Perdição de Vizinho romance Capítulo 28

Resumo de Capítulo 27: Perdição de Vizinho

Resumo de Capítulo 27 – Capítulo essencial de Perdição de Vizinho por Alê Santos

O capítulo Capítulo 27 é um dos momentos mais intensos da obra Perdição de Vizinho, escrita por Alê Santos. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Porque eu quero te tocar, amor

E quero te sentir também

Eu quero ver o sol nascer

Sobre seus pecados, só eu e você

Esquente as coisas, estamos em fuga

Vamos fazer amor essa noite

Nos aproximar, nos apaixonar

Tentar

Dusk Till Dawn - Zayn

(...)

Ella

Que noite! Eu nunca pensei que pudesse ser tão feliz, ou melhor, que ainda existisse chance para eu ser feliz, mas sim, estou radiante. Tudo no Justin me faz querer evoluir, crescer, me permitir, não sei explicar. É um sentimento que só descobri depois que ele entrou em minha vida e virou tudo de cabeça para baixo, me virou e desvirou, me fazendo perceber que esse é o meu lado certo.

Acordei antes dele e agora estou aqui, parada, ainda deitada, virada de frente para ele, o admirando. Não admirando somente sua beleza exterior, mas, principalmente a interior. Esse homem passou por tanta coisa, perdeu alguém a quem amava muito, se culpou, se puniu, sofreu e teve que se reerguer. Somos duas pessoas cheias de cicatrizes, dispostos a crescer um pouco dia após dia.

— Hum… — ele resmunga, ainda de olhos fechados, porém, sorrindo, e me abraça — Que cafuné gostoso… 

Rio.

— Há quanto tempo está acordado? 

— Acredite se quiser, acordei agora porque você parou de me fazer carinho. — sua voz soa sonolenta e finalmente abre os olhos.

— Ah, seu pilantra! Tá se acostumando muito mal, hein. 

Ele me puxa para seu peito, quase me sufocando com seus braços enormes e me enche de beijos.

— Você é linda, sabia? — acaricia meus cabelos.

— Você é um bobo. — sorrio tímida.

— O que está fazendo comigo, Ella? Estou perdidinho por você. — me olha intensamente.

— Você não está sozinho nessa. Sei que não retribuí o que me disse ontem, fiquei assustada, paralisei com medo de não ter certeza sobre o que estou sentindo, mas você me conquistou, Justin. Pensei que isso jamais aconteceria outra vez, porém, me enganei… Eu me apaixonei por você, pelo seu jeito. Se existe um homem mais perfeito que você, eu desconheço. — me sinto leve ao finalmente deixar meus sentimentos a respeito dele fluírem.

Ele abre um sorriso largo.

— Isso é sério, Ella? Por favor, não brinca com meu coração, posso ser cardíaco. — solto uma gargalhada, levando-o a rir também.

— Sim, sim, sim! — praticamente grito.

Justin me aperta em seus braços mais uma vez e me beija. Um beijo cheio de ternura, repleto de sentimento. Sinto-me flutuando. 

— Posso te fazer uma pergunta? — pergunto.

— Acabou de fazer uma… Brincadeira, pode falar. — responde rindo.

— Qual é o significado dessa tatuagem? — aponto para o braço dele — Fiquei intrigada desde a primeira vez que vi.

— Uma rosa descendo significa que perdemos alguém importante, fiz quando a Maria Julia faleceu. Foi uma forma que encontrei de tê-la sempre comigo.

Meus olhos brilham com a maneira carinhosa com a qual ele fala dela. Tem muito sentimento. 

— É linda. — elogio a tatuagem, passando meus dedos por ela.

— Não mais que você. — beija minha bochecha.

Sorrio, sentindo-me muito querida.

— Se eu pudesse, ficaria o dia todo nessa cama com você, mas tenho que ir trabalhar. Tô com inveja de você agora… — faço biquinho.

— Por que? — franze o cenho.

— Está de folga hoje. — dou de ombros.

— A parte boa é que serei seu motorista particular, estou ao seu dispor, madame. — responde brincalhão.

— Não, Justin. Não vou te incomodar em sua folga, você precisa descansar.

— Bom, eu adoraria ficar cansado, se pudéssemos passar o dia todo na cama, se é que me entende… — pisca para mim — Mas como não posso, me deixa ao menos te levar e buscar no trabalho…? — faz cara de menino pidão.

— Tá booom! O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo? — dou um beijo estalado em seus lábios — Agora vamos levantar, que ainda tenho que passar em casa para colocar a ração do Tom e dar um beijinho nele.

Saio de cima dele e me apresso em levantar da cama.

— Não quer que eu faça isso por você? Quer dizer, só não posso beijá-lo em seu lugar, mas posso colocar a ração dele.

— Agradeço a disposição, meu bem, mas eu realmente quero vê-lo, não gosto de ficar muito tempo longe dele — vejo-o me encarando e sorrindo, franzo o cenho — O que foi? Falei algo que não devia? 

— Do que me chamou? — seu sorriso permanece intacto.

— Anh… — ponho a mão no queixo, tentando lembrar, porém, se chamei ele por algo diferente, não lembro ou não percebi.

— Ou estou ouvindo coisa, ou você me chamou de meu bem. — ele tem um olhar sapeca.

— Juro que não percebi, mas está incomodado com isso? Porque posso ter mais cuidado daqui em diante. — falo aceleradamente, meio nervosa.

— Ei! Relaxa, eu gostei. — pisca para mim.

Suspiro aliviada.

— Ok, vou tomar banho. — me direciono ao banheiro.

Tento não demorar no banho, porque não acordei tão cedo hoje e, para completar, ainda fiquei um tempo na cama com o Justin. Não posso me dar ao luxo de me atrasar, nunca fui disso.

Após alguns minutos, saio do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra nos cabelos. Vou até o guarda-roupa dele e abro uma das gavetas que ele separou para mim. Não tenho muita coisa aqui, mas dessa forma minhas coisas não ficam a toa.

Percebo que Justin não está mais no quarto, certamente deve ter ido preparar o café da manhã. Visto uma roupa qualquer e deixo para trocar quando for em casa. Devido a praticamente só passar as noites aqui, não tenho opções de roupa para ir trabalhar, quando durmo aqui e vou trabalhar no dia seguinte, sempre passo em casa. Achei que se trouxesse muita coisa, estaria invadindo o espaço dele. Essa nunca foi a minha intenção.

Termino de me vestir, desembaraço meus cabelos, pego minha bolsa e saio do quarto, sendo guiada até a cozinha pelo cheiro de café recém-feito exalando pela casa.

— Humm… Que cheiro bom… — me encosto no balcão e aspiro o aroma no ar.

Ele se aproxima de mim e cheira meu pescoço.

— Prefiro seu cheiro. — sorrio abobalhada.

— Continue assim e não te largo nunca mais. 

— Promete? — ele arqueia as sobrancelhas em expectativa.

— Ah, gente… Eu não vou conseguir falar. — Oliver diz, respirando fundo.

Divido meu olhar entre Alexia e Barbara, esperando uma delas falar.

Alexia bufa.

— Ok, já que ninguém está disposto a falar, eu falo. Amiga, não surta, mas você precisa saber que seu ex marido está aqui. — arregalo os olhos.

— Como assim? Como esse cretino me achou? 

— Se acalma, Ella. Não adianta se estressar. — Barbara fala, tentando amenizar a situação.

— Está vendo aquelas flores ali em cima? — Alexia aponta para minha mesa, que só agora noto o buquê — Então, assim que foi entregue, nós pensamos ser do Justin, porque ele tem enviado muitos mimos para você — meneio a cabeça em afirmação, atenta as suas palavras — Mas, ficamos curiosos para ver o que "ele" — faz aspas com os dedos — Tinha escrito no bilhete que veio.

Não me importo por eles fazerem isso, porque nunca escondi absolutamente nada dos meus amigos.

— Foi aí que o baque veio, descobrimos que era o Marcelo e não o Justin. — ela comprime os lábios, receosa com minha reação.

— Cadê o bilhete que esse cretino mandou? Quero ver. — peço com o maxilar trincado, possessa de raiva.

Só o que me faltava agora. Justo agora, quando as coisas começaram a se acertar em minha vida, ele resolve aparecer. Que ódio!

Barbara vai até a minha mesa e pega o bilhete, me entregando em seguida.

— Amiga, tenta manter a calma, não vale a pena perder sua paz por esse filho da puta. 

Segurando o papel em minhas mãos, respiro fundo e viro para lê-lo.

"Oi, meu anjo. Sentiu saudade? Eu senti e muita. Será que podemos nos encontrar? Deixarei meu número no verso, caso aceite. Esperarei ansioso.

Ass: Marcelo."

Ao terminar de ler, amasso o papel, depositando nele toda minha raiva. Levanto da cadeira e vou até a minha mesa, pego o buquê e jogo no lixo, cuspindo nele em seguida.

— Imundo! Cretino! Babaca! Ordinário! Filho da puta! Queime no inferno! — falo tão aceleradamente, que sinto as veias do meu pescoço saltadas.

— Ella, se acalma! — Barbara quase grita comigo, me chacoalhando para voltar á mim.

— Por que ele fez isso? Por que tinha que aparecer justamente agora, droga? — sinto as lágrimas teimarem em rolar pelo meu rosto — Hoje mesmo, Justin e eu nos acertamos e ele vem com isso? — aponto para a lixeira.

— Olha, amiga, eu não faço ideia do motivo pelo qual o Marcelo fez isso e entendo sua raiva, acredite em mim… Mas não adianta você surtar dessa maneira, porque é exatamente isso que ele quer, te fazer perder a razão. — fecho os olhos, absorvendo as palavras dela.

Engulo em seco, tentando me acalmar.

— Babi tem razão, Ella. Eu também odeio seu ex e meteria a porrada nele, se pudesse, mas não dê a ele o gostinho de te ver perder as estribeiras. — Oliver, depois de um bom tempo, se pronuncia.

Passo a língua nos lábios e respiro fundo mais uma vez.

— Tudo bem, obrigada, gente. — forço um sorriso e levanto, me direcionando a porta, secando meu rosto.

— Aonde vai? — os três me perguntam simultaneamente.

— Preciso de ar e um pouco de água. Não se preocupem, estou bem. 

Eles se entreolham, mas não me dizem nada. Fecho a porta e sigo pelo corredor, chegando aonde fica o bebedouro. Pego um copo descartável e encho com água. 

— Ella? — paraliso imediatamente, assim que ouço essa voz.

Estou de costas e me recuso a virar, porém, o copo desliza de minha mão, indo ao chão e eu peço mentalmente que isso não passe de um pesadelo.

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