eu preciso. E que se dane o resto! – Disse Seth com os olhos vidrados em mim. Sinto que meu coração palpita retumbante e eu quero não acreditar nas palavras dele, mas elas me trazem um efeito prazeroso.

– Mas não posso ser. – Digo já sentindo que as palavras estão morrendo e que estou perdendo completamente a insanidade e o fio de pensamento. Já não sei mais o que pensar, tampouco por que estou discordando. Só consigo sentir a sua proximidade, o calor que escapa do meu corpo, à fervura que falta a encontrá-lo.

Seth transforma minha cabeça num turbilhão ainda maior quando dá um passo para perto de mim. Não me mexo. Não sei se conseguiria também.

Minhas pernas parecem gelatina e eu acho que posso escorregar para o chão a qualquer momento. O brilho âmbar dos olhos do Sheikh parecem servir de convite para a insanidade do que vem pela frente. Eu solto, vagarosamente, o ar pela boca. Por que nunca senti nada disso e sinto como se fosse a primeira vez que vou beijar. Essa sensação nunca me percorreu ao beijar ninguém e eu sinto que posso bambear.

– Deixe ser, Ag. Você não sente isso? – Diz Seth se referindo a eletricidade que parece conectar os nossos corpos. Eu sinto que alguma coisa dentro de mim se mexe e parece, realmente, com a sensação de borboletas no estômago, como as pessoas costumam falar.

– Sinto. – Consigo dizer, mas num fio de voz. Não sei o que está acontecendo comigo. Quando me aproximo a esse ponto de Seth, só consigo pensar em como quero que ele esteja comigo, como o beijo parece terrivelmente demorado para chegar. Perco completamente a linha dos pensamentos e só sinto: O seu cheiro delicioso, o seu hálito maravilhoso, a sua essência sexy que parece me puxar em sua direção.

Seth se aproxima ainda mais. Nossos lábios quase estão se tocando. Sinto que vou morrer com a demora que parece tenebrosamente longa. Quero acabar com o espaço que está ainda faltando entre nós, mas alguma coisa me impede. Não sei bem o que é. Ainda assim, meus olhos se fecham no automático e eu sou só sensações táteis. Só a espera incansável do que nunca vem. Então ouço no que parece um deslumbre de sorriso:

– Posso? – E eu apenas balanço a cabeça de leve para seu pedido. Por que não sei se tenho capacidade de falar. Na verdade, ainda estou impressionada pelo seu ato gentil de pedir permissão, mas, ainda assim, estou derretendo pelo corpo todo.

Então, para a minha deliciosa espera interminável, os lábios de Seth encostam levemente nos meus mordiscando, de leve, meu lábio inferior. Sinto que quase arfo em seus lábios e espero que ele não tenha percebido isso logo de cara. Então Seth pede passagem pela minha boca e eu não consigo pensar muito, dando-lhe passagem. Eu só o quero. Quero muito e não sei como tinha aguentado até aquele momento sem o beijar.

Então Seth me empurra para a porta, com um gesto selvagem, mas incrivelmente delicioso. Sua mão está ao redor da minha cintura e eu não consigo respirar direito enquanto nossas línguas se tocam num espetáculo perfeito. Ele brinca com a minha língua e eu não consigo deixar de pensar em como isso é bom.

Minhas mãos percorrem os cabelos de Seth. Estou perdida se depender desse homem. Passo meus dedos pelos seus cabelos incrivelmente sedosos, como imaginei que seriam. O calor que percorre meus dedos me faz arfar novamente e eu sei que estou a morrer nos braços de Seth e que se ele me soltar, certamente cairei.

Seth tem um gosto deliciosamente bom e sua barba roçando-me parece deixar um rastro de formigamento que, novamente, mexe comigo lá embaixo. Minhas mãos descem pelo seu pescoço, acompanhando os seus braços torneados e incrivelmente másculos, indo em direção às suas costas. Não sei mais o que estou fazendo, só sei que quero continuar, preciso continuar. Eu não posso parar.

Seth então desgruda os seus lábios dos meus e vai descendo bem devagarzinho pelo rastro que segue do meu queixo pelo meu pescoço. Seus beijos são como toques suaves, mas eu sinto como se precisasse que ele estivesse me beijando por inteira. Sinto quando seus lábios tocam a pele desnuda que não está dentro do moletom e eu me amaldiçoo por não estar com uma blusa de alça para sentir mais do seu toque.

As mãos de Seth percorrem minha cintura. Doem um pouco dependendo do local onde ele toca, mas ele parece perceber isso com facilidade porque suas mãos passeiam agora pelas partes que não doem, apertando levemente e me fazendo enrubescer ao mesmo tempo que preciso que ele se aproxime mais. Ele parece perceber isso, apertando seu corpo ao meu, tornando a sensação ainda mais deliciosa quando vejo que ele também está gostando disso lá embaixo.

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