Anjo Protetor romance Capítulo 11

Subo os degraus da escada de dois em dois com a intenção de chegar o mais rápido possível em meu quarto, que fica no andar de cima. para pegar a carteira e as chaves do jipe.

Com os objetos em mãos passo pela sala e saio, chegando rápido ao carro, entro e, imediatamente, dou a partida no veículo logo em seguida, ainda me questionando de como fui capaz de beijá-la.

Como?

─ Cara, ela é uma criança, porra! Seu pervertido de merda! ─ Irritado, esmurro o volante com raiva. Raiva de mim por não conseguir me controlar e frear o desejo devastador que me atingiu, assim que seu corpo macio colidiu com o meu naquela cozinha. Mas com mais raiva ainda por ostentar uma maldita ereção até agora e que me faz querer dar a volta e continuar de onde paramos.

─ Eu tenho que dar um jeito nisso logo, antes que caia em tentação e a tome para mim, e isso não pode acontecer.

Dirigindo rapidamente pela estrada de terra, decido ir até a cidade prometendo a mim mesmo só voltar quando saciar todas as minhas taras em uma cama com qualquer mulher que encontrar. Porém, algo lá no fundo me diz que mesmo que passe a noite inteira me fartando em algum corpo, não será aquele corpo que o meu deseja ardentemente.

Passo pelo vilarejo para pegar a autoestrada em direção ao centro de Sinaloa. Faço o percurso todo perdido em pensamentos, mais precisamente no momento em que a tive em meus braços e que pude, finalmente, sentir seu corpo que se encaixou perfeitamente ao meu. Pude sentir seu cheiro e, principalmente, o sabor daqueles lábios carnudos que atraíam minha atenção a cada momento em que a olhava. Quando a tive em meus braços, senti que ali era seu lugar e, quando notei sua inexperiência, vi que eu era um maldito pervertido, mas não consegui parar, não quando a tive onde desejei que ela estivesse: em meus braços. Seu perfume doce de mulher e a fragrância suave de sua excitação foram demais para conseguir me controlar e, quando percebi, já tomava seus lábios entre os meus numa fome descomunal. Sempre fui um homem dominante, é de minha natureza, mas quando pude sentir sua inexperiência e a forma como ela se entregava para mim naquele momento, fez a fera dentro de mim querer marcá-la como sua, e ter esse tipo de pensamento me assustou além do impensado, pois jamais fui possessivo, dominante sim, sempre quis as coisas da minha maneira, mas querer tê-la só para mim me assustou tremendamente, então me afastei dela e do que estava me fazendo sentir em tão pouco tempo. Admito que tive medo e fugi.

Estaciono em uma vaga em frente a um hotel no centro da cidade, desço do carro e entro no ambiente dirigindo-me até a recepção com a intenção de pegar um quarto para passar a noite. Resolvi me afastar um pouco para acalmar esse furacão que tomou conta de mim desde que pus meus olhos sobre a filha do meu melhor amigo. Compreendo que estou bastante atraído por Melanie e que o que aconteceu hoje só me fez enxergar que não sou capaz de resistir a ela, portanto, tenho que manter distância.

Sei que na situação em que nos encontramos é muito difícil de se estabelecer essa distância, já que estamos dividindo o mesmo teto, mas tinha que me manter afastado, pelo menos por hoje, pois não responderia por mim se permanecesse na mesma casa que ela, sentindo seu cheiro, sua voz suave e relembrando vezes sem fim como é tê-la entre meus braços. Eu não sou tão forte a este ponto.

Assim que entro no quarto, jogo-me sobre a cama e suspiro ainda sentindo seu perfume em minhas narinas, sentindo o gosto dos seus lábios inocentes entre os meus, deu para notar sua falta de experiência, o que fez um sentimento de posse descomunal tomar conta de mim, pois dei-me conta de que aquele era seu primeiro beijo. Eu fui o primeiro homem a beijar aqueles lábios em formato de pecado!

Olho para o teto do pequeno quarto, sem realmente enxergá-lo, pois meus pensamentos e minha atenção estão a milhas e milhas de quilômetros de distância daqui, junto do objeto do meu desejo e do meu sofrimento também. Tenho que dar um jeito de mantê-la segura, porém longe de mim para não cair mais em tentação.

Remoendo várias e várias vezes o momento em que a tive em meus braços, acabo caindo no sono, exausto pelo cansaço do dia longo e pelas emoções vividas.

─ Eu sou sua, Ethan. ─ Um gemido gostoso ecoa em meus ouvidos e eu invisto mais duro contra o corpo macio e receptivo. Beijo os lábios mais doces que já provei em toda minha vida enquanto fazemos amor de forma doce e compassada. Nós nos entregamos à paixão, nos beijando e acariciando, à medida que nossa excitação toma proporções gigantescas fazendo-me acelerar as estocadas em busca do nosso prazer, até que atingimos o clímax ao mesmo tempo e ambos gritamos saciados e febris pelo êxtase.

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