Cap.14: O menino que está em coma.
— O que estamos fazendo aqui? — perguntou Lory confusa.
— Lembra da doença rara de Halana, mãe de Hanna, tinha? Obvio que lembra. Achei interessante pesquisar sobre isso, já que o tempo de vida da pessoa portadora é reduzido drasticamente com o super envelhecimento das células. O médico que me ajuda com as pesquisas descobriu uma fórmula que pode ajudar a tratar esse problema, e nesse hospital tem um menino em coma que tem a mesma doença de Halana.
— Não sabia que poderia encontrar alguém com a mesma doença tão facilmente.
— É bem difícil, tirando Hanna Ortiz, não tem mais ninguém a não ser esse menino que está em coma. Contudo, eu não quero tratar Hanna Ortiz. Não agora. Aquela doença parece ser uma punição para ela.
— Céus... Por que está se mostrando tão duro, um homem tão gentil! — asseverou Lory estagnada, até se aproximar de uma sala assistida. Ela podia ver a pequena criança ligada a vários aparelhos.
— Quem é ele? — perguntou Lory sem conseguir nem mesmo piscar os olhos.
— O menino que foi contemplado com o tratamento que custa quase dois milhões de dólares. — respondeu ele, mantendo-se atento ao menino ao entrar na sala. O peito de Morgan parecia inquieto ao mesmo tempo que, mesmo que sua expressão parecesse fria, aquele menino lhe lembrava de algo que o fazia depositar algo sentimental naquele menino.
— Por que ele? — perguntou Lory.
— Porque ele precisa com urgência. Ele tem feito tratamentos caros e cada dia tem sido mais agressivos na esperança de ajudá-lo a sobreviver. Mas com esse novo, após cinco anos de estudo, ele poderá viver bem. É uma pena que Halana não tenha sobrevivido até esse dia. Desde que ela salvou a nossa avó, eu pensei que isso pagaria o que ela fez de tão grande.
— Mas parece que sua avó Melin cuidou disso por si só, afinal... Ela garantiu que a família de Halana tivesse assistência que precisa quando ela não estivesse por perto. Aquela menina, querendo ou não, me passa a impressão de que precisa de muita ajuda.
— Ajuda psiquiátrica, não acha? — perguntou Morgan com frieza, fazendo Lory o encarar aborrecida.
— Ai... Será tão complicado... — murmurou ela, desistindo. — Quantos anos ele tem? — perguntou agora mudando de assunto.
— Todas as informações desse menino são sigilosas. Tudo que sei é que ele tem oito anos. Mas não sei da família e nem de ninguém que venha até aqui. Disseram que tem uma pessoa que entra sempre em contato e vem o visitar com uma frequência mediana. Talvez seja a mãe dele, ou... Apenas um parente distante.
— Que estranho... Como podem deixar uma criança sozinha?
— Sim... Como se já não bastasse estar nessa situação, ninguém vem o visitar a não ser uma única pessoa que também não vem tantas vezes, lhe fazer companhia, e ele só tem oito anos. Parece tão cruel... — confessou ele, demonstrando se importar. Lory sorriu apreensiva. Não queria tocar em um assunto tão doloroso, mas a reação de Morgan estava a deixando inquieta.
— Há quanto tempo você tem vindo ver esse menino? — perguntou ela curiosa.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.