Cap.18: desprezo e humilhação.
Assim que Morgan abriu a porta, Hanna esperava uma reação diferente da que ele teve. Afinal, como assim ele nem se abalou, nem mesmo se importou? Apenas a encarou com frieza e indicou para que entrasse.
— Por que está quebrando as regras? — perguntou ele com a voz baixa e pesada, sem se virar.
— Não é como se eu não tivesse te ligado. — resmungou ela em um tom confuso, franzindo o cenho enquanto tocava o rosto, questionando-se os motivos dele não ter se assustado.
— Você agora tem a governanta Lory e tudo que precisar peça a ela. Não é necessário que venha aqui.
— Senhor... isso não é verdade! Afinal, eu te mandei um bilhete com um pedido e você negou. — comentou ela apreensiva.
Morgan se virou a encarando com ironia, um sorriso de canto que expirava maldade e deboche.
— Ela não te deu os detalhes? Já estou cansado de falar, mas você só verá qualquer dinheiro dos Farrugia quando completar três anos de casamento! — asseverou, esticando um sorriso maldoso ao ver ela bater o pé com indignação.
— Mas eu preciso desse dinheiro agora! — berrou ela com desespero, as mãos tremulas como se o medo tivesse se apossado dela agora.
— Não precisa! Afinal, você está vivendo com o bom e o melhor, tem tudo que precisa. Além disso, é uma quantia muito alta para uma pessoa que é pobre e vivia apenas com um salário mínimo.
— Morgan... por favor... — suplicou ela com a voz sumindo, sentindo o peito apertar.
— Eu avisei a Lory que todo tratamento que você precisar será pago sem nenhum questionamento, mas não daremos nenhum dinheiro a você.
— Está falando sério mesmo? — perguntou Hanna petrificada.
— Estou. Além disso, o contrato não proíbe que façamos isso, então estou de acordo com a lei, Hanna Ortiz. — explicou Morgan cuspindo seu nome com desprezo.
— Céus... — suspirou ela, apertando os olhos enquanto tentava encontrar alguma solução. — O que eu faço, por favor...? — suplicou de repente, atraindo o olhar confuso de Morgan.
— Uhm... está sugerindo algo?
— Sim, algum acordo, algo que eu possa fazer para que ceda ao que eu quero.
Morgan a analisou por um momento, pensativo.
— A única coisa que você poderia fazer que seria muito útil para mim é desistir desse casamento. Em troca, eu te daria qualquer valor que você quisesse.
Hanna comprimiu os lábios, apreensiva. Em seguida, se ajoelhou no chão, mesmo contra sua vontade.
— Por favor, senhor Morgan, tudo menos isso... Eu prometi à minha mãe que quando cumprisse o acordo, eu não desistiria do casamento.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.