O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 341

Enfim voltando ao conforto do lar, Anne deixou o corpo cair no sofá e escondeu o rosto por entre as mãos, pensando em seu passado. O primeiro homem a quem chamou de pai, o marido de Cheyenne, espancava a mãe e chegou até mesmo a agredi-la. O segundo homem que apareceu em sua vida, dizendo ser seu pai, tentou trocá-la para pagar uma dívida de jogo.

A jovem não sabia o que era receber o amor de um pai e não queria mais pensar no assunto. No entanto, isso não significava que ela não invejava os pais de outras pessoas. Certa vez, inclusive, chegou a se comparar com Bianca.

Entretanto, não fosse pela disputa envolvendo Dorothy e Bianca, Sarah e Nigel estariam casados e se tornariam uma família normal. Ela seria feliz e Anthony nunca teria cruzado seu caminho.

Mesmo que o pensamento tivesse cruzado sua mente, Anne não responsabilizaria Bianca por não ter tido família. Afinal, não havia nada de errado em um pai amar sua filha. Além disso, Nigel não sabia da gravidez de Sarah. Anne tinha tido azar e aquilo era tudo.

Depois do encontro com Nigel no portão, os boatos nunca mais reapareceram na internet e Anthony e Bianca não causaram mais nenhum problema para Anne. Eles simplesmente desapareceram.

Nigel às vezes ligava para ela e eles terminavam de conversar depois de algumas palavras. Aquele era o contato máximo que Anne desejava com seu novo pai. Pois, tudo o que queria era poder cuidar dos trigêmeos em paz.

Pois, parecia que assim que encontrava os filhos, todos os problemas ficavam esquecidos do lado de fora do apartamento.

― Ah, que confusão! Mamãe, socorro... ― Chloe pegou uma caneta e colocou na mão de Anne, aninhando seu corpinho macio nos braços da jovem, enquanto agia como uma criança mimada. Mas, Anne a acolheu e a ajudou com o desenho que a criança fazia.

― Mamãe, jogue com a gente! ― Charlie subiu no sofá e também se esfregou na mãe, exigindo sua atenção.

― Eu pensei que vocês estavam bem, brincando só os dois ― disse Anne.

― Não! Quanto mais gente melhor! ― Disse Chris.

― Espere um minuto. Vou ajudar sua irmã a pintar e já vou ― disse Anne.

A boquinha de Charlie subiu para deixar um beijo molhado no rosto da mãe.

― Mamãe, posso usar o celular? ― disse Charlie, incapaz de esperar.

― O que você quer jogar? ― Anne não queria entregar o telefone, pois tinha medo de que ele mexesse onde não devia, como Chloe já tinha feito, uma vez.

Charlie disse:

― Eu vou ligar para o papai! Papai não brinca comigo há muito tempo! ―

A expressão de Anne mudou:

― Como assim? Você não viu Lucas na escola, durante o dia? ―

― Nós vimos, mas não podemos brincar com ele, lá ― se intrometeu Chris.

Mas Anne se recusou a entregar o telefone.

― Esperem um pouco que a mamãe já vai brincar com vocês. ―

Ela não podia ligar para Lucas, por causa de seus assuntos pessoais. Sabia que o rapaz devia ter visto o viral que envolvia ela e, mesmo assim, não ligou para saber como ela estava. Então, seria embaraçoso para ela ser a primeira a buscar contato.

Afinal, pelos boatos parecia que ela e Bianca estavam brigando por um homem.

― É porque mamãe estava na TV, que não quer mais encontrar o papai? ― Chris perguntou.

― O que teve na TV? ― Anne ficou surpresa.

― Vimos o vídeo, na escola ― disse Chloe.

Anne ficou assustada:

― Que vídeo? ― ‘O que fui atingida por ovos? Tomara que não!’

― Jogaram ovos na mamãe ― disse Chris e o rosto de Anne ficou pálido.

Então, Chloe complementou:

― Mas, o papai disse que era tudo de mentirinha. ―

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