quatro moças da mesma idade?
Morgan chegou à sala do professor sem nem bater. Hanna ainda estava no banheiro, presa em frente ao espelho, pensando em como se disfarçar. Pelo menos, seus cabelos estavam escondidos sob o chapéu, mas ele poderia ver seu rosto se tentasse. Morgan era bem mais alto, ainda assim...
Ele olhou ao redor à procura dela, até ouvir um barulho no banheiro. Alertou seus homens para ficarem em silêncio.
Hanna saiu de cabeça baixa, até ver os pés de Morgan. Sim! Era ele. Ela o acusou, fechando os olhos:
— Menina prodígio, não é? — perguntou ele enquanto ela criava coragem e se aproximava do outro lado da mesa. Morgan tentava observá-la por baixo do chapéu, mas a cabeça baixa o deixava intrigado.
— Bom dia, senhor Morgan, novamente... — balbuciou ela com as mãos suando.
Morgan encarou seus olhos, confuso. Não tinha ideia do que fazer com a reação daquela menina. Não podia encará-la ou ver seu rosto, o que o incomodava, mas não tinha o direito de se aproximar e revelar sua identidade. Então, pigarreou, tentando encontrar palavras adequadas.
— Você não sabia que é falta de educação conversar com alguém sem lhe encarar nos olhos? — perguntou ele.
Hanna começou a mexer nos papéis em sua mesa como se procurasse algo e então tentou disfarçar a voz:
— Mas não é ainda mais mal educado pegar as pesquisas de alguém e tentar completá-las de forma relaxada, colocando a vida de alguém em risco? — perguntou ela, deixando Morgan petrificado. — Senhor... eu não tenho que conversar com você, mas consertar o que vocês fizeram. E já te alerto que você deve suspender o tratamento ou pode matar a pessoa que está tratando, mesmo que seja um homem de vinte e cinco anos. Ele não resistiria a algo desse tipo. — avisou ela com a voz calma, mas firme.
Morgan desviou o olhar, engolindo em seco, e saiu da sala, pegando o telefone e ligando para um de seus especialistas em meio à preocupação. Conversar com aquela mulher já não era algo importante.
— Você disse que eu podia confiar em sua hipótese, mas as chances dele sobreviver são baixas! — asseverou Morgan, sentindo-se aflito.
— Senhor... eu, foi com base em testes... — balbuciou o médico, tentando explicar.
— Pare os testes, a autora das pesquisas vai aprimorar e fazer com que tudo seja de forma segura. Não quero que esse menino morra! — asseverou, em seguida desligando.
— Fala do menino de oito anos que você registrou no sistema como seu filho? — perguntou Oliver, curioso.
— Sim... — murmurou Morgan enquanto seguiam pelo corredor para a saída.
— Eu sinceramente não sei como encontrar essa menina que você tanto quer e, pelo visto, já sei que você quer investigar a menina prodígio, certo? — perguntou Oliver, suspirando pesadamente. — Por que, de repente, minha lista já tem quatro meninas de dezenove anos? Isso parece loucura, seria tão mais fácil se elas fossem a mesma pessoa... — lamentou Oliver.
— Isso não seria possível. O que tem descoberto sobre Hanna e o brasão de família dela? — perguntou Morgan, mudando de assunto.



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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.