A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 2

Júlia

— Como foi hoje? — Procuro saber.

— Ele está bem cansado e dormiu praticamente o dia todo. — Solto um suspiro de lamento e me aproximo da cama para deixar um beijo calmo nos seus cabelos.

— Eu já vou indo. — Melissa avisa, ajeitando a sua bolsa no seu ombro.

— Está bem. E, obrigada por ficar com ele de novo!

— Você sabe que eu faço com amor, não é? Não precisa me agradecer, querida. A final, é para isso que serve as amigas e além disso, eu sou a madrinha do Alex.

Sorrio e após a sua saída, fico um tempo do lado do meu filho.

— Mamãe? — Sua voz fraca faz um nó sufocar a minha garganta.

— Oi, filhote! — Ponho um pouco de empolgação na minha voz, enquanto o abraço deitado na cama.

— Você demorou!

— Eu sei. É que a mamãe tinha uma reunião, mas… — Abro um sorriso largo e pego a minha bolsa. — Eu trouxe algo para a sua coleção. — Meu garoto abre um sorriso espontâneo, porém, fraco e ainda, os seus olhos se enchem de expectativas quando tiro uma pequena embalagem, estendendo-a para ele em seguida.

— Uau, esse é bem antigo! — Ela ralha, admirando a miniatura de um carro esporte na palma da sua mão. — Como conseguiu?

— E isso importa? — retruco, fazendo cócegas nelas. — Você gostou?

— Eu adorei! — Alex ainda tem os olhos fixos em cima do brinquedo. — Pode colocá-lo junto com os outros? — Ele pede me devolvendo o carrinho e eu o ponho em cima de uma mesa no canto de parede, onde contém meia dúzia de carrinhos. Contudo, quando retorno para perto, Alex já está dormindo outra vez.

Eu daria a minha vida para salvar a sua. Digo mentalmente, sentindo um nó sufocar a minha garganta outra vez. Entretanto, decido deixá-lo descansar e me deito um tempo do seu lado. Horas mais tarde, como um sanduíche que trouxe na minha bolsa e me dedico a estudar o arquivo do novo projeto da Bennett Designer. Pesquiso as melhores opções para uma área de lazer agradável e confortável, mas que não faça um contraste com a proposta exigida pelo cliente. Segundos depois, começo a desenhar uma planta com seus números, formatos e cores. E sem perceber, sou vencida pelo cansaço.

***

— Ei! — Escuto o som de uma voz baixa do meu lado e com um gemido, abro uma pequena brecha de olhos, encontrando o doutor Aristides em pé bem na minha frente. Imediatamente me recomponho e percebo que adormeci em cima de um amontoado de papéis e de lápis.

— Ah, Doutor, bom dia! — Fico de pé imediatamente.

— Bom dia! Você dormiu aqui? — Ele parece surpreso.

— Oh… é que… eu tinha um trabalho para fazer e… — Bocejo. — Aproveitei a noite para adiantá-lo.

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