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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 57

… Saudades de nós dois, querido!

Suas palavras quentes e sussurradas ao pé do meu ouvido ainda me causam calafrios e a raiva me consome por dentro. E enquanto o carro percorre o asfalto úmido me perco em algumas lembranças suas… nossas. Monique Abravanel foi a primeira mulher a penetrar as minhas barreiras e não demorou para ela invadir o meu coração, deixando-me dependente do seu amor. Por um instante eu pensei que Mara havia sido derrotada. Acreditei que sim, eu era digno de ser amado por alguém e me entreguei de corpo e alma a esse sentimento que me afogava a cada dia. Acordar sorrindo e dormir com seus beijos tornou-se o meu tudo. Nós tínhamos a cumplicidade de um casal, o fogo de uma paixão, o desejo ardente percorrendo em nossas veias e a felicidade estava há alguns dias do altar.

Então tudo virou de cabeça para baixo.

— Onde ela está? — pergunto, entrando com pressa em uma loja de vestidos de noivas e uma de suas amigas aponta direto para o provador. Sem pensar duas vezes me dirijo para a porta, porém, ela está trancada por dentro e angustiado, começo a bater na madeira. — Monique, sou eu, amor. Abre a porta para mim.

O som do seu choro me angustia ainda mais e quando penso em chamá-la outra vez, a porta se abre e seus olhos inchados me encaram molhados. Monique Abravanel é uma das mulheres mais lindas que já conheci e usando um exuberante vestido de noiva é de roubar o fôlego de qualquer homem. Mas o seu lindo e jovem rosto está contorcido em lágrimas e vê-la assim me machuca por dentro.

— Querida, o houve? — pergunto sereno e cuidadoso, tentando me aproximar, mas ela se afasta de mim. E isso me faz retroceder um pouco. A minha linda noiva respira fundo e contém as suas lágrimas, enquanto me lança um olhar determinado.

— Eu não posso fazer isso, David. — Sua declaração me faz unir as sobrancelhas em confusão.

— Fazer o que, Monique?

— Isso. — Ela exaspera. — Esse vestido. O nosso casamento. Eu não posso me casar com você, David. Eu não consigo. — Sinto o meu coração se comprimir dentro do meu peito.

— Monique, se acalme. Respire fundo. Tudo isso é só nervosismo…

— Não! — Ela me corta bruscamente e o seu olhar se endurece para mim. — Você não entende, David.

— Então me explique, amor!

— Você é um homem tão… frio e tão seco. É como se você não tivesse alma. E eu… não posso. Não consigo amar alguém como você, quanto mais dividir uma vida inteira!

— Que merda, Monique! Tudo isso é por que eu não me declaro para você? — Ela sorri sarcástica.

— Declarações, romantismo, flores. Uma mulher precisa dessas coisas para acreditar no amor. E se você não é capaz de fazer essas coisas é porque você não me ama o suficiente!

— Eu te amo! Monique, por favor, pare para pensar com calma.

— Eu já pensei, David e não vou conseguir levar essa união adiante, não dá! — Respiro fundo, tentando não perder o meu controle.

— Ok, tudo bem, a culpa é minha. — Ergo as minhas mãos em redenção e tento me aproximar mais uma vez. Contudo, minha noiva recua e quando ela se encosta na parede do apertado cômodo, é como se quisesse entrar dentro dela. — Eu sei que não costumo fazer essas coisas, mas isso não quer dizer que eu não te amo. Se você quer flores e jantares, eu posso te dar isso. Se quer declarações de amor, eu posso aprender a dizer as palavras…

Seu sorriso sarcástico cresce em meio as novas lágrimas.

— Aprender? De verdade, David, você não conhece o real sentido da palavra amor. Você vive preso as correntes de um passado, não acredita realmente nesse sentimento. E você diz que quer aprender? Na real, não se aprende a amar. Se ama com o coração e eu duvido que você tenha um aí dentro do seu peito! — Essas palavras duras fazem as feridas no meu coração sangrar outra vez.

— Monique, não faça isso comigo! — imploro, mas os seus olhos mergulham em uma nova torrente de lágrimas, me afundando cada vez mais na escuridão.

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