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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 125

Percebendo o quanto Victor estava firme em suas palavras, Joana solta um suspiro exasperado, fitando Marina como se a jovem fosse a personificação de tudo o que ela desprezava. Os olhos de Joana não escondem a repulsa, e o ambiente se enche de tensão.

— Victor, não tem vergonha de dizer uma coisa dessas? — Joana retruca, com a voz fria e controlada. — Um advogado renomado como você, dizendo que está… namorando uma qualquer?

Mesmo sentindo o rubor do constrangimento subir às bochechas, Marina se recusa a abaixar a cabeça ao ouvir aquilo. Ela não permitiria que Joana a insultasse daquela forma, nem que a tratasse como alguém insignificante.

— Eu não sou uma qualquer, senhora — responde Marina, com a voz firme e os olhos desafiadores, enfrentando o desprezo estampado no rosto da mãe de Victor. — O fato de eu não ter dinheiro não muda o meu caráter.

Joana ergue a cabeça com altivez, esboça um sorriso amargo enquanto se aproxima mais, seu olhar é como um gume de faca.

— Ah, claro, quanto caráter você deve ter — ironiza. — Você se acha muito mais esperta, não é mesmo? Tentou a sorte com o Rodrigo e, quando viu que ele não cairia na sua lábia, veio dar em cima do Victor. E, veja só, conseguiu! — O sarcasmo em sua voz é cortante.

Victor intervém, agora com uma expressão visivelmente irritada, sua mandíbula tensa revela que está no seu limite.

— Mãe, já disse para parar com essa ladainha. Marina merece respeito, e se escolhi estar com ela, exijo que seja tratada com dignidade.

Joana cruza os braços, olhando-o como se estivesse diante de uma afronta imperdoável.

— Dignidade? Como posso respeitar alguém que não se dá ao respeito? — exclama Joana, com voz elevada. — Eu não me importo que você faça o que quiser com ela, mas dizer que está namorando uma… vagabunda? Isso eu não aceito!

— Mãe! — Rodrigo finalmente intervém, se aproximando com uma expressão de preocupação e insistindo para que ela se acalme. — Isso não é jeito de falar da Marina.

Joana se volta para ele, os olhos arregalados, revelam claramente surpresa.

— Vai defendê-la também, Rodrigo? — pergunta, indignada. — Você, que sempre teve discernimento para ver as intenções das pessoas? Acha mesmo que ela é sincera?

Rodrigo hesita, lançando um olhar para Marina e depois para o irmão, claramente desconfortável com a situação, mas finalmente fala, em um tom ponderado:

— Não é questão de defender, mãe. O modo como a senhora está se referindo a ela é incabível e nem eu e nem o Victor deixaremos que continue.

Joana balança a cabeça, incrédula, seus lábios estão contraídos de indignação.

— Se a Valentina souber que está defendendo uma sem-vergonha como essa, ela vai acabar brigando com você, Rodrigo. Então, melhor nem se meter — declara, com desprezo nítido em sua voz.

Victor se mantém firme e o olhar intenso.

— Quem não deveria se meter é você, mãe — responde, num tom controlado, mas cortante. — Já te pedi que respeitasse a Marina. Se não quer fazer isso, se retire da minha sala agora mesmo!

Xavier, que até então estava apenas observando em silêncio, decide intervir, dando um passo à frente, a postura rígida.

— Sua mãe está certa, Victor — diz, com uma voz carregada de autoridade. — Essa mulher não é digna de estar com você. Mande-a embora, agora.

Victor solta uma risada irônica, fitando o pai com um misto de cinismo e desdém.

O silêncio se instala na sala, pesado e cheio de emoções não ditas. Marina olha para Victor, seu olhar está confuso e abatido. Victor a observa por um momento e então a puxa para si, envolvendo-a em um abraço firme e protetor, como se pudesse afastar todos os ataques que acabaram de ouvir.

— Não dê ouvidos a eles, loirinha. Vou fazer cada um deles engolir essas palavras — promete, deixando a voz sair firme e intensa.

Ela solta um suspiro, deixando seus olhos fixos no chão.

— Eu já esperava que sua família não reagisse bem, mas… do jeito que tudo aconteceu, só piorou as coisas. O jeito como nos viram, e como você contou tudo… foi um choque para eles — lamenta, o desconforto ainda é evidente.

Victor segura-a pela cintura, inclinando-se para que seus olhares se encontrem.

— Não se preocupe com nada disso, está bem? — ele sussurra. — Vou dar um jeito para que todos te aceitem.

Ela o encara, surpresa e com uma ponta de incerteza.

— Victor… você está realmente disposto a levar tudo isso tão longe? — questiona, com voz baixa, como se ainda não acreditasse no que estavam vivendo.

Ele se aproxima, tocando o rosto dela com carinho, e a voz se torna um sussurro determinado.

— Sim, estou. E farei o que for preciso, porque gosto de você… mais do que imaginei que fosse possível — responde, antes de envolvê-la em um beijo profundo, cheio de sentimento.

Naquele instante, o mundo ao redor desaparece. Para Marina, tudo o que importa é o calor daquele beijo, o toque seguro das mãos de Victor, e as batidas de seu coração que estavam aceleradas ao entender que um sentimento lindo estava nascendo ali.

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