CAPÍTULO 114
Rebeca Prass Duarte
As mãos dele, são grandes. Sinto minha pele arrepiar quando ela escorrega no centro das minhas costas, isso é estranho, mas eu gosto.
— Você está estranhamente, calmo! Aconteceu alguma coisa diferente, hoje? Está falando baixo, parece que está pensativo. — perguntei enquanto o sentia.
— Estou me controlando!
— Mas, controlando do quê, criatura? Controlando pra não me deixar louca aqui nessa cama? Porquê eu gosto de ficar louca... — falei mais baixa a última frase.
— Vamos deixar isso para outro dia! — puxou os meus ombros me virando para ele. — Acredite, não faltará oportunidades!
— Sei...
— VIRE-SE! — falou mais alto, tom de ordem, aquele comum que normalmente me excita rápido. “No começo irritava, mas ultimamente gosto de ouvir ele falando assim”.
Fiquei de frente pra ele, o seu olhar era misterioso, eu não estava entendendo o que ele queria.
— O que você quer, Enzo? Me diga, que talvez eu entenda! — ele abriu o restante da sua camisa, então tirou, buscou a minha mão e a abriu, colocando sobre o seu peito.
— Como é me tocar, agora? O que sente? — arqueei as sobrancelhas.
— Como é? — mal perguntei e já estava com a mão nele. Enzo moveu a minha mão, e acho que comecei a entender onde ele queria chegar.
— Me diga, Rebeca. — eu fiquei o olhando e quando ele soltou do nada, eu também soltei. — Isso não vai dar certo! — levantou da cama, sem me deixar falar. Então levantei também.
— Enzo, qual o seu problema? — fui pra cima dele. — Desde que chegou não consegui entender, e continuo boiando! — coloquei a mão na cintura, reclamando.
— É tão difícil entender que preciso do seu toque? Quero concertar as coisas, e sei que nem eu, nem você sabe ser carinhoso, e era para estar tudo bem, mas não está! Não está, Rebeca! Olha como estamos, acha certo? — parei para pensar, respirei fundo.
— É... os meus pais nunca brigam...
— Não estou falando dos seus pais, sim da gente!
— Eu sei, não posso pensar sobre isso, agora? — ele respirou fundo. Veio até mim, colocou as mãos no meu cotovelo.
— Não foi isso que eu disse! Só preciso saber se está entendendo. — ficou me olhando, e hoje não me dominou como ele faria normalmente, apenas apoiou as mãos e manteve o olhar.
— Os seus sentimentos mudaram, não foi? Sente algo por mim, Enzo? — ficou em silêncio.
— Eu nunca transei tanto com uma mulher só! — tentei empurrá-lo.
— Filho da...
— EI, ESPERA! — agora me segurou e não me permitiu sair dali ou bater nele. — O que quero dizer é que com você é diferente, eu nunca tenho vontade de parar!
— Que é só sexo, eu já sei! — praticamente rosnei.
— E, se for mais? Eu gosto de estar com você! Não sou “o” romântico, mas quero que a gente tenha outros tipos de ligação, como conseguir conversar sem terminar em brigas ou sexo... — pareceu pensar e mudou de ideia. — Não, esquece a parte do “sem sexo”, isso não dá!
— Enzo, eu não sei ser carinhosa, nunca fui..., mas posso tentar, se é isso que quer, só precisa ter paciência, se levantar toda a vez que me pedir para te tocar, sem paciência de me ouvir, isso não vai funcionar!
— Você está certa! — resmungou, e eu: “Oi?“
— Estou certa?
— Sim. Vamos começar de novo, está bem?
— O que quer começar?
— O casamento... vamos fazer funcionar, ok?
— Ok. — ele virou as costas e foi para o banheiro tomar banho, então coloquei uma camisola e deitei na cama; é um milagre a conversa não terminar em briga, hoje.
Quando ele voltou, notei que estava distante, pensativo. Enzo deitou do meu lado, mas estava de barriga pra cima.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....