A noite estava morna, embalada pela brisa suave que dançava pelas ruas da cidade. Ethan e Helen deixaram a casa de Zoe com os corações aquecidos e os corpos querendo mais. O jantar, as provocações, as risadas… tudo era parte de um jogo que só eles sabiam jogar.
Ao entrarem no carro, bastou um olhar.
Ethan ligou o motor, mas seus olhos não se desviaram dos dela.
— Você se divertiu hoje? — ele perguntou, com um meio sorriso.
— Muito. Mas confesso… senti falta do sofá da nossa sala.
Ele riu, estendendo a mão e entrelaçando os dedos aos dela.
— Pois então vamos pra casa. Tenho planos com aquele sofá, com o tapete, com a cama... Especialmente com a cama.
Ela mordeu o lábio, o rosto iluminado pelas luzes da rua e disse:
— Corre.
✲ ✲ ✲
O elevador era pequeno demais para conter a tensão entre os dois. Assim que as portas se fecharam, Ethan a puxou pela cintura, colando o corpo ao dela. O beijo veio faminto, profundo, como se não se vissem há semanas.
Helen riu entre beijos, suas mãos enfiadas sob a camisa dele.
— Vai acabar me despindo aqui mesmo?
— Tô considerando seriamente — ele murmurou contra os lábios dela. — Mas sei me controlar. Até o quarto.
— Será?
— Não.
Eles riram juntos, as bocas se encontrando mais uma vez, o som abafado do andar apitando ao fundo. Quando o elevador chegou, Helen quase tropeçou de tanto rir enquanto Ethan puxava sua mão, ambos ainda entre risos e toques famintos.
A porta do apartamento abriu e nem precisou ser trancada.
As roupas começaram a cair pelo caminho, o sapato de Helen ficou no hall, a blusa de Ethan no corredor. Ela puxou a camiseta dele pela gola, fazendo-o rir, e ele levantou a barra do vestido dela com mãos ágeis, beijando seu pescoço enquanto a guiava até o quarto.
— Isso tá virando esporte — ela disse, entre risos.
— Um esporte que eu quero praticar o resto da vida.
No instante em que chegaram ao quarto, Helen caiu sobre a cama em meio a risadas, os cabelos espalhados pelo colchão, os olhos brilhando de desejo e amor.
Ethan se jogou sobre ela, o corpo musculoso cobrindo o dela com delicadeza, e seus olhos encontraram os dela no escuro.
— Quero fazer amor com você, senhora Carter.
Helen sorriu, a voz baixa e carregada de emoção:
— E o que está esperando, senhor Carter?
Ele a beijou com calma dessa vez. Um beijo demorado, profundo, apaixonado. As mãos deslizavam pelos corpos com intimidade, como se cada curva, cada contorno, fosse uma estrada conhecida e sagrada.
O vestido dela foi retirado devagar, expondo a lingerie rendada. Ethan passou os dedos com reverência pela pele macia do ventre dela, subindo até os seios, contornando-os com os polegares até que ela arqueou o corpo em resposta.
Mas nem todo sonho permanece doce.
Horas depois, no silêncio profundo da madrugada, Helen começou a se agitar. Seu rosto se contorceu em inquietação. Os dedos cerraram o lençol. Os lábios tremiam.
Ela sonhava.
E no sonho, Miranda estava ali. Alta, fria, com aquele sorriso venenoso que Helen aprendera a temer. Ao fundo, Ethan a observava… mas não corria até ela. Ele apenas a olhava, como se não houvesse mais nada que pudesse fazer.
— Ethan? — ela chamou no sonho.
Mas ele se virou… e foi embora.
Helen acordou com um grito abafado e sentou-se na cama, o coração disparado, a respiração entrecortada.
Ethan também despertou, imediatamente preocupado. Ele se sentou ao lado dela, envolvendo-a com os braços.
— Helen? Amor, o que houve?
Ela virou o rosto para ele, os olhos ainda cheios de pavor. Mas não queria explicar. Não naquele momento.
— Apenas me abraça. Por favor.
Ele não perguntou mais nada. Apenas a acolheu no peito, envolvendo-a com o corpo inteiro, como um escudo.
E Helen, mesmo ainda assombrada pelo medo, sabia que ali… naquele abraço, nenhum sonho ruim poderia alcançá-la.
Porque Ethan era o seu porto. E nada, nem mesmo Miranda, poderia tirá-lo dela.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu