Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 169

Animada com a fala do filho, Joana se levanta rapidamente, aproximando-se de Victor com um brilho de felicidade no olhar. Ela o abraça por trás, apertando-o carinhosamente.

— Claro que sim! — exclama, extasiada. — Vou preparar um jantar maravilhoso. Do que ela gosta de comer?

Victor sorri, claramente divertido com o entusiasmo da mãe, e responde enquanto bebe mais um gole de café.

— Não se preocupe com isso, mãe. Faça do jeito que a senhora quiser. Tenho certeza de que será perfeito — diz, tentando conter o riso ao ver o brilho ansioso nos olhos dela.

Ela franze a testa, mas o sorriso não desaparece de seu rosto.

— Sim, eu darei o meu melhor. Mas… — faz uma pausa, inclinando a cabeça com um olhar de expectativa. — Pelo menos me diga o nome dela.

Soltando uma leve risada, Victor balança a cabeça.

— Não vou dizer, mãe. Conheço bem a senhora. — Ele se levanta, pegando a maleta sobre a cadeira. — Agora, preciso ir. Terminarei meu trabalho mais cedo para te acompanhar no jantar de hoje.

Antes de sair, ele se inclina e dá um beijo na testa dela.

— Até mais, mãe — diz ele, saindo com passos firmes, deixando Joana com um sorriso de orelha a orelha, já começando a mentalizar os preparativos para o futuro jantar.

Enquanto dirige para o trabalho, o celular vibra com uma mensagem. Ele a abre e encontra um “bom dia” enviado por Marina, seguido de uma foto dela ainda deitada na cama. Os cabelos bagunçados e os olhos inchados de sono a fazem parecer ainda mais encantadora, como se cada detalhe fosse planejado para desarmá-lo completamente.

Ele não consegue conter um sorriso. Por um momento, a vontade de largar tudo e ir direto até ela toma conta de sua mente. Enquanto o semáforo está fechado, ele pega o celular e responde com um “bom dia, linda” acompanhado de uma foto sua no carro, um gesto que ele nunca imaginou que faria, mas que agora parece natural.

Essa interação simples, mas cheia de emoção, o faz se sentir diferente, como um adolescente apaixonado pela primeira vez. Ele percebe o quanto Marina consegue tocar partes dele que antes permaneciam intocadas.

Assim que o sinal abre, ele guarda o celular e volta sua atenção para a direção. Ao chegar ao escritório, decide subir ao andar onde o irmão trabalha. Havia tomado a decisão de compartilhar com ele as novidades.

— Bom dia, Katrina — diz ele, ao se aproximar da porta do escritório do irmão.

— Bom dia, Victor — responde ela, com um sorriso que parece se prolongar mais do que o necessário, enquanto o observa atentamente. — Já fazia um tempinho que não te via por aqui. Está tudo bem?

Ele assente brevemente, já se preparando para seguir em direção à sala de Rodrigo.

— Sim, tudo tranquilo. Obrigado — responde de forma neutra.

No entanto, Katrina não parece disposta a encerrar a conversa ali. Com um olhar sugestivo, ela se levanta da cadeira e se posiciona de forma quase estratégica entre ele e a porta da sala.

— Sabe, Victor… Eu ainda não tive a chance de dizer que sinto muito pelo término do seu relacionamento. — Ela coloca uma mão leve no braço dele, como se quisesse demonstrar preocupação, mas seu tom entrega suas intenções. — Deve estar sendo difícil lidar com isso, não é?

Ele franze a testa, desconfortável, mas mantém a compostura.

— Agradeço a consideração, mas isso não é problema seu — diz ele, desviando o olhar e tentando dar um passo para o lado.

Contudo, ela insiste, inclinando a cabeça levemente, deixando um sorriso malicioso surgir em seus lábios.

Rodrigo pega o celular com hesitação, mudando a expressão cheia de curiosidade para choque absoluto. Ele analisa as imagens uma a uma, incrédulo com tudo aquilo.

— Meu Deus… — exclama, quase em um sussurro. — Como ele tem coragem de sair com uma mulher que tem idade para ser a filha dele? — Rodrigo levanta os olhos para o irmão, tentando encontrar alguma explicação que amenizasse o que acabava de ver.

Victor cruza os braços, encostando-se na cadeira com um semblante sério.

— É por isso que queria te poupar desse absurdo — diz ele, sem rodeios. — Não é só uma aventura discreta. Ele está ostentando, como se isso fosse algo normal. E, honestamente, isso me deixa enojado.

Passando a mão pelos cabelos, Rodrigo tenta processar as informações, mas a frustração e o desgosto já são evidentes.

— Ele não tem noção de como isso pode afetar nossa família? Nossa mãe? — Rodrigo bufa, devolvendo o celular ao irmão. — E o pior… como ele tem coragem de humilhar a gente assim?

Victor observa o irmão em silêncio por alguns segundos antes de responder.

— Ele não se importa, Rodrigo. Não se importa com o que isso significa para a nossa família. Ele faz o que quer, quando quer, e acha que ninguém questionará. — Victor guarda o celular com um movimento brusco. — Ele fez um show completo, acusando a Marina de uma coisa absurda, a humilhou com aquelas fotos — rosna nervoso. — Quero que ele pague por tudo isso da pior forma.

Percebendo a raiva do irmão, Rodrigo questiona.

— E o que você cogita fazer com isso? — pergunta, tentando recuperar o controle.

— Primeiro, vou devolver à Marina toda a dignidade que ele tentou tirar dela — declara, enquanto um sorriso sombrio surge em seus lábios. — Depois… — faz uma pausa, inclinando-se levemente para frente, com o olhar intenso e apurado. — Depois, ele se arrependerá amargamente de ter achado que podia me fazer de trouxa.

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