Perverso romance Capítulo 8

Resumo de Capítulo 07: Perverso

Resumo de Capítulo 07 – Capítulo essencial de Perverso por Winnie_welley

O capítulo Capítulo 07 é um dos momentos mais intensos da obra Perverso, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

May levou Gisele para o hospital após muita insistência minha, não consegui contar toda a história, mas o que disse foi suficiente para May me olhar como se quisesse nos matar. E ela iria.

Não consegui fechar os olhos na noite anterior, a cama dela ainda estava suja com seu sangue, a imagem dela permanecia na minha cabeça, mal pensei no que seria de mim a partir de agora, só queria que Gisele ficasse bem. Apenas isso.

As meninas pareciam não entender o que aconteceu, nem eu entendia direito também, mesmo que Gisele não aparentasse estar bem eu preferia acreditar que tudo iria se encaixar, mas não foi o que aconteceu.

— Jade? — Maria me chama.

— Oi? — Olho para ela.

— Está bem? Estou falando com você há tempos...

Passo as mãos no rosto.

— Não é nada. Estou cansada, a noite foi conturbada.

Ela olha para os lados.

— Sabe o que aconteceu com a Gisele? — Perguntou.

Só de falar em seu nome eu sentia vontade de chorar, a culpa estava me consumindo, estávamos sem notícias há horas.

— Eu não sei de nada. Vamos esperar a May voltar.

Vejo Ethan do outro lado, limpando o chão de maneira apreensiva, ele sabia que não se encrencaria como eu, pensava em mim, nas novas feridas que May deixaria no meu corpo.

Aperto os olhos.

Ninguém merecia passar por isso, a cada segundo eu sentia como se meu peito fosse explodir, minha cabeça não parava.

Ouvimos a porta da boate sendo aberta, todas as meninas sentadas se levantam, assim como eu. Em meio a escuridão, May aparece com uma expressão nada boa.

Ela olha-me de relance, depois para Vicent e por fim cochicha algo no ouvido dele. Olho para Ethan, o vejo engolir a seco largando o pano no balde com sabão.

Havia um silêncio tão grande que ouvíamos apenas o salto do escarpim de May batendo no chão, até que parou em frente a mim.

— Gisele está bem, fora de risco no momento. — Solto ar que nem sabia estar guardando, sentindo meu peito mais leve. — O médico disse que ela teve uma hemorragia, após um aborto mal realizado.

As meninas começam a cochichar.

— Silêncio! — Ordenou, todas se calaram. — Eu nem sabia que Gisele estava grávida.

— May, eu... — tento.

— Calada, Jade!

Ela volta a andar de um lado para o outro, olhando para todas as meninas, não se ouvia nem barulho de respiração. Tirou seu chapéu lentamente, ainda andando.

— Sabem porquê eu peço para serem transparentes comigo? — Ninguém ousou em falar — por conta desse tipo de acontecimento. Gisele nunca mais vai poder ter filhos, mesmo que queira.

Ela vira-se para mim e se aproxima novamente, leva os dedos até meu cabelo e afasta uma mecha para trás da minha orelha. Meu corpo inteiro tremeu.

— Ela quase morreu, tudo por sua culpa.

— Não seria diferente se ela dissesse a você. — Murmuro.

Uma expressão aterrorizante se formou no rosto de May, então solta um sorriso nasal e me dá o primeiro tapa. As meninas se espantam engolindo o ar.

— Você foi a pior coisa que já me aconteceu, mesmo depois de tudo, tudo que fiz por você, continua sendo uma ingrata! — Rosnou. — Todas vocês, vão embora!

As meninas saíram do salão correndo, todas com medo do que aconteceria a seguir. Levei a mão até minha bochecha quente, sentindo lágrimas inundar meus olhos.

— É apenas mais uma puta que se acha esperta demais, mas eu digo: você não é nada! Absolutamente nada!

— Está enganada...

— Estou? — Suspirou — enquanto Gisele estava sob efeito de sedativos ela me contou uma história interessante.

Vejo Vicent aparecer por trás do Ethan, ele imobiliza o mesmo e segura seus cabelos puxando sua cabeça para trás. Mesmo que ele se debatesse Vicent tinha o dobro do seu tamanho, fora que ele se alimentava mil vezes melhor que o Ethan.

— Você quebrou meu nariz, sua cadela... — murmurou May — vai pagar com a sua merda de vida! Vicent, segura ela.

Vicent me agarrou por trás, assim como fez com Ethan. Eu usava toda a força do meu corpo para tentar me soltar, porém, ele era três vezes o meu tamanho, me imobilizou facilmente. May caminhava na nossa direção lentamente, ela não precisou do chicote para me bater, a fivela de seu cinto era suficiente.

Fiquei inconsciente na primeira hora, mas sei que foram muito mais, pois meu corpo inteiro ardia, até mesmo os locais coberta por roupa. Desta vez, Vicent ajudou ela, não teve ninguém para impedi-los.

Após horas de tortura, senti meu corpo se chocar com o chão, não tinha forças para abrir meus olhos muito menos para levantar e fazer algo. Via apenas vultos e as vozes pareciam muito distante.

— Ele está morto. — Disse Vicent. — O que faço com o corpo?

— Joga em um rio qualquer, se livra desse faxineiro de merda. — Respondeu May.

Tentei juntar minhas forças para fazer algo, mas eu estava fraca e impotente.

Vicent me jogou em um quarto escuro, acabei apagando no chão.

° ° °

Abri os olhos com dificuldade buscando um ponto para me concentrar, tinha um zumbido no meu ouvido e ardência no meu corpo fazendo lembrar que tudo realmente aconteceu.

Levantei do chão buscando a porta, por sorte um feixe de luz não me deixava em completo escuro, achei a maçaneta, mas naturalmente a porta estava trancada. Bati com os punhos na porta, nem sinal do outro lado. Encostei minhas costas na mesma e sentei no chão, completamente desolada.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Ethan morreu, a única coisa que mais amei morreu, meu único pingo de esperança. Tudo por minha causa.

Talvez se eu tivesse me jogado naquele dia, Gisele e ele estariam bem. Tudo culpa do Heitor, ele não tinha o direito de me fazer acreditar que minha vida seria diferente se eu não pulasse.

Maldito.

May tinha razão, eu era um fardo para todos, sempre conseguia arruinar tudo ao meu redor.

Meu corpo doía, meus sentimentos estavam magoados, minha alma ardia, como sempre, a única diferença agora era que Ethan não estava comigo, eu não tinha ele para limpar minhas feridas e dizer que tudo ficaria bem.

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