A luz do sol escorria pelas janelas do apartamento, espalhando calor pelas paredes claras e pela roupa de cama ainda amassada. Helen havia acordado cedo, mesmo sem querer. Depois do pesadelo que teimava em ecoar em algum canto da sua mente, decidiu que não valia a pena mergulhar na angústia, não naquele dia. Depois que ouviu Ethan dizer que a amava, não deixaria nada, nem ninguém atrapalhar esse momento incrível. Tinha café na cozinha e, logo mais, uma noite só de garotas para colocar os pensamentos em ordem.
Enquanto isso, na sala, ela se mantinha encostada na porta, observando o homem que vestia sua camisa branca com calma e precisão, como se fosse um ritual. Ethan estava de costas para ela, os músculos das costas delineados sob o tecido recém-passado. Os botões iam sendo fechados com firmeza. Helen o acompanhava com os olhos, como se cada gesto dele fosse uma cena de filme antigo e sensual.
Ele caminhou até o espelho e começou a ajeitar a gravata. Os dedos longos e firmes puxavam o tecido com elegância. Seus cabelos ainda estavam úmidos do banho, e quando ele passou os dedos por eles, penteando-os com rapidez, Helen simplesmente parou de respirar por um instante.
Seus olhos desceram devagar. A calça social bem ajustada delineava perfeitamente o bumbum dele, firme, redondo, irresistível.
E ela sentiu um calor subir pelo seu corpo, principalmente no meio de suas pernas. A ponta dos dedos formigaram, os lábios se entreabriram…
— Gostoso — sussurrou, sem perceber.
— O quê? — Ethan parou de dar o nó na gravata e virou devagar, o cenho franzido em surpresa.
Helen piscou, em choque, sentindo o rosto corar no mesmo segundo em que percebeu o que acabara de sair da própria boca.
— Eu… eu disse isso em voz alta?
— Então me acha gostoso, senhora Carter? — ele ergueu uma sobrancelha, com um sorriso que misturava surpresa e diversão.
— E-eu… — ela cobriu o rosto com as mãos, rindo, completamente envergonhada.
Ethan largou a gravata e deu dois passos na direção dela, com os olhos brilhando como os de um predador.
— Meu Deus, minha mulher é um furacão!
Helen fez um bico, sem conseguir esconder o sorriso.
Ele se aproximou mais, com um olhar carregado de malícia e desejo e sussurrou:
— Quer provar?
Ela mordeu os lábios, o corpo arrepiando com a ousadia da pergunta, e seus olhos brilharam em resposta.
— Com toda certeza.
Mas Ethan não deu tempo para hesitação. Com um movimento rápido, segurou Helen pela cintura, a ergueu no ar como se ela pesasse menos que nada, e a sentou sobre a mesa da sala de jantar.
O beijo veio com urgência. Beijo de gente que se conhece por dentro. Beijo de casal que se deseja até o último fio de cabelo. Helen gemeu contra os lábios dele enquanto Ethan deslizava a mão por dentro de sua coxa, afastando a calcinha com destreza.
— Caralho, Helen… — ele arfou com a testa encostada à dela. — Você está encharcada.
Ela agarrou o cinto da calça dele com uma fome irreprimível, abrindo-o com rapidez, puxando o zíper e libertando o membro latejante do marido.
— Eu te quero agora.
— Então me toma, senhora Carter — ele sussurrou, com a voz rouca.
Helen envolveu as pernas ao redor do quadril másculo dele e o puxou para si com força, gemendo ao senti-lo entrar.
— Annnh…
— Puta que pariu… que boceta apertada do caralho… — Ethan murmurou, enterrando o rosto no pescoço dela.
A mesa rangia levemente sob os movimentos ritmados dos corpos, mas nenhum dos dois se importava. Os gemidos abafados, o som das peles se encontrando, o prazer que subia como labareda.
Ela arranhava as costas dele, e ele pressionava mais fundo, mais forte, como se quisesse marcar território dentro dela.
— Ethan… mais…
— Eu tô aqui, amor. Todo pra você.
Foram segundos, minutos… perderam a noção do tempo enquanto se afundavam um no outro. E quando o clímax os atingiu, foi como se o mundo parasse.
Helen estremeceu, gemendo alto, enquanto Ethan explodia dentro dela com um urro abafado entre os dentes.
Ofegantes, ainda colados, ficaram assim por alguns segundos. Até que…
Ethan, por outro lado, estava em paz com o caos. Olhou para Carmela, ajeitou a gola da camisa com charme e piscou:
— Se divirta, amor.
Helen jogou uma almofada nele e gritou:
— ETHAN!
Carmela praticamente evaporou da sala, murmurando desculpas e sumindo com passos apressados.
E então o silêncio foi quebrado por uma gargalhada ainda maior de Ethan. Helen o olhou, furiosa e rindo ao mesmo tempo.
— Você é um desastre.
— Sou um homem feliz, isso sim.
— Eu ainda vou morrer de vergonha nessa casa.
Ele se aproximou, a puxou pela cintura, e sussurrou ao pé do ouvido:
— Mas vai morrer de prazer primeiro.
Helen sorriu, enfiando os dedos nos cabelos dele e beijando-o devagar.
— E pensar que ainda tem a noite das garotas…
— Posso te assistir de binóculo?
— Vai trabalhar, ogro!
E ela o empurrou brincando, enquanto ele saía da sala rindo, com o ego inflado e o coração absurdamente apaixonado.

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