Um chefe irritante e irresistível romance Capítulo 124

Os olhos de Marina vacilam com a resposta de Victor, e uma pontada inesperada de esperança brota em seu peito, entretanto a dúvida e o desejo também se misturam em seu olhar, e ele percebe. Sem afastá-la da mesa, ele endireita o corpo, mantendo-a próxima e segura, como se não quisesse que ela escapasse.

— Me diz, do que você tem medo? — pergunta ele, com a voz grave e mais suave do que de costume, enquanto a observa com um olhar cheio de curiosidade.

Marina hesita, mas, com uma coragem recém-descoberta, decide ser honesta.

— Não é exatamente medo — explica, tentando organizar os próprios sentimentos em palavras. — É só que… conheço seu estilo de vida. Você sempre deixou claro que não busca nada além de… bem, você sabe… sexo — Marina suspira, desviando o olhar antes de encontrar novamente os olhos dele. — Eu nunca quis te forçar a nada que não pudesse oferecer. Estava disposta a aceitar o seu jeito, mas agora… depois do que você disse aos meus pais, mencionando um namoro… eu realmente não sei o que pensar.

Victor escuta atentamente, com uma expressão que raramente mostrava. Depois de uma pausa, responde com a voz firme:

— Eu fiz o que senti que precisava fazer. — Ele respira fundo. — E, como eu já disse, nem eu mesmo estou me reconhecendo agora. Mas o que sei, Marina, é que quero você perto de mim, quero entender o que isso significa, e estou disposto a descobrir.

Ela o encara com olhos que misturam curiosidade e esperança.

— E o que exatamente você está sentindo? — pergunta, cuja voz está carregada de expectativa.

Victor hesita por um momento, mas seu olhar é sincero e penetrante ao encontrar o dela.

— Que o que sinto por você é muito mais do que atração física — revela, em um tom que não deixa espaço para dúvidas. — Você sabe que, se fosse só desejo, eu já teria me contentado com muito menos, e teria feito isso sem pensar duas vezes. Mas você é diferente.

— Eu sei… — murmura, quase em um sussurro, sentindo o peso das palavras dele.

— Então, não me peça para parar de tentar entender isso — diz ele, com a voz baixa e envolvente. — Porque, seja lá o que for, é bom… e eu quero continuar sentindo.

Ele a puxa para mais perto, sem pressa, e a beija novamente. Esse beijo é diferente — não é apenas o desejo urgente de antes, mas algo mais profundo e intencional. A intensidade continua ali, mas agora é um beijo que fala de promessas, um toque que mistura carinho e respeito.

As mãos de Victor deslizam pelo rosto dela, subindo lentamente até entrelaçar os dedos nos cabelos de Marina. Ele a segura com firmeza, mas com a suavidade de quem quer proteger, não apenas possuir. A cada movimento, suas línguas dançam em uma sincronia perfeita, explorando e confirmando algo que nem mesmo ambos sabiam estarem buscando.

Marina, ainda envolvida na onda de sensações que o toque de Victor lhe provocava, sente-se completamente entregue, como se nada mais importasse além daquele momento. As mãos dele percorrem suavemente sua saia, subindo-a com uma lentidão cuidadosa que, ao mesmo tempo, lhe desperta uma ânsia inédita. Mas, de repente, a magia se rompe.

A porta do escritório se abre bruscamente, e a voz severa de Joana Ferraz ecoa pelo ambiente: