O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 34

Sentindo uma dor de cabeça insuportável, Anne acordou, deitada no tapete de um cômodo, perto da porta. Era como se tivesse sido arremessada ali, como um pedaço de lixo e, de certa forma, ela sabia que tinha sido exatamente isso que tinha acontecido.

A jovem olhou ao redor, reconhecendo a decoração e percebendo que estava na Mansão Real, assim como planejara. Mesmo com a dor de cabeça, a tontura e o estômago ruim, Anne sorriu e agradeceu à Deus pela oportunidade que tinha recebido.

Levantando com dificuldade, a jovem cambaleou até o banheiro e tomou uma ducha. Se sentindo refrescada e bem melhor da ressaca, saiu do quarto e desceu as escadas. No meio do caminho até a sala, encontrou Hayden, que se aproximou, dizendo:

― Senhorita Vallois, o desjejum está pronto. ―

Sem querer trocar amenidades com o mordomo, a jovem apenas perguntou:

― Onde está Anthony? ―

― O Senhor Marwood saiu. ―

Tentando manter uma expressão neutra no rosto, Anne concordou com a cabeça e caminhou até a sala de jantar, enquanto pensava: “Se eu fosse Anthony e tivesse pegado o passaporte de alguém, onde eu o esconderia? No meu quarto ou... no escritório?”

Animada, a jovem pensou que o escritório era um bom palpite, mas que, no fim das contas, seria questão de sorte. Por isso, depois de comer, sem pressa, ela evitou os criados e entrou no lugar escolhido.

O cômodo estava destrancado, então ela entrou sorrateiramente e fechou a porta atrás de si. O escritório era grande, minimalista, frio e estressante, ou seja, um reflexo do próprio Anthony.

Prendendo a respiração, a jovem caminhou até a mesa e vasculhou todas as gavetas, sem sucesso. Então, olhou para a estante e, com um sorriso no rosto, passou a vasculhar, volume por volume das centenas de livros até que seus olhos se depararam com algo verde escuro ao lado de um livro grosso. Sem acreditar no que via, a jovem pegou aquilo, constatando que eram, de fato, seu passaporte e documento de identidade.

A esperança tinha crescido em seu peito, afinal, contanto que ela saísse, antes que Anthony desse por falta dos documentos, ele não seria capaz de pegá-la, pois não conseguiria mais rastrear o GPS do celular dela. Entretanto, quando Anne pensava em esconder o fruto de seu furto nas roupas, seu corpo congelou. Seus olhos tinham se deparado com a pequena luz vermelha de uma câmera de monitoramento.

Ela ainda processava essa informação quando a porta do escritório se abriu e Anthony entrou, pesadamente, como um demônio:

― Você realmente me decepcionou. ―

Anne ficou tão assustada que derrubou tudo no chão, enquanto andava para trás, com o rosto pálido de medo.

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