O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 451

Por mais que Anne gritasse, ninguém respondia. Era como se Anthony já tivesse ido embora. Então, a jovem puxou as algemas com força mais uma vez, mas apenas arranhou a pele de seu pulso. Não tinha jeito, estava fadada a ficar presa ali. No entanto, sentia que não podia desistir, como se sua vida dependesse de conseguir ou não se livrar das algemas, o que era provavelmente a realidade.

Depois de lutar por mais algum tempo invocando toda energia que tinha dentro de si, deitou-se no chão e lágrimas saíam de seu rosto. Por que diabos tinha que passar por aquela situação? Tinha feito algo para merecer aquilo?

Anne pensara que ameaçar Anthony com sua morte o faria recuar. Mas, em vez de recuar, ele se tornou ainda mais violento. Era nítido que estava apenas blefando quando disse que queria morrer, tinha ainda os pais e os três filhos pequenos. E o magnata não era burro, ele sabia que ela mentia. Agora a jovem se martirizava pensando que nunca deveria tê-lo subestimado.

Já era quase meio-dia e ela continuava deitada impotente no chão, com o rosto vermelho de tanto chorar. As marcas das lágrimas que já haviam secado faziam um caminho reto dos olhos até a bochecha, onde havia uma curva abrupta na direção do chão. “Como foi o jantar ontem à noite?”, pensava consigo mesma. Que caos seu desaparecimento causaria? O demônio nunca deixaria ninguém saber onde ela estava. A jovem conseguia imaginar toda a comoção... principalmente de seu pai e Lucas.

Fora mais uma vez usada por Anthony.... No final, sua busca pela felicidade era apenas um delírio. Não havia mais nada para ela. Com as mãos algemadas na cabeceira da cama, Anne vasculhou com olhos o quarto, em busca de algo que pudesse a ajudar sair. Não achou seus pertences e reparou que a cabeceira da cama estava limpa, como se Anthony tivesse previsto que ela tentaria escapar daquela forma.

Enfim, a jovem se levantou do chão, arrastando para cima suas mãos presas na cabeceira. Estava cabisbaixa e derrotada. Sentia o peito apertar, o que fez lágrimas voltarem a fluir dos olhos, e ela não conseguia parar. Nem se deu ao trabalho de enxugá-las, apenas caiu na cama como se já não tivesse mais forças para ficar em pé. Assim, adormeceu mesmo com o choro, pois estava realmente cansada.

Mais tarde, quando Anthony entrou no quarto, viu que Anne estava dormindo e tinha o rosto como quem acabara de chorar. De pé na beira da cama, ele observou com olhos profundos sua postura fraca. Era assim que as pessoas acabavam se fossem contra a vontade dele. Logo, a contadora nunca poderia fugir de seu desejo.

Enquanto isso, Lucas não tinha intenção de trabalhar e toda a sua energia mental estava concentrada em procurar Anne. Algo relacionado ao magnata do Grupo Marwood e do Grupo Arquiduque ficava atormentando sua cabeça, como uma pontada de dor sempre que a imagem de Anthony com ela vinha até si.

Levi entrou no escritório e olhou para seu chefe, que parecia ansioso. Então, o funcionário avisou:

— Diretor, aquele carro não pôde ser rastreado. Ele evitou todas as câmeras de segurança. —

— Que tal conseguir alguém para seguir Anthony? — Lucas ergueu o rosto e os olhos por trás dos óculos brilharam.

— É difícil chegar perto dele. Seus guarda-costas são muito profissionais. — Levi disse. Parou por um momento para pensar, então perguntou: — Será mesmo que foi Anthony quem fez isso? Ele age como se nada tivesse acontecido. —

— Quem mais seria senão ele? — Anthony era a única pessoa suspeita.

— Antes e depois do desaparecimento da senhorita Vallois, o empresário deu sinais de que era o culpado. Mas se ele mesmo não quiser admitir, acho que vai ser difícil arranjarmos provas decisivas. — disse Levi, preocupado.

O diretor da Escolinha também sabia que Anthony era muito poderoso e, se quisesse sequestrar Anne, poderia levá-la para qualquer lugar. Logo, sem nenhuma evidência, eles não poderiam acusá-lo de nenhum crime. Além do mais, o magnata tinha influência e poder sobre toda a cidade. O que eles poderiam fazer?

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