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A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 12

POV: AYRIS

— Eu não entendo. — Sussurrei contra o seu rosto, respirando de forma lenta e irregular. Meu coração martelava no peito, minha pele formigava com sua proximidade sufocante. — Você quer que eu lute para me livrar de você?

Daimon soltou um riso baixo, rouco, carregado de um sarcasmo que fez meu estômago se contrair. Sua mão deslizou para os meus cabelos, os dedos afundando com uma possessividade que me fez estremecer.

— Pequena humana, você não é tão fraca quanto pensa. — Sua voz era grave, cada palavra carregada de uma certeza assustadora.

Minha respiração vacilou quando seus dedos se moveram em minha nuca, massageando suavemente, um contraste perigoso com a brutalidade que exalava. Um arrepio subiu por minha espinha, meu corpo reagindo contra minha vontade. Daimon percebeu. Seus olhos predatórios brilharam, e antes que pudesse me afastar, ele tirou a mão, deixando-a suspensa ao lado do meu rosto, como se testasse meus limites.

— O que você sabe sobre sua linhagem?

Minha mente lutou para acompanhar a mudança repentina de assunto. Seu tom era afiado, cortante, exigindo respostas.

— Minha linhagem? — Repeti sem pensar, e um rosnado profundo reverberou de seu peito.

— Não seja lenta, pequena. — Ele inclinou a cabeça, os olhos semicerrados me devorando com um misto de fome e curiosidade. Era como se estivesse me estudando, esperando cada reação minha com um interesse que me assustava.

Engoli em seco. O que o Alfa Supremo realmente queria comigo?

— Minha mãe morreu quando eu ainda era pequena. Eu devia ter uns sete anos. — Minha voz saiu hesitante, mas firme.

Daimon não piscou, sua expressão continuava impassível, mas as narinas dilataram como se absorvessem cada palavra.

— Meu pai era o Beta do antigo Alfa da segunda maior alcateia, Umbra, da cidade de Whitestone. — Continuei forçando-me a manter o olhar preso ao dele, como uma disputa silenciosa, mas me perdia em cada nuance que cintilava quase como se hipnotizasse.

Seu cenho franziu,

— Fui criada por minha madrasta e cresci ao lado da minha meia-irmã.

O Alfa não disse nada, apenas me observava como um predador.

Respirei rapidamente, minha mente gritava para eu fugir, mas meu corpo... Meu corpo estava traindo cada instinto de autopreservação que eu tinha.

“Se não fosse tão perigoso...”

— Sua mãe era lupina? — A voz grave de Daimon vibrou no ar, cada sílaba carregada de uma exigência implícita, me fazendo voltar ao momento e ignorar os pensamentos intrusivos.

Ele deslizou os dedos entre os meus fios, puxando uma mecha para mais perto do rosto. Fechei os punhos ao vê-lo inclinar a cabeça ligeiramente e inalar meu cheiro, como se estivesse decifrando algo escondido em minha essência.

Mordi a boca por dentro nervosa.

— Não sei dizer, Rei Lycan. — Minha voz saiu mais baixa do que pretendia. Um arrepio percorreu minha pele quando o olhar dele se cravou em mim, intenso, penetrante.

A verdade era que eu sabia pouco sobre minha mãe. Meu pai sempre fez questão de esconder qualquer informação sobre ela, proibindo qualquer um de mencioná-la.

Um castigo pelo fato de eu ter nascido sem lobo.

— Ouvi alguns rumores... — Continuei, — Diziam que ela perdeu sua loba. Eloy adorava me lembrar disso, me jogando na cara que minha mãe era fraca, que não passava de uma humana. Assim como eu.

Daimon arqueou uma sobrancelha, tombando levemente a cabeça de lado com o queixo erguido, postura presunçosa que parecia ser sua marca, analítico em cada palavras que saia da minha boca, mantendo os olhos afiados em qualquer reação e respiração.

— E o que você acha? — Sua pergunta veio com um peso inesperado.

Dei um passo para trás, sentindo-me sufocada por sua presença. Ele era grande, imponente, e cada pequeno movimento seu me deixava ainda mais tensa.

Mordi o lábio por dentro, pensativa.

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