Alex
Ouço batidas na porta, faço um sinal para Humberto, ele entra no banheiro, respiro fundo, verificando que ele tenha entrado, abro a porta e dou de cara com a Verônica, belíssima!
— Até que enfim. Achei que não ia abrir! — ela se queixa e dou espaço para que ela passe, reviro os olhos mentalmente.
— Desculpe a demora, estava no telefone — respondo tranquilamente. Ela se senta na cama e cruza as pernas, fazendo um movimento extremamente sexy.
— Você não está tentando gravar essa conversa? — ela pergunta curiosa.
— Claro que não! Você quer ver meu celular? — pergunto. Entrego-lhe meu celular. Ela verifica e o desliga.
— Agora sim, podemos ficar à vontade! — ela fala.
— Com certeza, vamos ficar bem à vontade! — concordo com ela e me sento no outro sofá.
— Por que não se senta ao meu lado? — pergunta.
— Daqui a pouco eu sento, minha querida! Agora só vamos lembrar do nosso passado, o que acha? — pergunto piscando para ela e abro um sorriso.
— O que você quer relembrar ou perguntar? — ela pergunta em tom sedutor.
— Primeiro, quero que me responda: Você gosta mesmo tanto de mim? — pergunto curioso.
— Sim, eu gosto de você! — ela responde.
— E por que você está me chantageando? — indago com cautela.
— Porque. você nunca me notou! Eu sempre quis receber esse olhar que você está me dando agora — diz.
— E se nós transarmos agora. Você destrói tudo que diz ter contra mim? — pergunto sentindo ânsia só de pensar nisso, mas me aproximo dela, fingindo interesse.
— Ah. sim, com certeza. Eu te amo, Alex! — ela responde sorrindo. Faço carinho em seu rosto, ela abre a bolsa e tira um pen drive e algumas fotos.
— Eu quero que você destrua tudo o que falou que tinha contra mim! — peço.
— Estas são as únicas fotos que tenho, além disso, no pen drive, está o vídeo.
— Você jura que não tem mais nada? — pergunto cauteloso.
— Não! Você quer ver meu celular? — ela diz me entregando o aparelho. Verifico e realmente não tem nada.
— Você está falando a verdade? Se sim, como conseguiu as fotos e o vídeo? — pergunto fazendo carinho nela novamente, sinto nojo ao ver como ela reage ao meu afago, mas preciso de respostas.
— Você não vai acreditar! — ela diz toda empolgada.
— Então, me conta. — peço, ela pega a minha mão, e me dá um beijo e acabo sentando ao lado dela. Fico com nojo só de sentir sua boca na minha mão.
— Eu tenho uma amizade colorida com um segurança da sua agência. Eu estava chateada com você e ele só queria dinheiro...
— Então foi esse segurança que te ajudou a fazer as fotos e o vídeo? — falo indignado.
— Sim, querido! E como estava chateada com você, pedi para ele fazer um vídeo nosso e também tirar nossas fotos— ela responde e faz carinho em meu rosto.
— E como vocês conseguiram isso? Estou muito curioso —pergunto muito puto da vida e louco para descobrir quem é o desgraçado.
— Foi muito fácil. Ele entrou em sua sala à noite e instalou uma câmera. No outro dia, fui até lá te ver, fiz algumas insinuações... e depois disso, ele fez mágica com a ajuda da internet.
— Não acredito que você e esse segurança conseguiram armar isso para mim. Ele fez um trabalho tão bem feito que até merece um aumento. — digo isso com vontade de bater nela. — Me fala, Verônica, como esse gênio te ajudou?
— Ah, muito, simples. — ela diz dando risada.
— Ah, conte mais. — Estou louco para dar uns tapas nela.
—Ele esperou que não tivesse ninguém por perto e me viu entrando na sua sala e só bastou eu fazer um gesto que ele começou a tirar as nossas fotos.
— Por que ele fez isso? — pergunto curioso.
—Ah, ele disse que queria conseguir alguma grana e concordei! — ela diz dando ombro e rindo.
—Entendi... Quem, é ele? — pergunto curioso.
—Por quê? — pergunta surpresa.
— Ora, eu preciso dar um aumento para esse cara — minto.
— Sério? — ela diz sorrindo.
— Sim, eu quero saber quem é ele para poder agradecer. Se não fosse por tudo que ele fez, não estaríamos aqui juntos.
—Só vou contar porque você está pedindo — ela cede. — O nome dele é Felipe Pereira. — Dou um suspiro de alivio e Humberto sai do banheiro. Nesse momento, deixo de acariciá-la e ela questiona sem entender nada:
— O que houve, querido? — pergunta sem entender nada.
— Deu certo? — pergunto olhando para Humberto e ouço a voz da Verônica:
— O que ele está fazendo aqui? — ela pergunta com espanto ao ver Humberto.
— O mesmo que seu amiguinho segurança — digo com ar de vitória e vejo a expressão de surpresa dela.
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