Anjo Protetor romance Capítulo 19

Resumo de Capítulo 17 (Melanie): Anjo Protetor

Resumo de Capítulo 17 (Melanie) – Uma virada em Anjo Protetor de Chris Nascimento

Capítulo 17 (Melanie) mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Anjo Protetor, escrito por Chris Nascimento. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Fico parada no lugar olhando a mão de Ethan estendida em minha direção, esperando que eu a pegue. Não sei o que fazer, pois estou em guerra por dentro, parte de mim diz que sair por aí com dois pedaços de pano amarrados no corpo não é certo e que eu serei uma pecadora se o fizer, em contrapartida, algo me diz que eu tenho que viver, ser feliz e me entregar de corpo e alma ao que estou vivendo, e que por mais que possa ser pecado viver o que estou vivendo, não dá para passar pelo mundo sem cometer um pecado sequer e o que importa nessa vida é ser feliz. Eu serei dona da minha própria vida de hoje em diante. Então, decidida levanto-me, retiro o vestido pela cabeça e pego a mão estendida em minha direção.

Ethan fica completamente paralisado no lugar com minha reação, na verdade ele está embasbacado por eu ter agido ao invés de me recusar e bater o pé sem querer ir, como aconteceu na loja de roupas que ele me levou. Confesso que me senti ridícula por não querer comprar as roupas, pois eu sei que Ethan sabe que eu realmente preciso, porque estou usando suas camisas e bermudas e já estava mais do que na hora de comprar minhas próprias roupas, porém o que estava me incomodando era o fato de que Ethan que iria pagar por elas, tendo em vista que eu não tenho dinheiro algum comigo. No entanto, a situação agora é diferente e eu quero realmente mergulhar com ele no mar. Me prender e me privar de algo que quero fazer por vergonha não está mais em cogitação. Eu mudei e pretendo mudar ainda mais se estou decidida a viver minha própria vida de agora em diante.

Paro diante dele, que continua ainda sem palavras em minha frente, mas que me puxa para seus braços e envolve minha cintura, antes de olhar bem dentro dos meus olhos e sussurrar:

─ Você me surpreende cada dia mais, minha menina. ─ Sorrio e aceito seu beijo suave nos lábios antes dele me levar pela mão em direção ao mar.

Ainda é difícil acreditar que estou realmente vendo o mar e sua imensidão, ele é totalmente diferente da cachoeira, com suas águas límpidas e claras. Já o mar é revolto, agitado, com suas ondas quebrando na areia e que te arrasta junto com ele para o oceano sem pedir permissão.

─ Anjo, não solte minha mão, ouviu? O mar dessa praia é muito agitado e eu não quero que você se afogue, está bem? ─ Assinto segurando sua mão com mais força. ─ A propósito... ─ Viro meu rosto para ele novamente. ─ Você está linda demais nesse biquíni amarelo. Pode ter certeza de que estou me segurando para não arrancá-lo de você aqui mesmo. ─ Não dá tempo de falar nada, pois Ethan me pega pelos braços e me leva mar adentro, mergulhando comigo em seus braços.

─ Você quase me mata de susto, Ethan! ─ Digo assim que consigo emergir.

Ele gargalha me trazendo para seus braços novamente.

Ficamos namorando vários minutos dentro d´água, mas como o mar estava bravo demais, voltamos para nossa mesa no quiosque, almoçamos por lá mesmo e depois tomamos banho de sol estendidos em duas espreguiçadeiras. Ficamos até tarde na praia com a intenção de ver o pôr do sol já que, segundo Ethan, é o mais belo de todo o mundo. Confesso que ele não estava errado em nada nesse quesito, pois acompanhar o pôr do sol da praia de Playa Las Brujas foi uma das experiências mais maravilhosas da minha vida, porém, devo confessar que só foi tão maravilhoso assim porque estava entre os braços de Ethan e que nós dois acompanhamos todo o espetáculo abraçadinhos sentados em uma espreguiçadeira.

Quando o sol se pôs definitivamente no horizonte, Ethan foi até o bar pagar a conta enquanto eu aguardava sentada na mesa questionando-me se voltaríamos ainda hoje para nossa casa.

Nossa casa.

As palavras ecoam em minha mente como se fosse algo certo de se dizer, pois sinto a cabana como meu lar realmente, apesar de ter consciência de que algum dia terei que sair de lá.

Observo Ethan caminhar entre as pessoas e vejo várias mulheres olharem para ele com cobiça, fazendo charme para que ele as note. Nessa hora uma sensação estranha de posse me toma de repente, pois queria que todas elas percebessem que ele está comigo, que ele me pertence e a mais ninguém. Tento tirar esse tipo pensamento da cabeça, mas fica difícil quando olho para ele e percebo como Ethan é lindo, um homem em toda sua essência, apesar de estar com trajes mais despojados, não deixa de ser viril, dominante e todo alfa. Eu, em contrapartida, sou uma menina, como ele bem gosta de me chamar, completamente inexperiente, até bobinha para certas coisas, já que fui trancafiada desde muito nova naquele convento e não conheço nada da vida, muitas vezes me questionei até quando Ethan ainda vai sentir atração por mim, pois sei muito bem que não passo de uma garotinha sem experiência alguma da vida perto dele.

─ Vamos, Anjo? ─ Sou tirada dos meus pensamentos quando ele para em minha frente me estendo à mão.

─ Vamos.

Caminhamos lado a lado de mãos dadas até o carro e, assim que entramos, faço a pergunta que estava martelando em minha cabeça há alguns minutos:

─ Nós vamos voltar para a cabana?

─ Não, Anjo. Nós vamos passar a noite em um hotel. ─ Ele me responde enquanto manobra o carro para pegar a estrada, creio que em direção a Mazatlán.

Fico radiante com essa notícia, apesar de estar sentindo falta da cabana quero ficar mais um pouquinho com Ethan aqui nesse paraíso. Ele pega a Avenida de nome Camarón Sábalo e alguns minutos depois entramos na Zona Dourada, onde se localizam vários hotéis. Depois de passar por todos eles, Ethan para em frente a um hotel com a fachada branca onde lê-se: Royal Villas Resort.

Quando cessamos o beijo, mais por falta de ar do que outra coisa, Ethan me segura pela nuca e me faz encará-lo.

─ Anjo, não precisa sentir ciúmes de mim, não há motivos para isso, pois só vejo você em minha frente e pode ter certeza de que não repreendi a recepcionista porque, simplesmente, não percebi sua insinuação. E sabe por que eu não percebi? ─ Balanço a cabeça em negativa.

─ Porque tudo o que eu conseguia pensar era em estar aqui, neste quarto com você, e fazer amor com a minha menina até não ter mais forças para respirar, porque é isso o que você faz comigo, Melanie. Você me deixa maluco para estar com você o tempo todo, querendo, desejando ter o máximo de você, mas nunca é o suficiente para mim, pois você é uma droga que entrou em meu sistema e que corre por minhas veias desde o momento em que meus olhos bateram em você há praticamente um mês. ─ Fico boquiaberta com sua declaração inesperada, mas que me deixa completamente desnorteada.

Então, pela primeira vez, tomo a iniciativa do beijo e começo a arrancar suas roupas do corpo querendo tocá-lo e senti-lo em cada parte do meu corpo, pois se eu sou uma droga para ele, para mim Ethan tem o mesmo efeito, me fazendo querê-lo mais e mais a cada dia.

Nós fizemos amor e depois saímos para jantar no restaurante do hotel. Quando estava no banho, Ethan ligou para uma loja de roupas localizada no saguão do hotel e comprou vários vestidos, sapatos, sandálias, calças, shorts, blusas, camisetas e lingeries, sem que eu visse, já que estava me arrumando para irmos jantar. Assim que saí do banheiro, me deparei com um monte de sacolas sobre a cama, perguntando-me de onde tinha surgido aquilo tudo. Ethan simplesmente deu de ombros e disse que eram presentes seus para mim e que eu não poderia recusar, pois já estavam comprados. Nós discutimos, quer dizer, eu discuti, enquanto ele simplesmente me beijou e sussurrou em meu ouvido que eram presentes para mim e que era para eu apenas aceitar.

Fingi que aceitei seus presentes, mas prometendo a mim mesma arrumar um trabalho o mais rápido possível e lhe pagar centavo por centavo.

O jantar foi maravilhoso, mas quando voltamos para o quarto, Ethan me amou tão delicadamente que me entreguei sem reservas e quase disse que o amava, me segurando a tempo.

No dia seguinte, aproveitamos a piscina do hotel com uma vista magnífica para a praia e à tarde passeamos de mãos dadas pela areia da praia como um casal apaixonado em plena lua de mel. O final de semana foi maravilhoso e, se pudesse, jamais sairia da bolha em que estávamos vivendo naquele paraíso, mas Ethan tinha que trabalhar na manhã seguinte, então partimos ao entardecer.

Quando pegamos a estrada rumo a El Camino algo me dizia que nossa bolha iria se romper e aquele sonho lindo iria acabar. Era como se meu subconsciente estivesse me alertando da tempestade que estava ameaçando cair sobre nossas cabeças e que eu não poderia evitar que toda aquela força da natureza desabasse sobre nós. Segui todo o trajeto para casa em total silêncio agradecendo por Ethan estar, assim como eu, perdido em seus próprios pensamentos e não perceber minha apreensão.

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