Melissa
— Queridos amigos, — O juiz de paz diz para as pouquíssimas pessoas presentes. — é com grande prazer que celebro o casamento de um grande amigo em circunstâncias tão especiais como esta. Vocês não escolheram uma data comum, nem mesmo um lugar previsível. Escolheram o agora, o improvável e o mágico. E é assim que o amor deve ser: uma surpresa que aquece e transforma."
Troco olhar apaixonado com o meu futuro marido.
— Prometer amar alguém nos dias bons é fácil, mas o que vocês estão fazendo aqui essa noite é prometer amor até nos dias nublados – com leveza, com verdade e com tudo o que são. Que este momento simples e grandioso seja o lembrete de que o amor não precisa de uma plateia, mas apenas de dois corações dispostos a caminhar juntos. Álvaro e Melissa, vocês estão dispostos a amar, respeitar e cuidar um do outro até que a morte os separe?
Trocamos olhares outra vez.
— Sim! — respondemos em uníssono.
— Prometem ser sinceros e cuidar um do outro todos os dias de suas vidas?
— Sim!
— O sim que vocês que me deram nessa linda noite é o eco de um sentimento que viveu em silêncio dentro de vocês nesses últimos dias em cada gesto e em cada passo até aqui. E que a vida, assim como esta surpresa continue sendo um presente, um convite ao amor diário, à alegria espontânea e à coragem de viver intensamente. Eu vos declaro marido e mulher. Já pode beijar a noiva.
E calmamente nos viramos um de frente para o outro. Diferente das outras vezes Álvaro se aproxima com calma, leva as suas mãos em cada lado do meu rosto, fixa o seu olhar intenso no meu e olha por alguns segundos como se marcasse a minha imagem em seu cérebro.
— Minha esposa! — Ele sussurra.
— Meu esposo! — sussurro de volta, levando a minha mão sobre a sua. Então ele se inclina só um pouco e os seus lábios macios tocam nos meus, ralando com suavidade na carne sensível, roçando, espalhando o seu calor suave ali, até que ele a toma em um beijo calmo, e inesperadamente, ele me segura nos seus braços e aprofunda o nosso beijo.
— Eu te amo, Melissa Abravanel!
A realidade me cai com essas palavras.
É oficial, eu estou casada!
— Também te amo, Álvaro Abravanel! — E voltamos a nos beijar.
— Ei, vocês precisam assinar o livro. — O juiz de paz pede, nos tirando do nosso momento íntimo e carinhoso, e o meu marido é obrigado a me pôr de volta no chão.
Melissa Abravanel. Não pensei que um dia usaria esse sobrenome. Não com a ideia do velho xexelento que eu tinha dele. Pensar nisso me faz rir.
— Meus parabéns, querida! — Lina diz docemente, abraçando-me após deixar a sua assinatura no livro de testemunha.
— Obrigada, Lina, por tudo que fez por mim essa noite!
— Olha, acho que estou ficando boa nesse negócio de burlar noivas no dia do casamento. — Ela brinca, mas volto a abraçá-la. — Ah, esse é Alexsander Vitton, meu marido, mas acho que você já o conhece.
— Sim, no casamento da Júlia. — Aperto a sua mão.
— Lina, Alex e Rick, muito obrigado por tudo! — Álvaro pede, estendendo a sua mão para os três e me dou conta de que o juiz também é um de seus amigos.
— Não foi nada, Álvaro. — O tal Rick diz com satisfação.
— Meus parabéns pelo casamento, Senhor e Senhora Abravanel. — Alexsander diz deixando abraços com leves afagos.
— Obrigado, meus amigos! — Álvaro abraça fortemente o seu amigo-juiz. — Vamos, esposa?
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