CAPÍTULO 135
Rebeca Prass Duarte
Fiquei pasma ao saber que não havia apenas “um”, bebê na minha barriga, e sim, “dois”.
A médica foi muito atenciosa, e acho que o Enzo ficou um pouco nervoso, pois começou a fazer várias perguntas para a doutora.
— Olha, vamos ser práticos! A senhora escreve tudo aí o que pode e o que não pode, e depois a gente lê em casa! — a médica sorriu e levou um tempo, digitando.
Quando saímos de lá, ficamos em silêncio, e perto do carro, quando fui abrir a porta, ele me virou de frente para ele e me abraçou.
— Agora seremos uma família, Rebeca! — retribuí o abraço.
— Te amo...
— Eu também te amo, ragazza! — ficamos um tempo ali abraçados, e estranhei quando ouvi uma voz:
— Olha só que coincidência... — me virei e vi que uma das atendentes da boate estava ali, daquelas que fazem programas.
— É... — dei pouco ênfase, ela foi uma das primeiras a rirem de mim quando comecei na boate.
— Alguém está doente? — ela perguntou e já me estressei, “será que a puttana não estava vendo a minha barriga?“ — pensei.
— Não. E, você? — fui seca.
— Exames de rotina! — fiz uma careta e iria me virar, mas o boca aberta do Enzo, falou:
— Rebeca está grávida, então... — ela olhou para a minha barriga.
— Nossa! Eu poderia jurar que ela havia engordado por causa do casamento! — eu não sabia se enforcava a puttana ou metia um tiro, mas dei um leve sorriso quando me lembrei da promessa do meu marido, “eu meto um tiro ou enfio uma meia na garganta!“ — isso seria divertido.
— Não, ela está grávida! E são dois, ainda! — o maldito falou sorrindo, e agora se tornou o meu alvo. “Eu só queria saber quem foi que o autorizou a contar que são dois?“
Dei um leve empurrão, nele, sentindo os nervos do meu corpo querendo entortar de tanto stress.
— Vamos! — falei de dentes apertados, esperando que ele fizesse algo, pelo menos parecido ao que prometeu, mas...
— Vamos, sim! — sorriu ao abrir a porta, e completamente estressada, entrei.
Ele começou a comentar da gravidez, e fiquei quieta.
— O que aconteceu? — olhei para a paisagem.
— Porquê não meteu tiro, nenhum?
— Hum? — me olhou enquanto dirigia, “até parece que não lembra!“
— Porquê não vi nenhuma meia sendo enfiada em ninguém, Enzo Duarte?
— Do quê...
— Se você não lembra, esquece! — ele continuou dirigindo em silêncio e parecia que isso me irritava mais, porém fiquei quieta, meu filho não pode se estressar.
Quando chegamos em casa eu desci na frente e ele veio atrás de mim.
— Rebeca, vem aqui! — falou e não fui. — Rebeca!
— Você me disse uma coisa e fez outra! — veio até a mim e me agarrou, ignorei.
— Não seja chata! Eu estava empolgado, afinal são dois bebês! — o olhei.
— Eu sei, também estou empolgada, vou cuidar muito bem deles, mas ainda tenho vontade de enfiar a meia em você! — ele me olhou malicioso.
— Hoje é dia de comemorar, então quem vai enfiar algo, sou eu!
— Não vai! — o encarei e virei de costas para ir ao banheiro, mas de repente senti o tecido do meu vestido sendo puxado, em questão de segundos ouvi o barulho dele sendo rasgado.
— Quero ver, me impedir! — falou mole no meu ouvido, e me arrepiei.
— Eu gostei desse vestido! — Reclamei.
— Sei que gosta muito mais de ficar sem ele! — me ergueu em cima de um criado.
— Acho que eu deveria ter dado o tiro...
— Que tiro? — passou a língua no meu pescoço.
— Naquela puttana! Ela ficava te olhando, que eu vi...
— Já chega, sua ciumenta! Começou a falar demais, vou ter que te calar!
Ele me olhava sério enquanto começou a tirar a sua roupa com certa dominação, dava para notar o seu comportamento firme e ágil fazendo as peças voarem enquanto eu o olhava.
Veio perto de mim e eu mesma terminei de puxar a minha calcinha e o sutiã que ele deixou todo amassado na minha barriga.
— O que está fazendo? Não esquece que...
— Não preciso ler aquela lista da médica pra saber como posso te manter sobre controle! — me ergueu com firmeza e me levou até a cama, hoje não fui jogada lá.
— Não sei se gosto de ter controle ou de perder! — ele gargalhou.
— Vamos descobrir uma hora dessas!
Vi que pegou algo na gaveta, mas veio perto de mim lambendo os bicos dos meus seios e quando percebi ele já estava colocando uma algema no meu pulso direito.
Resmunguei querendo questionar e ele colocou o dedo dele na sua própria boca me pedindo silêncio, e então prendeu uma das minhas mãos na cabeceira da cama. Eu fiquei parada só observando o que ele faria, e então com cuidado pegou o meu outro pulso e prendeu outra algema em seguida, erguendo o meu braço e esticando na cabeceira.
— Você me tirou do sério diaba... agora vai ter que aguentar as consequências! Precisa saber que a gravidez não te deixa tão vulnerável pra mim! Aliás, de vulnerável você não tem nada!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....