Vendida para o Don romance Capítulo 131

CAPÍTULO 139

Enzo Duarte

— Puta que pariu! Você agitou as crianças! — briguei com a Rebeca enquanto andávamos até o carro.

— EU NÃO FIZ NADA! E PARE DE ME AGITAR, E VOCÊ QUEM ESTÁ AGITANDO! AHHHH, MERDA, ENZO, ISSO DÓI! — abri a porta e a ajudei entrar, mas ela estava me assustando.

Eu andava ansioso, e a cada respiração diferente da Rebeca, eu averiguava a situação.

— Enzo! ENZOOO! — Gritou a Rebeca, quando sentiu mais dores.

— O quê foi? Vai nascer, já? — Perguntei apavorado.

— Vai nascer! — Falou respirando com dificuldade, fazendo o desespero tomar conta de mim, e comecei a andar de um lado para outro sem saber o que fazer, em volta do carro.

— Droga, você deveria ter ficado em casa de repouso!

— Enzo, pelo amor de Deus... agiliza, e vê se para de andar como um pinto tonto, que a minha irritação vai acelerar o parto, e acho que tá... AÍ, AÍ... TÁ NASCENDO, CORRE! — Gritou a Rebeca, fazendo eu acordar do transe, e correr com ela para o hospital.

Eu nem sei como consegui entrar no carro e dirigir, mas pensei que ficaria mais aliviado depois disso, mais...

— AÍ, AÍ, AÍ! ENZOOO... ELES ESTÃO NASCENDO!— Ela gritava no carro, e eu apenas falava em pensamento: "você consegue dirigir, você consegue dirigir!" Mas, as coisas pioraram, porquê as crianças pareciam não ter muita paciência, e queriam nascer naquele momento.

— ENZO, PARA O CARRO! PARA O CARRO, ENZO! — Gritou ela, me deixando confuso.

— Mas, porquê? — Perguntei parando o carro, e logo percebi...

— Fica aí em baixo, e segura os seus filhos! Vou tentar segurar, mas não sei se.... AIIIII, VOU SEGURAR NO PUTA QUE PARIU! — eu corri, e ela tentou segurar a respiração. — Eu vou fazer força, que um deles está saindo! — ela falou, e eu peguei o casaco, e posicionei as mãos aonde ela explicou, e assustado vi a Rebeca pirando naquele banco, e pensei que ela fosse quebrar o carro todo fazendo forças.

A Heloá não estava para conversa, e não demorou muito para nascer, está claro que tinha uma aparência inconfundível com a mãe, e parecia ter o mesmo gênio dela.

Uma menina linda, e cheia de vida. Depois de nascer, eu a enrolei no casaco, e entreguei para a Rebeca segurar, então tentei dirigir mais um pouco, precisávamos chegar no hospital.

Rebeca segurava a Heloá, e então começou a reclamar de novo.

— Droga, o Miguel também está querendo sair, mas ainda não encaixou. — parei o carro, peguei o celular e fiz uma ligação:

— Emergência do Hospital Central!

— Preciso de uma ambulância agora mesmo! Vou estacionar e enviar a localização, mas preciso imediatamente!

— Senhor, precisa aguardar só um pouquinho, que eles estão terminando de higienizar...