Resumo de Capítulo 14 – Uma virada em Perverso de Winnie_welley
Capítulo 14 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Perverso, escrito por Winnie_welley. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Os empregados saíram da sala correndo, enquanto Sebastian ainda me encarava sem nenhum pudor. Marília quase teve um infarto, vi suas mãos trêmulas.
— S-senhor...
Ele fez um sinal para que ela parasse de falar.
— Marília, saía. — Ordenou.
Balancei a cabeça disfarçadamente para ela.
— Agora!
Marília saiu da sala olhando para trás, quase corri com ela, porém Sebastian estava em frente a porta como uma muralha.
Desci o olhar até o chão. Meu coração palpitava no peito, pedi aos céus que ele não ouvisse.
Sebastian se aproximou parando em frente a mim, levantei o olhar tentando parecer confiante, estávamos a polegadas de distância, tão próximos que eu vibrei por dentro.
Ele não parecia furioso como eu esperava, o meio sorriso ainda estava estampado nos seus lábios púrpura.
— Sentiu minha falta? — Perguntou de forma retórica.
Pisquei algumas vezes, abri a boca, mas não saiu nada, ele estava tão próximo que me deixou desconcertada.
— Nem se você morresse.
Sebastian balança a cabeça para os lados.
Sua mão bate no piano, levo um pequeno susto.
— Não sabia que tocava.
— Eu tento.
— Toque para mim. — Pediu quase em um sussurro, soltando fumaça pelos lábios.
Engoli a seco.
Por que ele me olhava daquele jeito? Eu estava tão acostumada com as nossas brigas que esqueci do Sebastian que conheci no terraço, o que parecia um conquistador barato.
— Toque, Jade.
Sento no banco, olhando para as teclas do piano.
— O que quer? — Pergunto passo o dedo sobre elas.
Ele apoia-se no piano.
— Qualquer coisa.
Minhas mãos estavam trêmulas, como eu evitaria errar as notas daquele jeito? Sempre ficava mais difícil quando alguém me olhava assim. Eu não sabia o que esperar dele.
Comecei a tocar uma qualquer, quando cantei o vi jogar a cabeça para trás enquanto tragava seu cigarro. Tentei manter minha voz em um tom suave, dava para perceber que ele realmente gostava dela assim.
Sebastian caminhou até o sofá e se jogou lá, me perguntei a partir de que momento ele arranjou uma garrafa de bebida.
Continuei cantando até a música acabar, tirei o dedo da última tecla virando o rosto na sua direção lentamente, ele olhava-me do sofá, com o braço sobre a testa e o cigarro fumaçando nos dedos.
— Você é boa nisso. — Admitiu ele.
Umedeço o lábio inferior.
O que aconteceria agora? Sebastian não moveu um músculo sequer desde então.
— Vai demitir a Marília por isso? — Pergunto.
— Sente-se aqui. — Pediu.
Olho para os lados.
— Sente. Não vou te morder.
Olho para os lados e caminho até lá, sento no sofá ao seu lado tentando não tocar nenhuma parte da minha coxa na dele. Senti o cheiro de álcool. Olho bem o rosto dele, havia sangue no seu supercílio enquanto seus olhos estavam vermelhos, eu desejava sabe o que se passava na sua cabeça.
— Está sangrando... — comento.
— Sabe por que veio para cá? — Ignorou ele.
— Quero saber isso desde que cheguei.
— Porque sua voz estranhamente me acalma. Menos quando está berrando.
Minhas bochechas pegam fogo.
— E é difícil algo me acalmar. — Ele sobe o olhar até mim. — Não vou demitir a Marília, eu pedi-lhe que trouxesse você para jantar aqui embaixo.
Viro meu rosto para encontrar os olhos dele, mas desvio, eu nunca conseguiria retribuir aquele olhar intenso. Sebastian passou a ponta de seus dedos na minha bochecha levanto uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, meu peito descia e subia exasperado.
— Marília! — Gritou. — Leve a Jade para o quarto, amanhã será um longo dia.
Ela invadiu a sala fazendo sinal para que eu a seguisse, saí olhando para trás, Sebastian olhava-me até eu sumir de seu campo de visão.
Fui levada até o quarto, Marília saiu sem dizer uma palavra sequer.
Deitei na cama pensando sobre o que aconteceu, Sebastian estava estranho, ele não costumava agir daquela forma, algo nos seus olhos indicava que não estava tudo bem.
A medida que minhas pernas voltavam a ser minhas, conclui que sem perceber eu senti falta dele durante essas semanas, era vergonhoso de admitir, mas senti.
° ° °
Acordei com Marília abrindo as cortinas, o sol incomodou minha visão, virei para o lado escondendo o rosto nos travesseiros. A noite foi longa, mal consegui dormir com meus pensamentos me perturbando.
— A maquiadora e a cabeleireira esperam por você. — Bateu palmas. — Se apresse!
Nicolae põe as mãos nos bolsos com uma expressão divertida.
— Diga, por que corria? — Reforçou ele.
— Eu... eu... — penso — queria tomar um ar. Estou tão nervosa.
— Ora, não precisa disso. Vai dar tudo certo, eu prometo. — Afirmou Amélia.
Fiz que sim com a cabeça.
Queria ultrapassar eles e continuar correndo, mas Amélia esperava por mim, ela parecia tão feliz. Ela coloca a mão na minha costa me levando para dentro, olho uma última vez para fora antes de Nicolae fechar a porta.
— Amélia, vá perambular por aí. Quero conversar com a Jade.
Amélia olha-lhe com os braços cruzados.
— Vai começar com as suas nojeiras?
Nicolae revira os olhos e empurra ela para frente.
— Vai atrás de algum doce ou sei lá.
A menina foi embora desconfiada, bastou isso para Nicolae me puxar para mais perto pelo pulso.
— Ia fugir, não é?
— Não é da sua conta!
Ele segura firme meu antebraço.
— Caso faça meu irmão passar vergonha hoje, vai se ver comigo. — Esbravejou entre dentes. — Eu sei de absolutamente tudo, assim como todos os outros na festa. Caso tente alguma coisa não pensarei duas vezes em acabar com a porcaria da sua vida!
— Não tenho medo do seu irmão, quem dirá de você.
Ela sorrir pelas narinas.
— Se acha muito esperta, quando, na verdade, não passa de uma vagabunda! — Sua mão aperta meu braço ainda mais — não sei o que o Sebastian viu em você, mas eu juro que vou fazer ele se arrepender disso.
— Você está me machucando, me solta! — Tento soltar meu braço.
— Esse é só o começo. — Finalmente larga meu braço. — Vamos. Termine de se arrumar.
Ele me puxa até o quarto, chegando lá me empurra para dentro e bate a porta.
Gritei.
Gritei usando todo ódio na minha garganta.
— Não pode ser...
Então comecei a chorar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Perverso
Amei demais ❤️...