O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 453

A porta do quarto foi aberta, fazendo um pouco de luz entrar no quarto e despontando um fio de esperança em Anne. Mas, não importa a quão esperançosa ficou, só de ver Anthony suas pupilas se contraíram de medo e a angústia tomou conta de si, como se o trauma de ter sido violada estivesse profundamente enraizado em sua mente.

O magnata carregava o café da manhã na mão e o colocava na mesa de cabeceira, igual fazia com todas as refeições que lhe trazia enquanto era carcereiro dela. Assim que terminou aquela espécie de ritual, Anne olhou para ele e disse:

— É proibido você me servir mais que três refeições por dia? —

Os olhos escuros de Anthony pareciam perigosos. Mas, ele pareceu impassível diante do atrevimento dela.

— Eu vou ter minha vingança. — Disse, como se tivesse uma certeza inabalável. Anne se estremeceu diante daquela resposta. Então, antes de sair do quarto ele falou: — Me ligue se precisar de alguma coisa. — Então jogou um celular na cama. Logo, virou o corpo e foi em direção a maçaneta da porta.

Vendo que o empresário estava indo embora novamente, a jovem saiu apressada da cama, se jogando no chão e puxando a canela dele com o pé. Anthony ficou imóvel, parecia uma estátua pesada que não saia do lugar.

— Não vá! Deixe-me ir, quero ir para casa, por favor... Não sou seu animal de estimação, sou um ser humano! Você não pode me tratar assim... —

O fitar sombrio de Anthony se estreitou, e sua grande mão agarrou a perna dela com firmeza, como se fosse quebrá-la num só movimento, mas ele apenas retirou-a de si, deixando a jovem derrotada com a bunda no chão. Antes de sair, abriu a porta mais uma vez e a observou com desdém por alguns instantes. Ela se sentia como uma criatura imunda para ele.

— Anthony! Anthony! Por favor! — Anne gritava, sem alternativas. Porém, mesmo que gritasse o mais alto que pudesse, Anthony não lhe dava uma resposta, já tendo ido embora.

Desistindo daquela tentativa inútil, Anne se levantou como se o próprio peso do corpo fosse demais e sentou-se na beirada da cama. Ele tinha a tratado como um animal enjaulado. No entanto, não era um animal... Muito menos merecia passar por tudo aquilo.

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