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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 8

Elena

… Filha, eu preciso que cumpra o meu último desejo.

… Preciso que esteja segura, Elena.

— Tudo bem — concordo vencida. Cansada.

— Ótimo! — O advogado sorri. — Podemos ir para uma sala reservada aqui mesmo na capela.

— Aqui? — inquiro atordoada.

— Por favor, Senhorita! — Petrus leva uma mão para as minhas costas e me guia para uma direção. — Senhorita Stanford. — Segundos depois, ele puxa uma cadeira para me acomodar. — Senhor Ricci. — Ele aponta uma cadeira de frente para mim.

Nossos olhos se encontram. Os dele sempre varrendo o meu rosto, como se analisasse as minhas emoções. Entretanto, mantenho uma postura ereta, o olhar altivo e o queixo elevado. O advogado solta um pigarro despertando-nos e ambos desviamos os olhos para fitá-lo.

— Senhorita Stanford. E, Senhor Ricci. — Ele inclina levemente a cabeça em cumprimento. — Agradeço por estarem presentes nesse momento. Sei que não é fácil, mas preciso seguir os passos da Senhora Ricci. Conforme instruções expressas da Senhora Nora Ricci, iniciarei agora a leitura do testamento.

O silêncio caiu como um manto pesado dentro da sala.

— “Eu, Nora Antonietta Ricci, em pleno gozo das minhas faculdades mentais, declaro este o meu último testamento. À data da minha morte, deixo registrado o destino de todo o meu patrimônio empresarial e pessoal.” — Ele faz uma pausa apenas para virar a página. — “Declaro que metade de todas as ações e bens pertencentes ao Grupo Ricci será herdada por meu neto biológico, Alex Ricci, a quem a vida e as escolhas nos afastaram, mas cujo sangue e capacidade herdadas não podem ser ignoradas.”

Alex cruzou os braços. Nenhuma emoção aparente.

— “A outra metade das empresas, ações e bens associados serão deixados para Aurora, uma garota linda e fascinante que o destino colocou no meu caminho e que com ela trouxe a luz que me permitiu ver com mais clareza.

— Aurora? — Alex interrompe a leitura. — Quem é Aurora?

Essa pergunta me faz empalidecer. Petrus ergue os seus olhos.

— Tudo que posso dizer é que a Senhorita Stanford assumirá a parte em questão. — Alex me encara interrogativo.

Engulo em seco de modo sutil.

— E por que ela faria isso? Como ela faria isso?

— “Dado o histórico pessoal conturbado e considerando o valor da união e da responsabilidade compartilhada que sempre prezei. — Pietro volta a ler. — “Estabeleço como condição irrevogável para a efetivação do direito à herança e ao controle das empresas, que Alex Ricci e Elena Stanford contraiam matrimônio dentro do prazo máximo de sessenta dias após a leitura deste testamento.”

Um silêncio gélido caiu sobre a sala. Meu coração para uma batida brusca.

— Isso só pode ser uma piada! — murmuro com a voz tensa.

— Infelizmente, não é, Senhorita Stanford — responde o advogado. — Caso um ou ambos se recusem a cumprir esta cláusula, os bens serão integralmente doados à Fundação Ricci, voltada à educação e saúde infantil, conforme cláusula de contingência estabelecida por Dona Nora.

Alex passou a mão pelos cabelos.

— Eu não posso — digo com dificuldade. — Não vou me casar com esse homem.

— Por mim tudo bem! — Alex se levanta sem qualquer consideração e sai da sala.

— Senhorita Stanford, percebe que está tirando o futuro das mãos de uma criança? — Petrus resmunga, olhando-me com veemência. — Após a morte da Senhora Ricci, você ficará desamparada outra vez.

— Ela não podia ter feito isso comigo!

— Escute, você não precisa ficar casada com o Senhor Ricci por muito tempo. — Ergo os meus olhos para fitá-lo. — Faça um acordo por escrito com suas exigências e termos. Tudo será exatamente como você quiser. — Franzo a testa.

— Eu posso fazer isso?

— Você pode. Mas o casamento precisa durar pelo menos um ano.

— Um… ano?! — exaspero e fico de pé.

— Eu conheço a sua história e sei de tudo que você passou. A Senhora Ricci foi um anjo em sua vida. A acolheu e cuidou de você. Mas agora a Aurora precisa que faça o mesmo por ela.

— Ain! — Esfrego o meu rosto com as mãos.

— Você pode pensar, Senhorita Stanford. Pense com calma e quando resolver o que quer fazer, pode me procurar. Eu terei todo prazer em ajudá-la.

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