Resumo de Capítulo 10 – Capítulo essencial de Sal, Pimenta e Amor(Completo) por Diana
O capítulo Capítulo 10 é um dos momentos mais intensos da obra Sal, Pimenta e Amor(Completo), escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
– Estou ainda tentando entender porque uma casa tão grande para um homem solteiro como você. – Perguntei assim que descíamos as escadas da casa dele.
Aparentemente, a casa de Alexander além de ser um sonho, era um sonho enorme! Fora o quarto dele, ainda havia mais dois no andar de cima e todos os quartos com suítes e hidromassagens! Havia uma cozinha, que era o maior cômodo do andar debaixo da casa, revelando o amor que Alexander tinha escondido por cozinhar e a sala, que outrora eu tinha conhecido, aparentemente intocável, já que Alexander não parecia muito ficar por lá.
– Meus pais. – Alexander revirou os olhos, aborrecido. – Achavam que eu precisaria de uma casa grande quando me casasse. E só pararam de pegar no meu pé com a ideia de que eu queria morar sozinho depois que eu concordei em morar aqui. – Ele então respirou fundo e jogou a bomba. – Eles também moram nesse condomínio, Sara. Então só compreenda como será difícil a manutenção desse nosso trato. Quando mais jovem eu fui obrigado a parar uma festa por causa deles próprios! Eles próprios foram capazes de ligar para a polícia e informar sobre o barulho em excesso. – E depois dessa eu acabei não conseguindo segurar e dei uma longa gargalhada da cara de Alexander.
– Sério isso? – E ele concordou meneando a cabeça. Ri novamente.
– Você vive num regime autoritário! – Exclamei e Alexander deu de ombros.
– Não me importo. Depois de um tempo percebi que não preciso estar na minha casa para poder fazer a minha bagunça. – Ele disse com um sorriso presunçoso nos lábios e eu rapidamente compreendi a malícia que havia naquela frase.
– Nããão! – Disse e Alexander deu um rápido sorriso.
– Vamos então combinar o que precisa ser combinado? – Ele perguntou e eu apenas concordei balançando a cabeça. Fomos em direção a cozinha, e sentamos na ilha que Alexander tinha no meio da cozinha, nas cadeiras um de frente para o outro.
Percebi nesse momento que havia um laptop em cima da ilha e que Alexander prontamente abriu já colocando no word. Então, para minha surpresa ele passou a escrever no mesmo:
COISAS QUE COMBINAMOS SOBRE O TRATO DE CONVENIÊNCIA.
E então me olhou enquanto falava:
– Vou escrever aqui o que combinamos e então assinamos os dois, ficando uma cópia comigo e outra contigo. Assim, ambos acabarão tendo que cumprir com sua parte. Tudo bem? – E dessa vez Alexander parecia outra pessoa, completamente diferente, sério e compenetrado. Concordei apenas com a cabeça, mas isso já foi suficiente para que ele continuasse a escrever.
Fica decidido que em troca de ser a chef do novo restaurante das redes Falcão, Sara Bulhon passa a se tornar namorada de mentira, futura noiva fajuta de Alexander Von Falcão. O trato será firmado por assinaturas e terá força para ambos.
Abaixo segue algumas normas para que o trato dê certo:
• Alexander fica proibido de fazer comentários indecentes que possam ser de conduta esquisita, de forma que Sara possa não morrer de vergonha. Salvo em casos especiais de imperiosa necessidade como por dentro da mentira.
• Sara fica responsável por apresentar até o fim do mês um cardápio adequado.
• Sempre que necessário, os dois irão se encontrar para transparecer mentira, e nenhum dos dois pode fugir disso, salvo em exceções como assuntos graves de família.
• Alexander poderá estar auxiliando, a qualquer momento, Sara durante a elaboração dos pratos para a nova cozinha.
• Alexander fica em completo aviso de que em caso de necessidade imperiosa de demonstração de afeto em público, não passarão de um beijo. Sendo qualquer outro tipo de contato negado por não consentimento de Sara.
• Alexander não poderá trazer abalos físicos a Sara, tampouco trata-la como um objeto. (Necessidade que Sara achou ser preciso por aqui).
• A mentira terá duração máxima de seis meses. Após isso, não há mais tratos e ambos seguem normalmente com suas vidas. Sara, no entanto, não perderá seu cargo de chefe após isso. Acordado no trato.
• Outros tipos de acordos serão relatados e postos aqui para acordos. As próximas linhas servirão para isso.
Trato realizado por: Sara Bulhon
Trato realizado por: Alexander Von Falcão.
Ao terminar de ler o que Alexander tinha acabado de escrever, eu só conseguia ficar pensando em como não conseguia ter mais nenhuma ideia do que pôr no trato e tinha medo de me arrepender disso depois. No mais, aparentemente, havia tudo o que eu queria naquele trato. Bem preto no branco, de maneira séria e centrada. Um trato, diria assim, de duas pessoas civilizadas.
– Já que está tudo decidido, podemos comer? To morrendo de fome. – Disse Alexander me fazendo soltar uma risada enquanto comentava:
– Então comer aquele tanto de comida não te deixou sem fome? – Alexander balançou a cabeça negando. Um sorriso, então, abriu-se em seus lábios enquanto ele comentava:
– Não. Na verdade, estava mesmo afim era de comer um pão com ovo. Você quer? – E dito isso Alexander se levantou da bancada da cozinha, depositando o laptop na ilha e abrindo algumas portas à procura de qualquer coisa que fosse para comer. Por um momento, me senti com vergonha, pensando se já não era hora de eu ir embora.
– Sim, você quer. E não adianta dizer não. Afinal, temos que fazer essa mentira funcionar, chuchu. Precisamos tentar nos conhecer. Ao menos para não sermos pegos na mentira. – Ele disse e eu senti um frio na espinha.
Até então não tinha parado para pensar que precisaria me abrir com Alexander e falar de algumas banalidades. Tampouco, que eu estaria sozinha, na mesma casa, com uma pessoa que mal conheço. Depois, fiquei pensando onde eu tinha jogado a minha insanidade, que até então eu não tinha achado e que precisava logo encontrar. Por que eu só podia estar maluca por estar concordando em fazer essa loucura de ser namorada de mentirinha de Alexander.
– Temos pão, requeijão e ovo. Vai ser o que vai dar. Preciso pedir para Mara fazer compras para mim, amanhã. Ela vai me odiar por isso. – Ele disse aparentemente refletindo.
– Quem é Mara? – Perguntei curiosa. Como sempre, Alexander aproveitou a deixa para brincar um pouco:
– Calma chuchu. – Ele abriu um largo sorriso que aparentemente era sua marca registrada quando ele queria fazer alguma brincadeira. – Mara não oferece perigo para você. Até porque quando eu conheci a Mara, na verdade ela era Marco. – Refletiu Alexander e eu revirei os olhos.
– Você não pode pedir para Mara fazer algo que você deveria fazer. – Disse e Alexander riu enquanto colocava todos os ingredientes que tinha em cima da mesa, como se não ouvisse a minha bronca.
– Sarinha, a Mara já está acostumada. Aliás, é bem provável que ela vá te ver amanhã, no restaurante. Ela é a única que sabe do nosso trato. Pode confiar. Ela é de confiança. – Alexander piscou, o que acabou me fazendo olhar para baixo porque aquilo parecia algo que se assemelhava a um flerte. E eu não queria flertar com Alexander.
– Certo. Tudo bem. Quer ajuda? – Perguntei, mas, como antevi, ele não permitiu que eu ajudasse. Tudo bem que aparentemente era uma refeição rápida, mas, ainda assim, me sentia na necessidade de auxiliá-lo. Então pensei com meus botões que eu lavaria a louça, mesmo que ele chiasse.
– Vamos então começar com as perguntas terríveis de conhecimento prévio de um casal. – Começou Alexander com um sorriso bobo nos lábios. – Primeiramente, quando você faz aniversário, Sara? – Ri. Ele realmente estava começando num campo brando.
– Dia 08 de Janeiro, e você? – Perguntei e Alexander deu um outro sorriso.
– 24 de Agosto. Embora eu prefira dizer vinte e três. – Balancei a cabeça achando graça daquele comentário dele. – Sua vez. Agora você que pergunta. – Voltei a o olhar. Não gostava muito dessa ideia de contar a minha vida para um estranho. Mas estávamos num trato, não é mesmo? Engoli em seco.
– Qual..... Sua cor favorita? – Perguntei achando a pergunta mais estúpida do mundo. Estávamos quase num jogo de perguntas e respostas.
– Sem amigos? – Perguntou Alexander e eu concordei com a cabeça. Ele pareceu perceber a dor que havia no meu olhar compartilhar esse tipo de coisa, já que ele logo mudou de assunto. – A propósito, prefiro Ale. – Ele disse e eu concordei.
– Ale. – Disse a palavra novamente só para confirmar e Ale balançou a cabeça concordando enquanto engatava em dizer:
– Eu sempre quis ser chefe de uma das cozinhas que temos, Sara. Mas meu pai nunca permitiu. Disse que não se pode compartilhar a administração e a cozinha, pois uma acaba afundando a outra e, no fim, poderíamos perder as redes. E ele é muito resoluto em outras questões também que sou afim de fazer, mas que não vem ao caso. – Diz Alexander parecendo dizer isso como se não importasse mais. Então perguntou: – Você tem irmãos, Sara? – Neguei balançando a cabeça.
– Sem irmãos. Só primos. E muitos primos chatos. E reuniões de família, que são comuns para a minha vó. – Fiz Ale rir ao imaginar isso.
E continuamos conversando sobre coisas alheias até altas horas da noite. Descobri que Alexander conseguia falar sério quando queria. Ouvi a sua história de vida contava rapidamente, como o fato de que ele só namorou uma vez na vida e a experiência não foi nada legal, embora ele não tenha entrado em detalhes do porquê. Disse que gostava de esportes radicais e quando eu mencionei que tinha um medo gigantesco de altura e trilhas, ele disse que faria eu mudar de ideia, o que eu discordei, é claro.
Ele também soube que eu tenho uma família enorme e que o pensamento dos mais velhos da minha família é o mesmo: Casar e ter filhos. E que para muitos primos eu perdi o contato também por esse motivo. Não conseguem compreender que eu esteja trabalhando, que eu tenha feito o descaso de vir para a Capital em vez de morar no interior como todos os outros faziam. Alexander perguntou quando eu consegui diminuir o meu r caipira e nesse momento eu quase bati nele, o que o fez rir um pouco.
Disse muito, mais muito rapidamente que nunca namorei, namorado, o máximo que já fiz foi ficar. Pois tinha muito definido o que queria fazer da vida e nenhum garoto de onde eu morava deu muita fé em querer ficar comigo, porque eu poderia ser, como minha vó diz, a esposa rebelde, a diferentona, nas minhas palavras, que ia fazer algo que as outras mulheres não faziam, ou pelo menos que não era comum no interior de se fazer: Levar uma dupla jornada de vida, querendo ser independente e trabalhar. E como eu sempre tive nítido que para ser o que eu queria, eu teria que ir para a Capital, aí mesmo que afastei os homens por completo da minha vida.
Alexander riu de mim e parecia um pouco chocado com a visão que ainda havia no interior sobre como uma mulher deveria se portar. Me olhou por longos segundos antes de perguntar se eu não sofri muito por essa minha escolha, e eu apenas dei de ombros, pois sabia que já passara.
E no fim acabamos voltando ao dia em que nos conhecemos e eu passei a relatar para ele a infeliz cena que o meu carro tinha feito. Mais uma vez, fiz Ale rir de mim, mas dessa vez ele parecia a fim de me tirar do sério.
– Dobby? Quem dá um nome para um carro? – Ele me perguntou gargalhando e eu apenas revirei os olhos incomodada.
– Para sua informação, Dobby fica muito aborrecido, ele tem sentimentos! Então sim, ele pode ter um nome. E em falar no Dobby, você me fez lembrar que preciso amanhã ligar para o meu mecânico para ver o Dobby que ainda deve estar lá no acostamento. E que eu preciso ir embora, porque a tendência é que não aja mais uber. Que horas são? – E Ale não deixou que eu soubesse a hora, já falando:
– Está muito tarde já para uber, Sá. Vamos, eu te levo. – E ele se levantou num pulo pegando as chaves do antigo carro que eu já tinha entrado. Neguei com a cabeça.
– Não. Eu não preciso de carona Ale. – E Alexander não conseguiu deixar de rir debochado da minha tentativa de esquivar.
– Vamos, Chuchu. Já sei que você é dessas independentes que não quer nada dos outros, agora me deixe leva-la para casa. Por que nem que seja para seguir o uber para saber que você chegou bem, eu vou acabar indo até lá. – Abri a boca, estupefata, tentando ver até que parte Alexander estava brincando e até que parte isso era, de fato, algo sério. Por que não, não podia ser, não é mesmo? – E eu estou falando sério, se você não acredita, Sá. – Ele disse, confirmando o que antes era só pensamento meu. Bufei.
– Você é insistente, hein? – Perguntei fazendo Alexander rir enquanto se dirigia para fora de casa.
– Eu só sei o que quero, chuchu. E o que quero é que você chegue em segurança em casa. – Disse Alexander piscando para mim.
Agradeci, mais uma vez, por estar escuro e não poder me ver. Por que sempre que Alexander piscava para mim, o meu estomago parecia dar uma acordada e as minhas bochechas pareciam adquirir uma sensação quente e vermelha. E isso, certamente, não era algo que eu gostaria que Alexander visse.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sal, Pimenta e Amor(Completo)
Esse livro é certamente o melhor que eu ja li aqui no site,pelo titulo achei que ia ser picante mais fiquei feliz ao perceber que não teve sexo no contexto....