A expansão das raças era uma catástrofe, ao menos era assim que Volkon pensava. As coisas tiveram muitas melhoras com a descoberta de novas espécies com vida inteligente, mas pioraram em outro aspectos. Seu mundo não era para amadores, muito menos para humanos enxeridos. Volkon gostava de pensar que estava acima, que era superior, uma vez que os humanos mal dão conta de segurar a merda de um machado fino, instrumento para soldados iniciantes. Sendo assim, não eram merecedores de mais nada, muito menos de um filho seu.
Ele queria esganar Galak, o general mór do projeto de fertilização. Starian, seu mundo, vem sofrendo consequências inexplicáveis sobre sua futura nova geração e para o bem da evolução e continuidade de sua raça, foram eleitos os melhores espécimes para o tal projeto. Ele era um dos melhores, mas discordava com os termos. Volkon se recusa a conviver com humanos. São tolos, medíocres e xeretas, além de não tão inteligentes. Não salvaria a espécie se reproduzindo com humanos, eles condenariam a linhagem, mas ninguém lhe dava ouvidos.
— Volkon, escute minhas ordens. — insistiu o poderoso Galak — Ou, se assim desejar, pegarei seu próprio machado e partirei suas partes, vou esperar você sofrer e o remontarei. E vou repetir o processo incessantemente até que implore por morte ou aceite os termos do projeto. — Galak, general responsável pela seleção dos Starianos, lhe olhava com dureza e ameaça.
Volkon não era um mero combatente, é o capitão Paladimus. Cada raça possui um líder, e ele era um deles. Montado de um histórico poderoso, linhagem limpa e sucesso em sua trajetória, o Stariano era um dos que entraria para a história. Seu mundo precisava de crianças e, tendo Volkon seu histórico, ele foi julgado como um excelente reprodutor.
— General, como capitão dos Paladimus, jamais irei contra nenhum meio de manter a nossa espécie em salvação, mas não está nos salvando com esta maldita ideia. — Volkon, igualmente grande ao destemido Galak, tacava o foda-se para o suporte a sua frente e se revelava contra o projeto — Está acabando com nossa espécie, enfiando nossa linhagem nos buracos do seu traseiro.
O general tentou ter uma conversa amistosa, mas estava difícil e Galak não se deixava intimidar. O campo de força em sua frente mostrava um céu rosado, com as misturas do dourado de uma estrela-sol forte, manchando a paisagem como uma obra prima. No alto da torre experimental era possível ver uma grande parte de Starian, seu mundo, inclusive as áreas pouco habitadas. As crianças Starianas tiveram um número grotesco de baixa, a taxa de natalidade diminuiu absurdamente e o índice dos machos da espécie continua sendo a predominância. Não estavam em estado de calamidade, mas Starian sabia que um dia morreriam apenas por falta de meios reprodutores. Um dia não haveria mais nascimentos em Starian, não era preocupante? Eles apenas deixariam de existir.
— Volkon, tentamos a reprodução artificial e a anos tem falhado miseravelmente. Quando ocupei este posto, este modo foi exumado das chances de salvar Starian, acelerando o processo de contato com outras espécies e aliados. Os humanos foram os únicos que representaram bons testes. E, por sorte, a espécie é gananciosa o suficiente para negociar suas fêmeas a troco de meras tecnologias fúteis. Lhe damos as armas, conseguimos as fêmeas e, agora, você irá salvar a sua espécie. — ordenou altivo.
— Porque espera que eu coloque no mundo uma raça com este maldito defeito? — Volkon estava decidido — Quer que o futuro da nação cresça com sangue traidor? Negociaram fêmea em troca de um metal barato.
— Ele terá o seu sangue, Volkon. Cabe a você induzir a criança no bom caminho. A maldade não existe na inocência, somos nós quem intoxicamos a vida. — As palavras de Galak eram lindas, mas Volkon estava defecando para ele.
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