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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 54

Bennett

— Estamos. Espero que não seja algo ruim.

— E não é. Eu gosto de saber que tem alguém que ama além de mim, mas eu quero fazer um pedido.

— Qual?

— Não a machuque, David. Não faça a minha mãe chorar.

Respiro fundo.

— Eu nunca irei machucá-la, Alex, e nem a você — prometo. — Vocês são muito especiais para mim — garanto. E como era esperado o menino abraça forte a minha cintura.

— Eu te amo, David! — Essa frase faz o meu coração bater diferente. Diferente e sufocante.

— Também te amo, Alex! — E não é mentira. Alex realmente me faz sentir um ser humano vívido e amável. Tem algo nesse menino que me conquista, que me atrai e que me faz querer amá-lo.

— Está tudo bem aí? — Júlia inquire, surgindo no jardim e logo um sorriso se abre no rosto infantil do garoto. Em resposta, o menino corre para braços da mãe e se aconchega neles. E enquanto ela afaga as costas do filho, os seus olhos fitam os meus. No entanto, dou de ombros com fingido desdém.

— Já podemos voltar para a mesa? — rosno com um humor surpreendente e eles riem, entrando na casa em seguida.

***

Algumas horas depois…

— Temos uma garota prodígio, David Bennett. — Álvaro ralha de repente, invadindo a minha sala e me faz erguer a cabeça para olhá-lo.

— Do que você está falando, sócio? — Em resposta, o meu amigo lança uma revista em cima da minha mesa e eu encaro a foto de Júlia em destaque na capa.

— Júlia Ricci se saiu muito bem na entrevista com a Space & Style. E adivinha? O seu trabalho com materiais orgânicos teve um destaque entre os melhores e mais prestigiados arquitetos desse país. Parabéns a Bennett Designer, por contratar alguém tão jovem e com ideais tão promissores! — Meu sócio lê o título em voz alta.

— Então ela conseguiu — ralho, abrindo a revista com curiosidade para ler um pouco da entrevista.

— E adivinha para quem foi o primeiro prêmio? — O homem abre um sorriso muito largo e presunçoso. O que me faz perceber que Álvaro Abravanel está muito bem após o seu baque emocional de dias atrás.

— Está falando sério?

— Cento e cinquenta e cinco mil para o primeiro lançamento, mais dez mil para o melhor designer e ainda, a primeira placa para melhor arquiteta do momento. — Solto um assobio apreciativo. — Precisamos segurar a Júlia aqui na Bennett, David. Com um potencial como o dela vamos ainda mais longe. — Abaixo a revista para fitá-lo. — E então, quem vai dar a boa notícia? — Ele pergunta assim que o meu telefone começa a tocar.

— Fala, Anne?

— A Senhorita Ricci deseja falar-lhe, Senhor Bennett.

— Deixe-a entrar, Anne. — Encerro a ligação e faço um gesto de mão para o meu amigo. — Faça as honras, sócio! — retruco quando a porta do meu escritório se abre e Júlia passa por ela no segundo seguinte. Um sorriso extremamente feliz se alarga no rosto barbado e Abravanel não mede distância em ir ao encontro da minha noiva.

— Júlia Ricci! — Ele cantarola vitorioso, abraçando-a no mesmo instante e de algum modo esse gesto entre eles me incomoda, porém, não deixo transparecer o meu incômodo. E quando ela abre um sorriso para mim o meu coração se aquece.

— O que é isso? — Júlia indaga, encarando um envelope branco que ele lhe estende.

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