Vendida para o Don romance Capítulo 111

CAPÍTULO 112

Don Antony Strondda

Enzo ficou na boate, e eu precisei viajar para verificar a situação daquele soldado e aquela mulher, por mais que já não tenha nada a ver comigo, se ela tiver mentido, de qualquer forma, precisa morrer, é uma regra clara.

Cheguei no hospital e por ligação fui até a UTI Neonatal, que é onde ele e o bebê estavam. Olhei pelo vidro e ele apontou para o bebê que era da Susany. Realmente era muito pequeno, tinha a pele clara, poderia sim, ser dele.

— Soldado, aquele menino realmente parece prematuro, já falou com os médicos? — me afastei um pouco do vidro, e ele me seguiu.

— Sim, eles disseram agora pouco, o menino nasceu de oito meses, não é a data errada como supus, mas eu já havia exigido um teste, porque na hora ninguém me explicou nada. Paguei mais caro para que agilizassem, pois já tem dois dias e a mãe dele terá alta hoje, e a criança não. Preciso saber para decidir o que fazer.

— Se a criança não for sua, o que quer fazer? — passou a mão na barba, olhando o bebê.

— Entregarei para a adoção e se permitir matarei a Susany! — assenti. — Mas, se for meu gostaria de ficar com os dois! Na verdade, já estou me apegando ao bebê, se não for meu, eu a mato degolada! — falou baixo, com o corpo enrijecido de raiva.

— Tem certeza?

— Sim.

— Vou ver a Susany! — avisei e ele assentiu.

Quando entrei ela se assustou quando me viu e segurou as cobertas tentando se cobrir.

— De quem é o menino?

— Do Matias, eu juro! — ela não me olhava, tentou esconder o rosto.

— Porquê está se escondendo? Se diz a verdade não precisa disso! — ela negou sem me olhar.

— O Matias não gosta, não vou olhar!

— Então, estão juntos?

— Olha, eu sofri muito para convencê-lo que o filho é dele e eu iria mudar se ele me tratasse melhor e eu não fosse agredida! Mas, não tenho culpa se não consegui segurar até o nono mês, ele está furioso, tenho medo quando sair daqui!

— Ele ainda a agride?

— Não, havia parado, mas está furioso por não nascer na data que previ, prefiro não dar motivos para ele se chatear. — escondeu o rosto.

— Ele só quer ter certeza de que o filho é dele. — assentiu, meio coberta, parecia outra mulher, ou tem muito medo do soldado ou estabeleceu algum sentimento, mas que se foda, não é mais problema meu.

O dia passou lentamente, só porque precisei ficar lá até o resultado chegar, e resolver coisas pelo celular, mas era necessário.

Fiquei olhando o bebê e apenas o soldado entrou na sala do médico. Voltou sério, estava com o papel do resultado aberto, olhou para um lado, depois o outro e atravessou o corredor.

— Deu positivo, o menino é meu!

— Então, foi apenas prematuro. Olha, se quiser levar só o garoto, não precisa ficar com a puttana, posso matá-la! — falei sério e ele arregalou os olhos.

— Não há necessidade! Ela é a mãe dele, e enquanto se comportar conforme ordenei viverá tranquilamente, se assim for possível! — assenti. Pelo visto o soldado tem algum sentimento por ela, mesmo pouco, tem!

— Certo. A partir de agora ela é responsabilidade sua, e não tem permissão para caminhar nas redondezas da minha casa ou da boate! Já perdi tempo demais, hoje... boa sorte!

— Sim, chefe! Obrigado por vir. — apenas assenti e saí.

Eu não precisaria ter vindo, mas fiz questão, precisava ter certeza das coisas.

CAPÍTULO 113

Rebeca Prass Duarte

Ouço o barulho do carro na garagem e logo dos sapatos que entraram em casa... “ele chegou.“

Respiro fundo, pois já coloquei a cozinheira para correr como todos os dias, deixo meu marido pensar que ela cozinhou, mas quem fez fui eu, e ai o dela se contar pra ele. A faxineira eu deixo me ajudar, mas “essa”, aquele chato já sabe que despacho assim que termina, gosto de privacidade e também gosto de agora ter as minhas coisas, já que nunca tive, então gosto de cuidar.

O seu perfume entrou na cozinha, e senti quando parou atrás de mim, hoje não me agarrou, “ou melhor, agarrou a minha bunda”.

— Está tudo bem? — ele perguntou com tom mais baixo, me virei pra ele o encarando.

— Estaria se eu tivesse o que fazer! Já estou cansada de ficar aqui sozinha! — ele sorriu.

— E eu achando que o problema seria você querer trabalhar, mas na verdade, não quer ficar sozinha? Acho que vou ligar na boate e pedir para outro ficar no meu lugar o resto da semana! — amassei o pano de prato e ataquei no rosto dele.

— Sempre babaca, isso não muda! — virei de costas pra ele, respirei fundo para arrumar o jantar na mesa, mas ele segurou a minha mão e voltei a olhar pra ele.

— E, se eu mudar? — franzi o cenho.

— Como, é? — ele me olhou mais sério e me puxou pra ele.

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