Resumo de Capítulo 17 – Capítulo essencial de Perverso por Winnie_welley
O capítulo Capítulo 17 é um dos momentos mais intensos da obra Perverso, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
O resort ficava em uma montanha coberta de neve, era todo de vidros, pessoas com cachecóis passavam pelo saguão, todas muito bem arrumadas a maioria casais.
Fiquei ao lado dos seguranças enquanto Sebastian foi fazer o check-in.
Atrás do sofá que eu estava sentada uma grande janela de vidro dava visão a todo aquele amontoado de neve lá embaixo, a floresta de pinheiros estava completamente coberta pela neve branquinha, parecia fofa. Nunca vi nada tão belo e, ao mesmo tempo, assustador, o hotel era completamente isolado.
— Vamos? — Murmurou Sebastian atrás de mim.
Dois mensageiros pegaram nossas malas e colocaram em um carrinho prata.
Os seguranças de Sebastian não o abandonavam em momento algum, eu caminhava atrás dele enquanto eles atrás de mim com seus ternos pretos.
Entramos em um elevador cujo tinha vista para o outro lado da montanha. Encostei meus dedos no vidro olhando para baixo. Minha barriga revirou.
Saímos em um corredor com algumas portas, Sebastian parou em frente a uma porta puxando um cartão dourado; passou no detector ao lado, a porta abriu como se fosse um passe de mágica.
Encolhi os ombros e o segui para dentro.
Os mensageiros deixaram as malas no chão, iam começara arrumar as roupas, porém Sebastian interviu e estendeu a mão lhes dando uma quantia alta em notas, depois eles foram embora.
Olhei ao redor, o quarto também tinha vista para o penhasco e as árvores cobertas de neve, em um canto havia uma cama king size com lençóis em seda, do outro lado do quarto tinha dois degraus que davam acesso a uma sala que parecia ter uma piscina não muito grande.
Minha atenção se volta para Sebastian que se jogou no sofá desabotoando os botões do terno.
Uma interrogação se formou na minha cabeça. Ele dormiria comigo?
— Não vai para o seu quarto? — Pergunto.
Vejo seu peito descer e subir enquanto ele apoia os braços na parte de cima do sofá.
— Já estou no meu quarto.
Olho para a cama. A única cama no quarto inteiro.
— Só tem uma cama, Sebastian.
Deu de ombros.
— Não me importo de dormir com você. — Ele me lança um olhar divertido. — A menos que tente me matar.
— É bem capaz disso acontecer. — Resmunguei.
Minhas narinas abrem e fecham.
Cruzo os braços.
— Averiguei se eles tinham mais quartos disponíveis. — Ele procura algo em seu bolso, de lá tira um cigarro. — Não tinha nenhum. Estão cheios, parece que todo mundo resolveu vir para cá.
Desço meu olhar para o chão.
Não confiaria nas palavras do Sebastian, não tinha maneiras de fugir daqui, caso tentasse provavelmente morreria lá fora com toda essa neve.
O barulho do isqueiro dele acendendo o cigarro me tira dos meus pensamentos.
Ele traga olhando-me com os olhos apertados, com o polegar faz as cinzas caírem no chão, não tinha o mínimo de decência.
Andei pelos arredores procurando minhas malas, abri e procurei pelos casacos que Marília havia colocado. Minhas mãos trêmulas não ajudavam. Baguncei todas as roupas perfeitamente dobradas, nada do maldito casaco, talvez eu já tivesse pegado nele antes, mas o calor do olhar de Sebastian sobre a minha pele tirava a minha concentração.
— Por que está tão nervosa? — Sussurrou ele atrás de mim.
Demorei alguns instantes para virar, pensei em não fazê-lo, porém deixaria a situação ainda pior.
Girei com o calcanhar, ele estava tão próximo que quase me fez cair para trás. Sebastian e sua mania de invadir meu espaço pessoal.
Frisei minha expressão rígida travando minha mandíbula.
— Não estou nervosa.
Seu olhar desceu até os meus lábios e subiu de volta para meus olhos.
Então sua mão tocou minha mandíbula, um choque atravessou meu corpo. Minhas pernas estavam moles demais para eu poder fugir.
Seu hálito tinha de cigarro de menta misturado com cereja, não parecia tão ruim quanto eu imaginava.
— Não fique nervosa. Prometo ser gentil. — Sua voz saiu manhosa.
Sebastian desenhou o contorno dos meus lábios com a ponta do dedão. A todo momento eu me perguntava por que não conseguia me mover dali.
— Não me toque... — Ameaço.
Um meio sorriso aparece em seus lábios.
— Posso fazer o que quiser com você aqui, ninguém vai dar a mínima para os seus gritos.
Segurei minha respiração.
O nó na minha garganta aumentou.
Sebastian se aproxima ainda mais, sentia o tecido de sua calça roçar na minha coxa nua, a sensação era como se mil agulhas estivessem pinicando meu corpo ao mesmo tempo.
Sua mão desceu até a minha nuca, seus dedos agarraram meus cabelos puxando para baixo, inclinando minha cabeça para cima me obrigando a olhá-lo.
A mão de Sebastian contornou pescoço o apertando com um pouco de força. Quase gritei, mas me contive.
Uma mistura de medo e prazer se apoderou do meu corpo, o calor entre as minhas pernas aumentou enquanto o sorriso malicioso em seus lábios alargou.
— Me solta, Sebastian.
Ele aproximou o rosto até a lateral da minha cabeça, encostando seus lábios no lóbulo da minha orelha que aqueceu imediatamente. Então ele sussurrou:
— Vai chegar um dia que você vai implorar por mim, então quando você estiver aos meus joelhos, vou fazer você esquecer seu nome.
Ele me largou lá, virou as costas para mim e saiu do quarto.
Caí de joelho no chão, com as pernas fracas.
Tudo isso era por conta de seu pai? Sebastian não parecia ser esse tipo de cara. Viro para encará-lo, ele estava com os olhos vermelhos e o canto da sobrancelha sangrando, pelo visto Sebastian gostava de arrumar brigas quando bebia.
— Qual a doença do seu pai?
— Câncer no pulmão. Foi diagnosticado há dois anos. Estágio final.
Seguro meu queixo. Deveria ser doloroso para todos ele.
Os olhos azuis dele encontram os meus.
— Não faça essa cara, odeio pena. — Cuspiu as últimas palavras. — Deveria ter de si mesma.
Reviro os olhos.
— Consegue ser estúpido a qualquer momento.
O canto de sua boca contrai.
Respiro fundo soltando o ar pela boca.
Levanto da cama, procuro algum pano, umedeço com água da torneira, volto para o quarto e jogo no rosto dele.
— Ai... — exclamou ele.
Ele não pegou o pano de lá, nem sequer moveu um músculo.
Tiro o pano de sua face, ele parecia bêbado demais para tentar qualquer gracinha comigo. Começo a limpar o local do ferimento. Ele engole o ar pelos dentes enquanto faz careta, não tive pena, limpei com força.
— Você é péssima com isso. — Tentou tirar o pano da minha mão.
— Quieto! — Ele me obedece segurando o riso. — Esse com certeza era meu sonho de lua de mel.
Ele desistiu colocando as mãos em cima do estômago.
— Canta para mim, Jade.
— Não.
Sebastian abriu os olhos e segurou minha mão com delicadeza.
— Canta para mim, por favor.
Umedeço os lábios e assenti.
Cantei uma música calma enquanto ele parecia adormecer, mal sentiu eu limpando seu ferimento.
Quando acabei de cantar pude vê-lo respirando fundo, sinal de que caiu no sono.
Olho por alguns instantes para seu rosto, parecia que o corte em sua sobrancelha o deixava ainda mais bonito e perigoso, assim como a tatuagem de cruz na sua têmpora. Desço o olhar, através da pouca visão de seu dorso pude ver que ele tinha mais tatuagens, porem minha vista não estava tao clara por conta de sua camisa.
Apaguei a luz do abajur e virei de costas para ele, segurando firme a borda do lençol, pensando em tudo que aconteceu nesse dia.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Perverso
Amei demais ❤️...