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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 128

Júlia

— Nós fizemos. — Ele deixa um beijo no topo da minha cabeça. — Preciso que entre na nossa nova casa e que vá até o quarto principal, Júlia.

— Espera, nossa casa? — indago com confusão.

— É sério que você não desconfiou nem por um mínimo segundo? — Arqueio as sobrancelhas. — Ou eu sou um bom mentiroso, ou você é muito bobinha, Senhora Bennett.

Senhora Bennett.

— Ai meu Deus, estamos casados! — A minha ficha finalmente cai.

— Sim, estamos casados, Senhora Bennett. — David afirma, abrindo o sorriso mais lindo que vi. — E eu te amo por isso! Agora vai lá, porque precisamos ir.

— Ir? Para onde?

— Para a nossa lua de mel.

Encho os meus pulmões de ar. Contudo, lhe aponto o meu indicador.

— Você e suas surpresas — ralho ansiosa.

— Garanto que você vai amar.

Amplio o meu sorriso estupidamente feliz.

— Eu não tenho dúvidas disso, meu marido.

Então me apresso a entrar no casarão e logo subo as escadas para entrar no quarto principal. O meu coração está batendo tão forte que é possível sentir o meu sangue pulsar nas veias e nos meus lábios tem um sorriso que não se desmancha por nada. No entanto, percebo a porta do quarto se abrir e ao virar-me, encontro Monique. Ela tem os olhos vermelhos e a sua maquiagem está toda borrada. Olho para os lados a procura de uma saída, mas não tem nenhuma. Penso em pedir socorro, mas me calo quando ela adentra o cômodo, porém, ela para a uma distância segura de mim.

— Você conseguiu. — Monique ralha com desgosto e de alguma forma ela está diferente. E em nada representa a mulher elegante e soberba que conheci. Está completamente desarmada e sem forças. — Você destruiu a minha felicidade, Júlia.

— Eu não destruí nada.

— Você se casou com o homem que eu amo.

— A vida é feita de escolhas, Monique e são essas escolhas que trilham os nossos caminhos. Você diz amar o David, mas escolheu deixá-lo sozinho e desamparado. Sabia da sua dor, das suas carências e medos, e mesmo assim resolveu abandoná-lo. Se você o amasse de verdade, teria ficado e cuidado dele.

— Eu não podia…

— Você não pode me acusar pelos seus erros e escolhas do passado. Se tem algo de que sou culpada é de amá-lo com a minha alma e com o meu corpo, mas nunca de tirá-lo de você. — Ela funga, engolindo o seu choro.

— Cuide bem dele por mim. — Ela sibila trêmula.

— Disso não tenha a menor dúvida. — Sua cabeça meneia fazendo um sim.

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