Vendida para o Don romance Capítulo 102

CAPÍTULO 103

Fabiana Prass

No carro tentei acalmá-lo, mas Antony ficou cego. Pelo menos não correu tanto com a caminhonete, deve ter se preocupado comigo e o bebê.

Quando chegamos lá, Don Pablo já havia chegado, e achei melhor ficar na minha, me aproximei da senhora Camila.

— Como foi isso? Como ela sumiu? — Antony perguntou apavorado, passava as mãos nos cabelos, andava de uma lado para outro num curto espaço.

— Eu cheguei agora do nosso reduto, estava terminando de resolver algumas coisas, mas a sua mãe contou que os caras são bons, tiraram a sua irmã do quarto sem deixar vestígios, com dois seguranças do lado externo! Infelizmente não estamos lidando com qualquer um, quem fez isso é bom!

— TRAGAM OS GUARDAS! — Antony gritou revoltado. — Seria quase impossível tirar a Laura daqui, sem que os guardas vissem ou acobertassem! — os nossos homens foram imediatamente buscar os guardas do pai dele, e Antony estava impaciente.

— Eles são de confiança, Tony! — Don Pablo comentou.

— CONFIANÇA UMA MERDA! — Antony agarrou um deles pelo colarinho, o ergueu então depois o jogou contra a parede. — Me diga onde ela está! ANDAAA! — pegou o outro cara e fez o mesmo, ele caiu no chão.

— Eu não sei de nada! Eu juro que não sei de nada, sempre trabalhei para a família Strondda! — um dos guardas respondeu, mas Antony parecia incontrolável e começou a bater nos homens, tentando descobrir o que aconteceu, e vi no rosto dos pais dele, o desespero!

— Don! — falei um pouco mais alto e ele me olhou. — Pode verificar o quarto dela, comigo? — ele franziu o cenho, pareceu pensar, deu uma olhada.

— Tem razão! Vamos vasculhar o quarto! — assim que ele entrou eu fui atrás e encostei a porta, segurando no seu pulso, depois puxei o seu rosto.

— EI! OLHA PRA MIM! — ele me olhou, percebi que respirava com dificuldades, ainda estava trêmulo e com o olhar meio perdido.

— Agora não, ragazza! Preciso ir atrás dela! — tentou desviar, mas voltei a segurá-lo.

— Você só precisa se acalmar e pensar direito! Mostre a todos que tem o controle, Antony! Descubra onde ela está! — ele me olhou firme e o beijei rapidamente. — Eu estou com você! — ficou me encarando por alguns segundos e então a sua respiração foi normalizando.

— Tem razão! — ele olhou em tudo, observou a janela, o lado interno e o externo. — Há um sistema de câmera secreto no quarto dela, um dispositivo que só eu sei! — em segundos ele subiu na cama e mexeu num boneco que ficava no alto do armário, não demorou muito e ele conseguiu as últimas imagens no computador. Quando os pais dele entraram, a gente já havia descoberto.

— Ela não foi levada do quarto! Aqui tem as imagens dela recebendo uma mensagem e saindo apressada nos minutos seguintes! — Antony falou.

— Ela não foi levada? — senhora Camila, perguntou.

— Daqui de dentro, não! Pelo que entendi, isso foi no horário da troca dos guardas, então esses não foram informados da saída dela. — Antony explicou.

— E, o bilhete? Como levaram ela? — Don Pablo se perguntava em voz alta.

— Na verdade, foi entregue por um carteiro, que agora nem sei se era mesmo um carteiro! — senhora Camila falou.

— O Siciliano sabe, disso? — Antony perguntou.

— Sim... ele ligou no meu celular, porque a Laura não atendia, então eu contei. — Camila explicou.

— O que ele disse?

— Que traria a minha filha, ainda hoje!

— Então ele foi até o reduto Russo! Vamos atrás, precisamos ajudá-lo! Amore mio, fique com a minha mãe! — ele me deu um beijo e saiu quase correndo com o pai dele.

Camila estava do meu lado e analisava tudo em silêncio.

— O que você fez?

— Oi?

— Antony parecia outro quando chegamos no quarto. — comentou, pensativa.

— Não sei, acho que temos uma conexão, sabe? Ele se acalma se eu estiver calma. Não acontece se eu estiver nervosa, então eu...

— Ele te ama... — ela sorriu, seus olhos brilharam, ao me olhar.

— Sim... estou feliz com isso! — ela segurou a minha mão.

— Feliz estou eu! Sempre pensei que ele precisasse de um bom tratamento médico, mas você é a cura dele! Continue cuidando do meu filho, ele é um homem bom, Fabiana.

— Eu cuido dele, e ele cuida de mim. Mas, se algum dia eu achar que ele precisa de algum auxílio médico, pode ficar tranquila que vou estar lá com ele!

— Obrigada...

Continuamos conversando por um tempo, não passou uma hora, e vimos eles chegarem em dois carros. Laura estava com eles, o Alexander a trouxe nos braços.

— Filha! Meu Deus, o que aconteceu? Porquê a Laura está desmaiada? — Camila ficou desesperada, procurando ferimentos na filha, ainda desacordada no colo do Siciliano.

— Quando chegamos, o Alexander já havia salvo a Laura! Mas, a encontrou assim, parece que deram algo para ela dormir, logo vai acordar! — Antony contou.

— Estava no reduto Russo? Quem fez isso a ela? — Camila foi perguntando enquanto o Siciliano a levava para dentro, a colocou no sofá da sala.

— Bom, eu invadi o reduto! Infelizmente o chefe não estava lá, eu torturei os soldados até a morte, mas nenhum disse nada! — Alexander contou.

— Que estranho! Precisamos investigar! — Camila disse e levantou pegando um pano com álcool, tentando acordar a filha, que logo abriu os olhos.

— Filha! O que aconteceu? Chegou a ver quem foi que levou você? — Don Pablo perguntou. Laura foi tentando levantar, olhando para todos.

— Não me lembro...

— Quem te enviou a última mensagem? — Antony perguntou.

— Não sei... — Laura procurou o celular, e estranhamente ainda estava com ela, no bolso da calça.

— Me deixe ver! — Antony pediu e ela entregou. — Não tem nada aqui! Mas, eu vi que você recebeu, quem fez isso deve ter apagado!

— Eu não lembro de quase nada, cheguei a abrir os olhos, mas não consegui ver quase nada!

— O que você viu? — Antony perguntou.

— Um homem, talvez seja um soldado... ele apanhou do Alex! — ela deu um leve sorriso para o Siciliano.

— E, antes disso? O que lembra? Chegou a sair pelo portão? — perguntei.

— Não me lembro, apenas de estar no meu quarto, então foi como se eu dormisse. — respondeu a Laura.

— Obrigada por cuidar da minha filha, e por trazê-la de volta! — Don Pablo agradeceu ao Alexander.

— É o meu dever! Aliás, eu gostaria de ver uma data oficial para o casamento, se possível! Assim a Laura será oficialmente a minha noiva! — notei que ele segurou na mão dela e sorriu.

— Olha, vou deixar essa tarefa para a Laura, o que ela decidir está decidido! — Don falou.

— Vamos deixar ela descansar e conversar com o Alex, depois conversamos com ela! — Camila falou e então fomos todos levantando.

Olhando da cozinha, o Alexander parecia cuidar muito bem da Laura, buscou chá, e coisas para ela comer, chegou a dar bolo na boca dela.

Nós conversamos bastante na sala de jantar, e Antony pegou o celular dela para investigar sem dizer nada, ele quer descobrir sobre a tal mensagem.

No carro, Antony encostou a cabeça no banco após andar por apenas uma quadra, desligou o carro e levou as mãos até a cabeça.

— Está tudo bem?

— Só preciso me recuperar... eu ainda estou tenso, essa história está estranha!

— O que pensa sobre isso?

— Penso que os Russos, ou sei lá quem fez isso, elaboraram um plano muito bem, para depois deixarem a Laura com soldados e dar o endereço que ela estava.

— Salvatore poderia estar envolvido?

— Eu preciso investigar! — relaxou o corpo outra vez.

— Precisa de ajuda para se acalmar? — estiquei a mão, acariciando a perna dele, e fui escorregando até a virilha; não deixei encostar no seu pênis e tirei, começando a carícia outra vez.

— Já estou melhorando... — me olhou ansioso e num instante abriu o botão e o zíper da calça. — Porra! Estou precisando de um agrado!

— Vou te fazer esquecer o stress! — me abaixei e coloquei o seu pau na boca, na mesma hora já senti ele grudando no meu cabelo.

— Ah, caramba! — desci e subi a boca mais rápido, sei como ele gosta, mas ele soltou o meu cabelo.

Notei que o carro andou, mas continuei chupando e ele estava muito duro, acho que o stress e o desejo tem algo ligado, pois ele estava muito excitado.

O carro parou.

— Estamos perto de casa!

— Goza na minha boca! Porque depois vou dançar no poli-dance e quero estar relaxada! — passei a língua em toda a sua extremidade várias vezes e ele extremeceu.

— Tem certeza? Gosta disso? — quando ele perguntou eu firmei mais os lábios, coloquei a mão em baixo e fui muito mais rápido. — Caralho! — e então ele gozou na minha boca e até a feição ruim do seu rosto, foi embora.

— Vai mesmo, subir no poli-dance? — perguntou e eu sorri.

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