Bennett
— Sente-se, Abravanel! — ordeno, dessa vez ferozmente e aturdida, ela se senta. — Você mexeu nas finanças da B.D sem o consentimento financeiro ou do líder dessa empresa. O dinheiro foi retirado em pequenas quantidades ao longo de três meses e sem uma finalidade trabalhista ou que tenha a ver com essa empresa. Você quebrou uma cláusula importante do nosso contrato de sociedade roubando a empresa em questão e ainda, você comprometeu a lealdade, o compromisso e a boa fé dessa empresa. Sem falar na sua ética profissional que foi ao chão.
— David…
— Não me interrompa quando eu, David Bennett estiver falando! — rujo, fazendo-a se encolher em cima da cadeira. — O descumprimento da cláusula 57 diz que você deve devolver ao sócio majoritário as ações da empresa que estão em seu poder e ainda, que automaticamente você deixa de ser uma associada dela.
— Eu não vou devolver nada!
— Eu devo informá-la que você tem apenas duas opções, Abravanel. A primeira é maleável e benéfica. Você me entrega as suas ações de boa vontade e sem qualquer constrangimento, e eu te darei um valor estimado como indenização. Então você pega esse dinheiro e sai desse país para viver a sua vida como bem entender e bem longe de mim. Ou a segunda opção. Eu te levo aos tribunais com a acusação de rouba e de difamação, e arranco cada maldito centavo do seu cofre, inclusive as suas roupas de grife, e você vai morar na sarjeta. E então, o que vai ser?
— David, você não pode fazer isso comigo! — Ela contesta. Está trêmula e consequentemente desesperada.
— Deveria ter pensado nisso quando resolveu atacar a minha mulher! — rebato tão frio quanto um iceberg.
— David, por favor! — Dessa vez ela sussurra.
— Opção um, ou dois? O que vai ser, Abravanel? — insisto rigidamente.
— Merda! — Monique xinga baixo e nervosa. — Tudo bem! Eu entrego as minhas ações e volto para a França.
— É uma ótima escolha! — retruco e pego o telefone outra vez. — Anne, peça para os advogados entrarem. E, o Senhor Abravanel também. — Os olhos de Monique se arregalam.
— O que o Álvaro tem a ver com tudo isso?
— Nada, ele será testemunhará uma testemunha dos fatos.
— David, meu irmão não precisa saber sobre isso! — Ela quase implora, mas é tarde demais, pois no mesmo instante a porta se abre e os homens passam por ela.
— Senhores! — Cumprimento-os ficando de pé.
— O que está acontecendo aqui? — Álvaro questiona ao encontrar alguns homens sérios dentro do escritório, porém, a sua irmã tem o rosto molhado em lágrimas.
— Você conta para ele, ou eu conto? — Encaro Monique rudemente.
Contudo, ela abaixa a cabeça e após fazê-la assinar um acordo de confidencialidade, além de um contrato de transferência das ações, Monique sai na companhia de Álvaro para uma conversa entre irmãos. Entretanto, com toda essa avalanche de poder me sentindo imponente e cruzo os dedos das minhas mãos, dispensando os homens em seguida. E ainda sentindo a adrenalina percorrer todo o meu corpo, giro a minha cadeira para fitar um céu estupidamente azul e sem nuvens.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Proposta do Sr. Bennett