Resumo de A Whole New World – A Babá Perfeita por Rebecca Santiago
Em A Whole New World, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico A Babá Perfeita, escrito por Rebecca Santiago, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de A Babá Perfeita.
Praticamente temos que arrastar Evie e Maisy para fora do rinque, quando chega a hora do almoço.
Max escolhe um restaurante ali mesmo, no Rockfeller Center, e depois vamos ao Godiva, comprar chocolates para as meninas. Elas parecem animadas, escolhendo tudo o que conseguem carregar nas mãos. É um dia incrível e, a cada minuto, fica mais difícil para mim não amar cada segundo dele!
A 5ª e 6ª avenida estão lotadas, transbordando de gente indo e vindo. O Natal passou, estamos as vésperas do ano novo, mas a neve atrai multidões vindas de todos os lugares do mundo. Todos querem estar em Nova York quando há neve.
Nós vamos caminhar um pouco pela avenida, entre lojas de grife como a Tiffany e a Michael Kors. Vitrines imponentes se assomam ao nosso redor. Mas o mais encantador é que toda a rua está decorada para o Natal, com enfeites e pisca piscas. Eu mal posso esperar pelo cair da noite, quando as luzes irão se acender, formando aquele espetáculo mágico!
Quando minha mãe era viva, nós sempre vínhamos ao Rockfeller Center no fim do ano. Então, cada passo que eu dou me faz recordar ela e meu coração se aperta com saudade dos nossos momentos juntas.
- Elas se dão tão bem - eu comento, me referindo a Maisy e Evie de mãos dadas a nossa frente. - A diferença de idade não parece atrapalhar em nada a convivência das duas.
Max caminha ao meu lado com as mãos enfiadas nos bolsos das calças. A jaqueta evidencia o seu porte atlético e ele atrai os olhares femininos onde quer que passamos. Não vou mentir. Aquilo me incomoda e muito. Mas não estou em posição de sentir ciúmes. O que é que eu estou pensando, afinal? O homem é meu patrão! Meu patrão sexy, enigmático e muitas vezes, arrogante. Não tem a menor possibilidade de eu me entregar ao que venho sentindo, porque sei que, mais cedo ou mais tarde, vou acabar brutalmente ferida.
Preciso aceitar que nada vai rolar entre Max Lancaster e eu. É melhor desse jeito.
- Não é bem assim - ele nega, parecendo meio envergonhado. - Quando a mãe delas se foi, Evie desenvolveu um sentimento maternal em relação a irmã. Evie se sente responsável por Maisy.
Max não diz, mas sei que entende que parte disso é sua culpa. Em vez de insistir no assunto, entretanto, e causar uma discussão de proporções calamitosas, como eu faria normalmente, resolvo me calar e continuar aproveitando o passeio. E, inesperadamente, acabo dando outro rumo ao assunto:
- Eu entendo. Sempre quis ter um irmão - a surpresa por estar me abrindo assim com ele me deixa desconcertada. Max tem alguma coisa que me estimula a falar, mesmo que normalmente não seja nada muito agradável de ouvir.
Ele me encara com prudência.
- Eu soube que sua mãe morreu há alguns anos.
Sua observação me faz respirar fundo. O dia todo está me lembrando a minha mãe. Não sei se vou ser capaz de falar sobre ela sem desabar.
- Cinco anos.
- Não ter alguém com quem dividir isso deve ser um fardo.
Eu respiro profundamente. Ele entende. Apesar de ser um babaca arrogante e manipulador, ele entende. A propósito, venho repetindo mentalmente tudo de ruim que penso sobre Max Lancaster, a fim de recordar que não posso estar apaixonada por ele, o quanto isso seria errado e como acabaria mal. É como um mantra. Espero que dê certo.
- Você tem irmãos? - pergunto, curiosa.
Sua expressão muda e eu vejo o desgosto atingir, de relance, os olhos.
- Um único irmão, mas não temos contato.
Aquilo me pega de surpresa.
- O que houve?
- Interesses divergentes - ele diz, resumidamente, mudando de assunto: - Fico feliz que se interesse de verdade por Maisy, Srta Henderson.
- Eu me interesso pelas duas - corrijo, olhando de canto para Evie, que se afastou de nós para depositar moedas no chapéu de uma estátua viva.
O homem agradece, Evie sorri e logo retorna, fechando a bolsinha que leva pendurada no ombro.
Ao seu lado, Maisy estremece, apertando os braços ao redor do corpo.
- Acho que vocês precisam descansar e fugir desse frio - Max pondera, com seriedade.
- Podemos ir ao Radio City? - Evie pergunta, com os olhos brilhando de ansiedade. Suas bochechas estão vermelhas, o que me faz acreditar que Max tenha razão sobre o que acabou de dizer. - Por favor? A Shay foi no mês passado e disse que lá é incrível!
Seu pai olha para mim e eu sorrio.
- Está bem, vamos lá.
O Radio City Music Hall fica a apenas uma quadra de onde estamos. O teatro é enorme e muito charmoso. Max vai até a bilheteria para consultar as peças em cartaz e volta com um olhar de decepção, o que faz Evie enrijecer ao meu lado.
- O musical de Natal é só a noite - ele explica e eu vejo os ombros de Evie arriarem ao meu lado. Sua carinha é de pura tristeza. Eu enlaço ela pelos ombros e beijo o topo da sua cabeça, tentando confortá-la. - Mas... temos ingressos para uma apresentação de Aladdim em cinco minutos.
- Oba! - Evie grita, correndo para dentro e me puxando pela mão, enquanto Max e Maisy fazem o possível para nos alcançar.
Max fica na fila para comprar pipoca e refrigerantes, enquanto eu entro com as meninas. Evie dispara novamente, dessa vez para pegar o melhor assento disponível, ao lado de uma senhora sozinha. Maisy passa na minha frente e ocupa o lugar vazio ao lado da irmã sem a menor cerimônia, enquanto eu fico a sua direita com apenas uma cadeira vaga ao meu lado, no corredor.
Quando Max chega, equilibrando dois sacos grandes de pipoca e dois refrigerantes, seu sorrisinho pretensioso me faz querer matá-lo. Eu poderia explicar o que aconteceu e como acabamos nos sentando juntos, mas não o faço. Deixe que pense o que quiser.
Assim que ele se senta, as luzes do teatro se apagam e mergulhamos em um musical cheio de vida e magia.
Max e eu dividimos uma pipoca, enquanto o outro saco fica com as meninas. Fazemos o mesmo com os refrigerantes. Como ele não parece nem um pouco constrangido em dividir o canudo, quem sou eu para me importar?
Quando A Whole New World toca, meu coração é tomado pela emoção. Caramba! O cenário, o figurino, as atuações... assim como a afinação espetacular dos artistas, faz um nó crescer na minha garganta. É como se eu estivesse em Agrabah, como se fizesse parte daquela história.
Eu me pego cantarolando a música baixinho. Estou tão distraída, tão vidrada, que quando Max envolve minha mão com a sua, eu mal percebo. Seus dedos então se arrastam para cima, preguiçosamente. Com movimentos lentos, ele acaricia o meu pulso. O meu coração erra uma batida e vai parar na boca. Eu me mexo na cadeira, endireitando a postura. A verdade é que não sou capaz de ficar quieta. Não agora.
Max mal se move. Com um olhar de esguelha, vejo seu semblante. É a síntese da calma. Mas eu desconfio que não seja bem assim. Algo me diz que sua frequência cardíaca também está alterada. Mais acelerada, mais... intensa. Seus lábios entreabrem, confirmando os meus pensamentos.
Eu sorrio. Os meus braços se arrepiam quando o seu indicador traça movimentos circulares na junção entre o meu punho e a mão. Eu mordo a boca, quando deixo escapar um suspiro baixo, e tento manter os olhos voltados para a peça, incapaz de encará-lo de frente, com medo de que as minhas emoções me traiam ainda mais.
"I can show you the world
Shining, shimmering, splendid
Tell me, princess, now when did
You last let your heart decide?"
"Eu posso lhe mostrar o mundo
Brilhante, deslumbraste, esplêndido
Diga-me, princesa, agora
Max sequer desvia os olhos da direção ao responder, sem hesitar.
- É claro, mas os especialistas descartaram essa hipótese. Fizeram diversos exames que negaram TEA.
Eu torço o rosto em uma careta de descrença.
- Mas isso explicaria a questão da fala e a dificuldade que ela tem de interação.
- Ela não tem esse problema com você. Nem com qualquer pessoa na casa - ele observa, dando de ombros.
- Talvez porque ela nos conheça e se sinta a vontade entre a gente. E a questão do barulho, como isso incomoda Maisy... - insisto, sem conseguir me desvencilhar da ideia de a menina ter TEA. - Não é possível que um acidente tenha feito isso com ela ainda bebê. Nem que ela não consiga superar depois de tanto tempo.
- Não foi um simples acidente - Max revela, com o semblante sério. - A mãe delas estava no volante.
Ah, merda.
O ar escapa pela minha boca devagar. Eu não fazia ideia. Então foi assim que Liv Lancaster morreu? Em um acidente de carro enquanto ela mesma dirigia? Esse foi outro ponto que me deixou impressionada. Não ter encontrado nada sobre a morte de Liv na internet. Mesmo sendo uma família bastante reservada, seria de se esperar que a imprensa transmitisse pelo menos a causa da morte.
Max não diz mais nada no caminho de volta. Eu também não. Guardamos nossos pensamentos até que o carro avança com um ronronar suave pela alameda da mansão Lancaster. A casa nos observa, imponente, uma construção belíssima e remodelada que poderia abrigar uma família feliz, mas que esconde algum tipo de segredo.
- Chegamos - ele quebra o silêncio, quando o carro para. As meninas continuam dormindo e, quando faço menção de abrir a porta para ajudar a desembarcá-las, ele fala, me deixando desnorteada. - Foi um dia perfeito.
- Max... eu não...
- Foi um dia perfeito - ele repete, estendendo a mão e tomando uma mecha do meu cabelo entre os dedos, antes de colocá-la atrás da orelha. Seus olhos estão presos aos meus como se tivessem algum tipo de ímã. Eu não consigo pensar em nada exceto no quanto o meu coração está batendo forte agora. - O final foi um pouco turbulento, mas eu realmente aproveitei bastante. Você se divertiu?
- Muito.
A tensão no seu rosto se dissolve. Seus olhos pendem para a minha boca e, quase sem notar, eu entreabro os lábios em expectativa. Max parece hesitante. Sua respiração irregular denuncia o que atravessa sua mente agora. Ele vai me beijar. Ele quer me beijar. mas será que eu deveria?
Engulo em seco, pensando nas consequências de me render ao momento.
Ele solta o ar com força pela boca. Sem pensa mais, se inclina na minha direção, pressionando os lábios nos meus. Fogos de artifício explodem dentro de mim. Puta que pariu. Mesmo que eu tenha imaginado esse beijo antes, tantas as vezes, a realidade se mostra muito além da fantasia. Levo as mãos para a sua nuca e, atrevida, puxo Max de leve para mim. Como resposta, ele envolve minha cintura com as mãos, escorregando os dedos para trás para apertar minha bunda.
Suspiro dentro da sua boca. Sua língua me invade, dominante. Chupa a minha devagar e o desejo se avoluma no meu ventre. Suas mãos descem mais, percorrendo as minhas coxas e arrancando arrepios, mesmo por cima da calça.
Quando ficamos sem fôlego, Max se afasta, roçando a boca na minha tão de leve que é quase uma tortura. É provocante, sexy... delicioso. Ele morde o meu lábio inferior, desliza a ponta da língua onde seus dentes estiveram antes. Deus do céu! Eu gemo dentro da sua boca, tomada de hormônios que me dizem para subir no seu colo agora mesmo e colocar um fim àquela agonia.
Mas um barulho no banco de trás faz nós dois pularmos se susto.
Max e eu olhamos para lá e congelamos.
Maisy nos encara, um sorrisinho sapeca estampado no rosto.
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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita
Parabéns, também gostei. Uma pergunta, és maranhense? Estive no Maranhão e como falam "pequena", "pequeno", "mulher", naquele lugar, kkkkk. Mas brincadeiras à parte adorei o Maranhão e adorei seu romance....
Amei a história! Vale a pena a leitura! Pena que não achei a continuação!...
Parabéns @RebecaSantiago! Além de um ótimo enredo, escreve muito bem e tem um português muito bom, o que torna a leitura melhor ainda. Depois deste, vou ler seus outros romances. Vc é admirável. Virei fã....
Ameiiiiiiii❤️❤️❤️❤️❤️❤️🥰...
Qual é a plataforma que está o seu livro: A ESPOSA PERFEITA??...
tirando o uso desnecessário de tantos palavrões é uma ótima historia...
Muito bom estou curtindo muito esta historia <3...