O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 33

Entretanto, aquela não era mais a primeira experiência de Anne em um lugar como aquele e ela estava muito mais calma do que costumava ser. Por isso, caminhou lentamente até Zabinski que estava um pouco atordoado e confuso. Afinal, quando viu a jovem, imaginou ser a acompanhante de Anthony, mas ele tinha dito que ela o servisse. Porém, apesar de sua perplexidade, achou melhor não dizer nada.

Assim que chegou ao lado do homem, Anne pegou uma garrafa de vinho e começou a servir Zabinski, mas ele a interrompeu, pegando a garrafa de sua mão e servindo a si mesmo e a ela, dizendo:

― Não, não. Pode deixar, querida, eu nos sirvo. ―

Surpreendida pelo ato de gentileza, pois era a primeira vez que algum desses homens fosse gentil com ela, Anne lançou um olhar curioso na direção de Zabinski e descobriu que ele parecia bem familiar. Enquanto se acomodava ao lado do homem e bebericava seu vinho, o reconheceu como alguém da televisão. As amizades de Anthony pareciam ser todas com pessoas incomuns.

Obviamente, Zabinski tinha medo de Anthony e se comportou bem com Anne. No entanto, essa não era a intenção de Anthony. Sua intenção inicial era fazer com que ela fosse humilhada, novamente.

Intuindo as intenções de seu algoz, Anne tentava imaginar o que Anthony pretendia fazer com ela, quando ela ficasse bêbada e, na verdade, ela tinha até uma pequena esperança de que ele a levasse para a Mansão Real. Assim ela poderia aproveitar a oportunidade para, sorrateiramente, recuperar seus documentos.

Inspirada por essa ideia e morrendo de vontade de rever seus filhos, assim que conseguisse fugir, Anne esvaziou a taça em um longo gole e estendeu para Zabinski, que riu, enquanto a servia e dizia, um pouco surpreso:

― Vamos com calma, tá? O vinho não vai fugir! ―

Anthony observava Anne, o tempo todo, em silêncio, como se tentasse assassiná-la com olhares.

Como Zabinski não a acompanhava, Anne começou a pegar a garrafa e se servir, sozinha, taça depois de taça. Ela tinha um propósito e aquilo era tudo que importava. Sua única preocupação era não entrar em coma alcoólico.

Nem uma hora tinha se passado e o efeito da bebida veio com tudo. Sem perceber sua desorientação, a jovem tentou colocar o copo sobre a mesa e errou, derrubando a bebida em seu sapato. Anne olhou para o que tinha feito e corou, com vergonha, mas ao mesmo tempo sorrindo:

― Olha o que eu fiz... agora não tenho taça! ―

Então, estendeu o braço para pegar a garrafa, com a intenção de beber direto do gargalo, no entanto, antes que a alcançasse, sentiu uma mão forte segurando seu pulso.

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