O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 439

O corpo de Anne estava rígido e as batidas de seu coração eram pesadas e inquietas, como se pudesse escutá-las martelando ao pé do ouvido. Quando estava prestes a sufocar, ela ouviu a voz de Anthony ordenando:

— Sirva-me uma xícara de café. —

Estava atordoada. Ainda sentia náuseas, mas quando ouviu a voz dele foi trazida de volta para a realidade. Anthony falava com ela? Ah sim, eram os únicos no escritório, e o magnata nunca faria uma coisa dessas sozinho.

— Eu... não sou profissional nessas coisas. — Falou em voz baixa.

— Então encontre uma maneira de ser. — disse Anthony.

A jovem se virou, sem dizer mais nada, e saiu do escritório com o intuito de lhe trazer café. Pelo menos não era estranha à copa e já a havia usado antes. Era algo ao seu favor nessa situação, por mínimo que fosse isso a confortava.

Quando chegou ao recinto, havia dispensadores de água e uma variedade de máquinas de chá e café. Havia grãos de café moídos na geladeira, também. Nunca fizera café sozinha, mas tinha assistido seus colegas de trabalho fazerem várias vezes. Era só filtrar o café, juntar as natas, colocar o açúcar e por fim mexer.

Quando a bebida estava pronta a jovem cheirou a borda do copo: o cheiro era delicioso. Se deu por satisfeita e foi com o café em direção ao escritório de Anthony novamente. No caminho, olhou para os lados, mas não conseguiu encontrar Xander. Onde será que ele estava? Será que já tinha voltado?

Depois de bater na porta e entrar no escritório, percebeu que Anthony ainda estava sozinho. Cuidadosamente colocou o café na frente do magnata e manteve uma distância, de lado.

Ele tomou um gole da bebida que havia preparado e disse:

— Ugh! Nojento! —

Anne franziu os lábios:

— Então eu vou encontrar alguém para fazer outra xícara para você, posso? —

— Não é preciso. — Tomou outro gole.

— Pensei que você não podia tomar café? Ouvi dizer que pessoas com estômago ruim não podem tomar café... — Anne perguntou. No mesmo momento, Anthony fitou-a com olhos penetrantes e profundos. — Desculpe, estou sendo intrometida. —

— Você não acha que é uma má ideia se preocupar com outros homens, ainda mais quando está prestes a se casar? — O demônio largou a xícara de café e a encarou. Parecia muito agressivo.

A jovem se tremeu toda quando ele agiu dessa maneira. Ele não tinha entendido o que ela quis dizer. Precisava explicar.

— Senhor Marwood, você me entendeu mal. Eu só tinha boas intenções, nada mais — disse Anne, com a voz trêmula.

Anthony perguntou:

— Um mal-entendido? Você está falando sobre o fato de que vai se casar ou sobre o fato de se importar com outros homens? —

— Eu não entendo o que você quer dizer... — Fingiu.

Anthony bufou. Enquanto isso, a respiração de Anne era instável. Sabia que Anthony a conhecia muito bem, e ela sentiu como se seus pensamentos pudessem ser vistos por ele. Era como se fosse uma presa vulnerável e encurralada.

Aproveitou a situação para perguntar o que a incomodava tanto ultimamente:

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